Na sabatina promovida pelo portal G1, nesta sexta-feira (9), o candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo (SP), Pablo Marçal, procurou se esquivar quando questionado sobre as denúncias envolvendo dirigentes do seu partido, suspeitos de ter ligação com o crime organizado.
Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, o presidente nacional do PRTB, Leonardo Avalanche, teria sido flagrado em conversas com um suposto membro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
No áudio publicado pelo jornal, o dirigente diz que teria participado da soltura do traficante André do Rap, um dos líderes do PCC, que deixou a prisão em 2020 por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Quando eu vi pelo noticiário, eu encaminhei a ele [Leonardo] e perguntei o que era isso. Ele me disse que isso era uma montagem”, disse Marçal.
“Se isso é uma conversa fiada, que ele apresente as declarações dele. Ele mesmo tem de se defender. Não estou defendendo ele. Eu não tenho como achar nada. Não sei a veracidade do áudio”, prosseguiu o candidato. “De toda forma, acredito que as pessoas precisam ter direito ao contraditório e à ampla defesa. Eu não faço parte disso.”
Marçal afirmou, ainda, que não conhece “todo mundo do partido” e ingressou “há pouco tempo” na legenda.
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“Eu queria um partido de gente que não tem problema. O que eu garanto é que eu, Pablo Marçal, não tenho nenhuma vinculação e não vou baixar a cabeça para quem quer que seja bandido”, disse.
“Se o presidente tiver alguma coisa [de envolvimento com o PCC], eu vou pedir o afastamento dele. Mas isso tem de ser comprovado”, concluiu.
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Segurança e crime organizado
Ainda sobre o crime organizado, o candidato do PRTB apresentou propostas sobre como enfrentar a violência urbana e fortalecer a segurança pública na maior cidade do Brasil. De acordo com Marçal, é necessário “tratar o efeito e a causa”. “A cidade de São Paulo tem poucas câmeras para o tanto de gente que tem aqui”, afirmou.
“Tenho um drone na minha segurança pessoal que acha gente debaixo de árvore. Não acredito em nada de grande solução que vai gastar bilhões. Tudo tem que ter um amparo da lei, tudo tem que ser testado e ter o respaldo da população”, explicou o candidato, defendendo o uso da tecnologia para o monitoramento e a prevenção.
“Vamos sentar com o governo do estado, que tem a polícia ostensiva. E nós vamos triplicar a guarda, porque a sensação de insegurança na cidade é absurda”, complementou.