A enchente que vem afetando várias localidades do Rio Grande do Sul, entre elas Porto Alegre, trouxe transtornos para a operação da Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa-RS), que operava no bairro Anchieta e se mudou, provisoriamente, para Gravataí, no Centro de Distribuição das Farmácias São João, situado no KM 80 da freeway.
Em razão do tamanho reduzido, é comum que haja uma demora maior no atendimento em dias de maior movimento, o que não impede a realização do serviço prestado pela Central.
Em relação ao estado da sede na Capital, Siegle diz que o local não está abandonado. “É mantida vigilância permanente, a estrutura está preservada do ponto de vista de segurança e estamos monitorando juntamente com o DMAE e outros órgãos públicos as previsões de baixa das águas”, afirma.
Também está sendo planejada a operação de limpeza do local e o presidente da Ceasa-RS. “É preciso sanitizar todo o ambiente para que se possa voltar a comercializar alimentos no local”, explica. No momento, segundo ele, não há uma previsão de retorno e ainda não foi possível fazer uma avaliação de todos os danos estruturais do espaço.
Entretanto, segundo Siegle, as perspectivas não são boas. “Os prejuízos para os atacadistas, produtores e para a administração do complexo serão gigantescos. Não tenho nenhuma dúvida disso”, lamenta.
O abastecimento da Ceasa-RS, atualmente, não está sofrendo com a falta de produtos. Todos os mais de 200 itens que são oferecidos na sede do Anchieta estão sendo regularmente disponibilizados de segunda a sexta no espaço de Gravataí.
Entretanto, segundo Siegle, o que se tem é uma elevação nos preços por questões de logística e por conta de algumas culturas que foram muito atingidas pelas chuvas, como as folhosas. Ele sugere à população estar atenta ao site da Ceasa, onde é publicado, todos os dias, a planilha com o valor dos produtos comercializados pela Central.