Neste domingo (14), a Polícia Militar do Rio de Janeiro registrou a centésima prisão de criminoso através do sistema de reconhecimento facial, que está em vigor no estado desde o último Réveillon.
Com mais de 20 passagens criminais, o foragido da Justiça foi preso em Bonsucesso por policiais militares do Batalhão da Maré (22ºBPM). Ele estava com um mandado de prisão em aberto por roubo. Segundo a PM, por conta da tecnologia, o tempo entre o alerta emitido e a abordagem realizada pelos policiais foi de menos de três minutos.
Segundo a corporação, o uso do Sistema de Videomonitoramento e Reconhecimento Facial tem sido um elemento importante na estratégia de combate ao crime. “A capacidade de analisar um número vasto de possibilidades otimiza muito o trabalho das equipes, principalmente em áreas de maior circulação de pessoas e grandes eventos”, afirmou a PM em comunicado à imprensa.
Ainda de acordo com a Polícia Militar, a ferramenta será integrada em todas as viaturas da corporação, com a instalação de câmeras embarcadas. A ideia é aumentar a capacidade de monitoramento em tempo real, além de fortalecer a segurança, com ações mais ágeis.
Apesar dos resultados, a tecnologia foi criticada logo depois da implantação, uma vez que, no início do ano, algumas pessoas foram capturadas irregularmente por falhas de atualização no sistema. A CNN mostrou que, quando começou a operação, dos quatro primeiros presos através do sistema de câmeras de reconhecimento facial, dois acabaram sendo liberados por irregularidades nas detenções.
Na época, a Secretaria de Segurança Pública disse que as inconsistências do sistema podem ocorrer por uma questão de atualização do banco de dados. “A Secretaria de Segurança está trabalhando para unificar e integrar esses bancos de dados (Polícia, Justiça e Governo Federal) para dar o máximo de automação a este processo”, completa a pasta em nota.
Já o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro informou à CNN que existe um banco de dados, validado por resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que disponibiliza informações sobre mandados de prisão pendentes. Este banco é aberto para consulta pública.
O investimento do Governo do Estado para implantação do sistema foi de R$ 18 milhões, entre equipamentos e softwares.
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