Até 22 de julho, o governo de São Paulo deve concluir a privatização da Sabesp, a maior companhia de saneamento básico da América Latina e uma das três maiores do mundo. Apesar de ser uma empresa superavitária, com lucro líquido de 3,5 bilhões de reais no ano passado, o governador Tarcísio de Freitas tem pressa de rifá-la e fez um negócio da China – para os compradores, como de hábito. No fim de junho, a Equatorial arrematou 15% das ações por 6,869 bilhões de reais e será a acionista de referência, com direito a nomear o CEO da empresa e três dos seus nove conselheiros.
Única finalista no certame, a Equatorial ofereceu 67 reais por ação, 11% abaixo do valor negociado na Bolsa de Valores naquele dia, mas acima do preço mínimo estabelecido pelo governo paulista. Ainda assim, Freitas celebrou o resultado do certame. “Recentemente, o Parlamento se deparou com a questão da privatização da Sabesp, e ela está virando uma realidade. A gente vai concluir agora, nos próximos dias. Impressionante a boa repercussão que teve. Então, a gente fica muito feliz”, disse. Já a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, minimizou o interesse de apenas uma empresa no processo de desestatização que ela própria coordenou. “Está tudo dentro do esperado, é por isso que a gente fica satisfeito com o projeto como um todo.”