Economia
Alckmin diz esperar queda dos juros na próxima reunião do Copom
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira (6) que o governo espera uma redução da taxa de juros na próxima reunião do Copom.
Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve nesta quarta-feira (5) a Taxa Selic, juros básicos da economia, em 15% ao ano.
“A taxa de juros está muito elevada. Esperamos que na próxima reunião do Copom ela já comece a curva de redução, ela retrai a atividade econômica, especialmente bens duráveis de custo mais alto, mas acho que será transitório. Estamos tendo grandes investimentos no Brasil”, disse, ao participar de evento em Minas Gerais.
Alckmin citou que o país tem uma safra agrícola recorde, com percentual 17% acima, queda do dólar e da inflação, como importantes indicadores econômicos.
A próxima reunião do Copom será nos dias 9 e 10 de dezembro.
Selic
Em nota, o Banco Central informou que o ambiente externo se mantém incerto por causa da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais, o que levou à manutenção da taxa de juros.
No Brasil, destacou o comunicado, a inflação continua acima da meta, apesar da desaceleração da atividade econômica, o que indica que os juros continuarão alto por bastante tempo.
Foi a terceira reunião seguida em que o Copom manteve os juros básicos. A taxa está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano.
Economia
Saiba quem será contemplado e como funcionará a isenção do IR
O plenário do Senado aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (5), o Projeto de Lei 1.087/2025, que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR), contemplando quem ganha até R$ 5 mil. Encaminhado pelo governo federal em março ao Congresso, o texto foi aprovado em outubro pela Câmara e, após a votação pelo Senado, poderá ser sancionado.
A sanção deve ocorrer nos próximos dias para que a isenção possa valer já em 2026. A principal mudança é que o projeto isenta quem ganha até R$ 5 mil mensais e aumenta a taxação dos mais ricos.
O governo calcula que cerca de 25 milhões de brasileiros vão pagar menos impostos, enquanto outros 200 mil contribuintes terão algum aumento na tributação.
Confira abaixo as principais mudanças a partir da aprovação do projeto:
Quem vai deixar de pagar o Imposto de Renda?
Atualmente, a isenção do IR alcança apenas quem ganha até R$ 3.076 (dois salários mínimos). A nova legislação isentará, a partir de janeiro do ano que vem, o imposto de renda sobre rendimentos mensais de até R$ 5 mil para pessoas físicas.
Quais faixas de renda vão passar a pagar menos imposto?
Para quem ganha entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, haverá uma redução parcial dos valores a serem pagos – quanto menos ganhar, maior a redução.
Os contribuintes com rendimentos acima de R$ 7.350 não serão contemplados pela medida.
Quem vai pagar mais imposto?
Para compensar a perda de arrecadação com a isenção, o projeto prevê uma alíquota extra progressiva de até 10% para aqueles que recebem mais de R$ 600 mil por ano, o equivalente a R$ 50 mil por mês. O texto também estabelece a tributação para lucros e dividendos remetidos para o exterior com alíquota de 10%.
Contribuintes pessoas físicas de alta renda recolhem hoje, em média, uma alíquota efetiva de 2,5% de IR sobre seus rendimentos totais, incluindo distribuição de lucros e dividendos. Trabalhadores em geral pagam, em média, 9% a 11% de IR sobre seus ganhos.
A partir de quando vai valer a mudança? A nova regra vai valer a partir do ano que vem, caso seja sancionada até dia 11 de novembro. O governo já sinalizou que irá sancionar a medida até esta data.
Dessa forma, a partir de janeiro de 2026, quem ganha até R$ 5 mil deixa de pagar ter o imposto descontado e, quem ganha até R$ 7.350, pagará menos.
Na prática, a isenção terá impacto na declaração do IRPF 2027, com o ano-base 2026.
Economia
Prazo para contestar descontos indevidos do INSS termina dia 14
Aposentados e pensionistas que tiveram descontos indevidos diretamente nos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm até sexta-feira da próxima semana (14) para contestar os débitos não autorizados.
O Ministério da Previdência Social (MPS) explica que a contestação é o primeiro passo para garantir o ressarcimento dos valores pelo governo federal.
