Reunimos artigos feitos com materiais e soluções irreverentes que ajudam a mudar a atmosfera dos ambientes Nesta seleção, reunimos criações imbuídas de valores culturais e históricos, que contribuem para a construção de espaços verdadeiramente originais. Com proporções diminutas ou tamanhos maiores, os móveis e objetos são alternativas para quem deseja renovar a estética dos ambientes de forma prática.
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1. Vasos Kami – 101 Copenhagen
Divulgação
Uma referência às sacolas de papel que amassam durante o uso, os vasos Kami, idealizados por Kristian Sofus Hansen & Tommy Hyldahl, da 101 Copenhagen, exprimem beleza por meio das superfícies irregulares e rachaduras na cerâmica. Ao escolherem o nome da peça, que significa papel em japonês, os designers homenageiam notáveis artes milenares que utilizam o material, a exemplo dos tradicionais origamis. Disponível em três tamanhos, o objeto está à venda na Casual Móveis.
2. Poltrona Bombom – Cleyton Almeida, Foz e Paulo Alves
Felipe Russo
O estilista alagoano Antonio Castro, da marca Foz, empregou elementos significativos de sua terra natal ao planejar a coleção de moda Alambique Fantasia, apresentada no ano passado. A cana-de-açúcar, planta recorrente na paisagem do estado, foi representada por imagens de cachaça e acompanhada por cobras e caranguejos em ilustrações do artista Cleyton Almeida. Fora das passarelas, o modelo de jacquard ecológico, elaborado em parceria com a EcoSimple, atualiza o estofado da poltrona Bombom, idealizada pelo designer Paulo Alves em 2017.
3. Mesa lateral Minus – Maria Thereza Alves para a Etel
Fernando Lazlo
Em parceria com a Etel, a artista Maria Thereza Alves produziu a mesa lateral Minus após coletar sementes e folhas da flora invasora da Mata Atlântica para criar um tampo feito de resina 70% de origem renovável, executado pela Vallvé. A concepção da peça também reaproveita matéria-prima da marcenaria da Etel.
4. Gabinete Atuxuá – Estúdio Campana para a æquō
Divulgação
Conhecido por realizar trabalhos que abordam a questão da memória, o Estúdio Campana foi convidado pela galeria indiana æquō a materializar a cultura do país asiático por meio do design. Diante da provocação, Humberto Campana concebeu o gabinete Atuxuá, feito com palha sabai, fibra nativa da Índia cuidadosamente arrematada com fios de latão, como um fardo de grama agrupado para o comércio local. O móvel único foi executado com a oficina Frozen Music, e nomeado em homenagem às máscaras indígenas brasileiras presentes em rituais de cura.
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5. Poltrona de balanço Trevo – Prototype
Felipe Protti
Os filmes que retratam o Velho Oeste dos Estados Unidos, em meados do séc. 19, serviram como fio condutor para o arquiteto e designer Felipe Protti, da Prototype, elaborar a poltrona de balanço Trevo. O artigo, que aparece com frequência na ficção em frente às cabanas da época, recebeu toques modernistas e urbanos. Já o encosto para repousar a cabeça traz uma releitura das mantas de selas de cavalo dos caubóis. prototypesp.com.br
6. Banco Arco – Estúdio Mais Alma
Denilson Machado/ MCA Estúdio
Imaginada pela designer Gabriela Campos, do estúdio carioca Mais Alma, a coleção-cápsula de móveis Raízes une a geometria do movimento art déco, estilo artístico europeu que atingiu seu ápice na década de 1920, e o grafismo indígena. Formado por duas mesas e dois bancos, sendo um deles o modelo Arco (acima), o lançamento conta com tecidos de algodão pintados à mão por mulheres do povo asurini, do Alto Xingu.
7. Pendente da coleção Distorção Material – Lucas Recchia
Ana Pigosso
Aprofundando suas pesquisas sobre técnicas de produção artesanal, o designer Lucas Recchia apresenta a coleção Distorção Material, composta por mesas, vaso, bandeja, espelho, aparador e pendente (acima). A linha é guiada pelos formatos dos módulos de bronze – ora mais arredondados, ora mais retangulares – que emolduram os vidros coloridos.
8. Poltroninha – Lucio Costa, na Dpot
Fernando Laszlo
Um dos pioneiros da arquitetura moderna brasileira e responsável pelo Plano Piloto de Brasília, o arquiteto Lucio Costa (1902-1998) também construiu uma trajetória profícua no design de mobiliário. Entre as realizações assinadas pelo mestre, a Poltroninha (acima), fabricada no início dos anos 1960 pela loja Oca, de Sergio Rodrigues (1927-2014), tem como protagonista a simplicidade de configuração e materiais.
Desde o fim do ano passado, passou a ser reeditada e comercializada pela Dpot.
Fonte: casa Vogue