10 lições do Congresso Mundial de Arquitetos da UIA 2023

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Escrito por Nour Fakharany | Traduzido por Diogo Simões
Publicado em 19 de Julho de 2023

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Copenhague sediou por cinco dias o maior encontro no campo da arquitetura sustentável, reunindo mais de 6.000 participantes de 135 nações. O Congresso Mundial de Arquitetos da UIA 2023 teve como foco o tema “Futuros Sustentáveis – Não Deixar Ninguém para Trás“. O evento serviu como um fórum para pesquisadores e profissionais renomados de diversas áreas e idades se aprofundarem em métodos de criação de edifícios que abordam as mudanças climáticas, fortalecem a biodiversidade e promovem a inclusão social. À medida que o congresso chegava ao fim, foram reveladas as “lições de Copenhague”: dez princípios destinados a facilitar o progresso rápido e transformador no campo da construção sustentável.

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“Foi incrível vivenciar o Congresso ganhando vida após anos de preparação. Um dos objetivos era reunir arquitetos de todo o mundo para compartilhar experiências, pontos de vista e insights sobre como a arquitetura pode contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – e isso aconteceu. Agora, espero que as ideias e conexões entre as pessoas que participaram possam ser levadas adiante de alguma forma”, explica ao ArchDaily a presidente do congresso, Natalie Mossin.

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O programa incluiu mais de 150 sessões e contou com mais de 400 palestrantes de todo o mundo. Desde renomados arquitetos até talentos em ascensão na indústria, cientistas, empresários e políticos influentes envolveram-se em discussões importantes ao longo do evento. O congresso foi um local de troca de conhecimento e compartilhamento de estudos de caso, insights e visões. Além disso, as sessões da “Trilha Científica” reuniram especialistas líderes para abordar os desafios enfrentados pelo campo da arquitetura. Também houve uma série “Next Gen”, dando a oportunidade para vozes emergentes contribuírem com suas ideias e experiências.

Espero que Barcelona possa dar continuidade ao trabalho que realizamos para aumentar a participação de estudantes e da próxima geração. Tivemos colaborações sólidas com as duas escolas de arquitetura dinamarquesas, ambas parceiras fundadoras, tivemos o vibrante Comitê Next Gen, contribuindo com uma programação forte, uma incrível Academia de Estudantes “Uma Sociedade Construída para Todos”, a Cúpula Global de Estudantes com a participação de 25 escolas de arquitetura de todo o mundo que trabalharam no tema do Congresso ao longo do último semestre, a competição estudantil “Great Green Wall”, e muito mais. E eu gostaria que tivéssemos tido muitos mais. A incrível presença e contribuição da próxima geração foi um presente incrível para o Congresso e para todos que participaram. – Natalie Mossin, Presidente do Congresso

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As lições de Copenhague são o resultado dos quatro dias de congresso, apresentados pela presidente Natalie Mossin. Essas lições são compostas por dez princípios simples, com o objetivo de transformar rapidamente e radicalmente o ambiente construído em conformidade com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.

As lições de Copenhague:

Dignidade e agência para todas as pessoas são fundamentais na arquitetura. Não há beleza na exclusão

As pessoas em risco de serem deixadas para trás devem ser acomodadas primeiro quando construímos, planejamos e desenvolvemos o ambiente construído.

As estruturas construídas existentes devem sempre ser reutilizadas primeiro.

Nenhum novo empreendimento deve apagar os campos verdes.

Os ecossistemas naturais e a produção de alimentos devem ser sustentados independentemente do contexto construído.

Nenhum material mineral virgem deve ser usado na construção quando a reutilização é possível.

Nenhum resíduo deve ser produzido ou deixado para trás na construção.

Ao adquirir materiais para construção, os materiais locais e renováveis vêm em primeiro lugar.

Em tudo o que construímos, a captura de carbono deve exceder a pegada de carbono.

Ao desenvolver, planejar e construir o ambiente construído, toda atividade deve impactar positivamente os ecossistemas aquáticos e o abastecimento de água limpa.

“Cada Congresso Mundial deve abordar seu momento específico. E 2023 é um momento significativo, que pede por transformação. Estamos na metade do caminho até a adoção dos ODS em 2030, sem tempo a perder na proteção da saúde do planeta e da dignidade humana. Para atender a este momento, nosso comitê científico conduziu uma trilha científica incrivelmente ambiciosa, e convidamos diversas vozes para ajudar a moldar o programa do Congresso, com muitas trilhas e muitas perspectivas contribuindo para as discussões”, acrescenta a presidente do Congresso Natalie Mossin em sua conversa com o ArchDaily.

Stay tuned to the collaboration with UIA World Congress of Architecture 2023 and to our coverage of Copenhagen, the UNESCO World Capital of Architecture for 2023.