Onde contestar
Os beneficiários podem contestar os valores descontados de três formas, por meio de canais oficiais do INSS:
- No aplicativo ou site Meu INSS, com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha da plataforma Gov.br.
- Pelo telefone da Central 135: ligação gratuita, de segunda a sábado, das 7h às 22h
- Nos Correios: mais de 5 mil agências oferecem atendimento assistido e gratuito.
Processo
Ao entrar no aplicativo ou site Meu INSS, o cidadão deve acessar o serviço “Consultar Descontos de Entidades Associativas”.
No aplicativo, ao clicar em “Não autorizei o desconto”, o beneficiário registra a contestação, e a entidade associativa que procedeu o desconto tem até 15 dias úteis para responder.
Caso não apresente uma resposta, o sistema do INSS abre automaticamente a opção para os aposentados e pensionistas fazerem a adesão ao acordo de ressarcimento.
Como aceitar o acordo pelo aplicativo Meu INSS
A adesão é gratuita e dispensa o envio de documentos adicionais.
Decorrido o prazo de 15 dias úteis, o aposentado ou pensionista deve clicar no aplicativo ou site Meu INSS, no campo “Consultar Pedidos” e avançar para “Cumprir Exigência” em cada pedido (se houver mais de um).
O internauta deve rolar a tela, por exemplo, do celular ou do notebook até o último comentário e, no campo “Aceito receber”, selecionar “Sim”.
Por fim, deve enviar a aceitação do acordo.
Devolução dos valores
Depois da adesão, os valores serão devolvidos pelo governo federal e depositados automaticamente na conta onde o beneficiário já recebe o benefício previdenciário.
O valor será corrigido pela inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, no período do desconto não autorizado das mensalidades associativas.
O Ministério da Previdência Social (MPS) esclarece que não há necessidade de ação judicial.
Mesmo após o encerramento do prazo para contestar os descontos, em 14 de novembro, a adesão ao acordo de ressarcimento continuará aberta e pode ser feita pelo aplicativo Meu INSS ou presencialmente nas agências dos Correios.
Balanço
Desde a abertura do sistema, em maio, 5,9 milhões de contestações já foram registradas por beneficiários que não reconheceram os descontos feitos pelas entidades associativas.
O governo do Brasil já devolveu R$ 2,4 bilhões a 3,6 milhões de aposentados e pensionistas, o que representa 75,3% do total de beneficiários que estão aptos a aderir ao acordo de ressarcimento (4,7 milhões no total).
Mensalidades associativas
Os descontos de mensalidades de entidades associativas devem ser voluntários, ou seja, o débito é legalmente permitido somente se o aposentado ou pensionista decidir, de livre e espontânea vontade, associar-se a uma entidade, como um sindicato ou associação de classe.
Ainda é preciso assinar um termo de autorização para que a mensalidade seja debitada de seu pagamento mensal do INSS. Porém, quase 98% dos beneficiários do INSS não autorizaram os descontos.
Senado
No Congresso Nacional, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS apura as fraudes envolvendo descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas da autarquia federal.
Economia
Veja como fica o salário do trabalhador com os novos descontos do IR e do INSS
(FOLHAPRESS) – Trabalhadores, aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e de regimes próprios e servidores públicos com salários de até R$ 5.000 ficarão isentos do pagamento do Imposto de Renda a partir de 2026, conforme projeto aprovado pelo Senado nesta quarta-feira (5).
A medida, que ainda será sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cria um desconto escalonado do IR para salários entre R$ 5.000,01e R$ 7.350. Não haverá mudança para quem ganha mais.
Cálculos feitos pela Contabilizei, empresa de contabilidade e consultoria, mostram que um trabalhador com salário de R$ 5.000 e sem dependentes vai deixar de pagar R$ 312,89 de imposto por mês. A diferença vai diminuindo até chegar a R$ 19,98 para quem ganha R$ 7.200. Os dados consideram valores a partir do salário mínimo de R$ 1.518 até salários de R$ 50 mil. Veja abaixo.
