A Advocacia-Geral da União pediu que as plataformas Facebook, X e Kwai removam, em até 24 horas, publicações que associam o ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino aos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, presos sob suspeita de encomendar a morte da vereadora Marielle Franco.
Os pedidos foram encaminhados na quarta-feira 27 pela Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia. Ao todo, o braço jurídico do governo Lula (PT) solicita a exclusão de 79 postagens no Facebook, 40 no X e 17 no Kwai. Caso não ocorra a remoção, a AGU pede que o conteúdo seja marcado como “falso” pelas plataformas.
As postagens ganharam tração nas redes sociais no último domingo 24, quando a Polícia Federal prendeu Chiquinho, deputado federal pelo Rio de Janeiro, e Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Os irmãos são apontados como mandantes do assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes.
No conteúdo falso, perfis bolsonaristas afirmavam que um homem ao lado de Dino em imagens seria um dos mandantes do crime e tentavam ligar o PT ao assassinato.
O vídeo publicado, contudo, mostrava Dino confraternizando com o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB). O mesmo contéudo já havia sido usado de forma fraudulenta em janeiro, em posts que confundiam a identidade de Brandão com a de um homem preso por planejar um atentado a bomba em Brasília.
A gravação, segundo concluiu o Projeto Comprova, iniciativa que trabalha na análise da veracidade de informações divulgadas nas redes sociais, mostra Dino e o governador comemorando a vitória de Lula nas eleições de 2022.
À época, Brandão, reeleito em primeiro turno, publicou fotos da celebração. Ambos estão com as mesmas camisas e no mesmo ambiente onde o vídeo foi gravado.