O questionamento vem, provavelmente, de sua trajetória multidisciplinar, e a sensação de que não cabia em nenhuma das “caixas” preestabelecidas de designer, estilista e decoradora. Faye cresceu, como ela diz, no meio do nada, no interior da Inglaterra. Sem televisão, mas com muito acesso à cultura e às paisagens naturais. Depois, veio a faculdade de História da Arte, na Universidade de Bristol, e, por oito anos, a atuação como editora de interiores na revista The World of Interiors. “Sinto que minha formação em relação ao design veio dali. Nós viajamos muito, lidamos com artes decorativas e isso me alimentou.” Chegou um momento, porém, em que ficou difícil para a cabeça em ebulição de Faye lidar com a bidimensionalidade das páginas de uma publicação impressa. “Eu queria fazer algo tridimensional.” Foi quando criou o estúdio Toogood, na cozinha de sua casa, e, em pouco tempo, começou a idealizar instalações para nomes como o designer Tom Dixon e a multimarcas de moda Dover Street Market. Até que o próprio Tom disse para ela: “Acho que você precisa parar de jogar coisas no lixo e começar a criar projetos permanentes”.