Atualmente, não há desconto do IR para quem ganha até dois salários mínimos, o que dá R$ 3.036 por mês. A faixa de isenção oficial da tabela, no entanto, é de R$ 2.428,80 mensais, mas a Receita aplica um desconto-padrão de R$ 607,20 que zera o IR nestes casos.
Além do Imposto de Renda para quem fica acima do limite de isenção, os trabalhadores também são obrigados a pagar as contribuições ao INSS. Elas são descontadas diretamente do salário mensal para quem tem carteira assinada pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Para fazer o cálculo do desconto do IR, no entanto, as empresas consideram qual é o tipo de desconto mais vantajoso sobre o salário bruto do profissional, se pela tabela completa, que considera do INSS e o número de dependentes, ou se pelo modelo simplificado, com desconto de R$ 607,20 da base de cálculo.
COMO É O DESCONTO DO IMPOSTO DE RENDA HOJE
Salário bruto – Desconto do INSS – Imposto de Renda atual – Salário líquido hoje
R$ 1.518 – R$ 113,85 – isento – R$ 1.404,15
R$ 3.036 – R$ 257,73 – isento – R$ 2.778,27
R$ 3.200 – R$ 277,41 – R$ 12,30 – R$ 2.910,29
R$ 3.600 – R$ 325,41 – R$ 54,76 – R$ 3.219,83
R$ 3.800 – R$ 349,41 – R$ 84,76 – R$ 3.365,83
R$ 4.000 – R$ 373,41 – R$ 114,76 – R$ 3.511,83
R$ 4.200 – R$ 397,60 – R$ 144,76 – R$ 3.657,64
R$ 4.400 – R$ 425,60 – R$ 177,89 – R$ 3.796,51
R$ 4.600 – R$ 453,60 – R$ 222,89 – R$ 3.923,51
R$ 4.800 – R$ 481,60 – R$ 267,89 – R$ 4.050,51
R$ 5.000 – R$ 509,60 – R$ 312,89 – R$ 4.177,51
R$ 5.200 – R$ 537,60 – R$ 357,89 – R$ 4.304,51
R$ 5.400 – R$ 565,60 – R$ 409,29 – R$ 4.425,11
R$ 5.600 – R$ 593,60 – R$ 464,29 – R$ 4.542,11
R$ 5.800 – R$ 621,60 – R$ 515,33 – R$ 4.663,07
R$ 6.000 – R$ 649,60 – R$ 562,63 – R$ 4.787,77
R$ 6.200 – R$ 677,60 – R$ 609,93 – R$ 4.912,47
R$ 6.400 – R$ 705,60 – R$ 657,23 – R$ 5.037,17
R$ 6.600 – R$ 733,60 – R$ 704,53 – R$ 5.161,87
R$ 6.800 – R$ 761,60 – R$ 751,83 – R$ 5.286,57
R$ 7.000 – R$ 789,60 – R$ 799,13 – R$ 5.411,27
R$ 7.200 – R$ 817,60 – R$ 846,43 – R$ 5.535,97
R$ 7.350 – R$ 838,60 – R$ 881,91 – R$ 5.629,50
R$ 8.000 – R$ 929,60 – R$ 1.035,63 – R$ 6.034,77
R$ 10 mil – R$ 951,73 – R$ 1.579,54 – R$ 7.468,73
R$ 15 mil – R$ 951,73 – R$ 2.954,54 – R$ 11.093,73
R$ 20 mil – R$ 951,73 – R$ 4.329,54 – R$ 14.718,73
R$ 30 mil – R$ 951,73 – R$ 7.079,54 – R$ 21.968,73
R$ 50 mil – R$ 951,73 – R$ 12.579,54 – R$ 36.468,73
COMO FICA O DESCONTO DO IMPOSTO DE RENDA EM 2026?
