O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), elogiou o Congresso Nacional na noite desta terça-feira 30 pelos termos do projeto de lei de reformulação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, o Perse. Uma semana após a votação na Câmara, o Senado confirmou um teto de 15 bilhões de reais para a benesse até o fim de 2026 e desistiu de inserir uma correção do limite pelo índice oficial de inflação.
A proposta também reduziu de 44 para 30 o total de atividades contempladas pelo Perse. Segundo o petista, a restrição aprovada “filtra o programa” e “estabelece uma governança”.
Ao enaltecer a votação, Haddad fez questão de mencionar diretamente o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após semanas de tensão entre o Executivo e o Legislativo.
“Ao contrário do que às vezes as manchetes sugerem – ‘Câmara e Senado aprovam gasto’ -, o que aconteceu foi exatamente o contrário”, disse o ministro. “A Câmara e o Senado, e eu agradeço tanto ao Arthur Lira quanto ao Rodrigo Pacheco, disciplinaram e moralizaram um programa que estava dando muito problema não por culpa do Congresso, mas porque o desenho permitia que ele fosse burlado. E isso foi definitivamente corrigido.”
“Agora todas as empresas terão que se habilitar. E ao fazermos a habilitação, elas passam a consumir crédito que o programa prevê até o final de 2026. Hoje, esse é um programa bem desenhado.”
O PL do Perse segue para a sanção do presidente Lula (PT).