Salário bruto – Desconto do INSS – IR (projeto de lei 1.087/2025)
– Salário após a reforma do IR – Quanto o trabalhador deixará de pagar
R$ 1.518 – R$ 113,85 – isento – R$ 1.404,15 – já era isento
R$ 3.036 – R$ 257,73 – isento – R$ 2.778,27 – já era isento
R$ 3.200 – R$ 277,41 – isento – R$ 2.922,59 – R$ 12,30
R$ 3.400 – R$ 301,41 – isento – R$ 3.098,59 – R$ 27,30
R$ 3.600 – R$ 325,41 – isento – R$ 3.274,59 – R$ 54,76
R$ 3.800 – R$ 349,41 – isento – R$ 3.450,59 – R$ 84,76
R$ 4.000 – R$ 373,41 – isento – R$ 3.626,59 – R$ 114,76
R$ 4.200 – R$ 397,60 – isento – R$ 3.802,40 – R$ 144,76
R$ 4.400 – R$ 425,60 – isento – R$ 3.974,40 – R$ 177,89
R$ 4.600 – R$ 453,60 – isento – R$ 4.146,40 – R$ 222,89
R$ 4.800 – R$ 481,60 – isento – R$ 4.318,40 – R$ 267,89
R$ 5.000 – R$ 509,60 – isento – R$ 4.490,40 – R$ 312,89
R$ 5.200 – R$ 537,60 – R$ 71,62 – R$ 4.590,78 – R$ 286,27
R$ 5.400 – R$ 565,60 – R$ 149,65 – R$ 4.684,75 – R$ 259,64
R$ 5.600 – R$ 593,60 – R$ 231,28 – R$ 4.775,12 – R$ 233,01
R$ 5.800 – R$ 621,60 – R$ 308,95 – R$ 4.869,45 – R$ 206,38
R$ 6.000 – R$ 649,60 – R$ 382,88 – R$ 4.967,52 – R$ 179,75
R$ 6.200 – R$ 677,60 – R$ 456,81 – R$ 5.065,59 – R$ 153,12
R$ 6.400 – R$ 705,60 – R$ 530,74 – R$ 5.163,66 – R$ 126,49
R$ 6.600 – R$ 733,60 – R$ 604,67 – R$ 5.261,74 – R$ 99,86
R$ 6.800 – R$ 761,60 – R$ 678,60 – R$ 5.359,81 – R$ 73,23
R$ 7.000 – R$ 789,60 – R$ 752,53 – R$ 5.457,88 – R$ 46,60
R$ 7.200 – R$ 817,60 – R$ 826,45 – R$ 5.555,95 – R$ 19,98
R$ 7.350 – R$ 838,60 – R$ 881,90 – R$ 5.629,50 – R$ 0,00
R$ 8.000 – R$ 929,60 – R$ 1.035,63 – R$ 6.034,77 – não há diferença
R$ 10 mil – R$ 951,73 – R$ 1.579,54 – R$ 7.468,73 – não há diferença
R$ 15 mil – R$ 951,73 – R$ 2.954,54 – R$ 11.093,73 – não há diferença
R$ 20 mil – R$ 951,73 – R$ 4.329,54 – R$ 14.718,73 – não há diferença
R$ 30 mil – R$ 951,73 – R$ 7.079,54 – R$ 21.968,73 – não há diferença
R$ 50 mil – R$ 951,73 – R$ 12.579,54 – R$ 36.468,73 – não há diferença
COMO É FEITA A COBRANÇA DO IR?
O Imposto de Renda é um imposto pago sobre a renda dos trabalhadores. O desconto é feito todo mês, conforme tabela determinada por lei, atualizada e divulgada pela Receita Federal todos os anos. Para fazer o desconto do tributo, há direito de deduzir da base de cálculo a contribuição ao INSS e a dedução por dependentes, se houver. Há ainda a opção do desconto simplificado mensal.
A cada ano, os contribuintes precisam fazer a declaração de IR à Receita. O documento, chamado de declaração de ajuste anual, é um ajuste final entre as partes para saber quanto foi recebido, quanto há de gasto dedutível e quanto deve ou não ser devolvido pelo fisco, se for o caso.
Quem pagou mais imposto tem o direito de restituir. A restituição ocorre por meio de um calendário, conforme a data da entrega da declaração e uma fila de prioridades definidas por lei. Quem pagou menos imposto terá de acertar as contas e quitar a diferença com o fisco.
No cálculo anual, há direito a outros abatimentos, como gasto com saúde e educação, além de dependentes e Previdência. Quem paga plano de previdência privada também consegue deduzir parte do valor e pagar menos imposto no ano.
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