Desde os primeiros acontecimentos, a empresária foi voluntária em diversas frentes. No entanto, sentindo-se esgotada física e emocionalmente, Maríndia deixou a linha de frente, mas não a vontade de fazer a diferença. Pensando em como ajudar, a estilista percebeu que as pessoas estavam recebendo ajuda e doações, mas os animais estavam desassistidos.
Após receber relatos de protetores de que os animais resgatados estavam sofrendo com o frio e, em alguns casos, morrendo de hipotermia, Maríndia decidiu usar suas habilidades para fazer a diferença. “Comecei a ver as pessoas resgatando os bichinhos, alguns tremendo de frio nos vídeos, e pensei que esta era uma coisa que eu consigo fazer rápido e ajudar com o meu trabalho, que é costurar”, compartilha a estilista.
Inicialmente, Maríndia utilizou os tecidos que tinha em seu ateliê, mas logo a demanda cresceu e a empresária pediu ajuda a quem pudesse doar materiais. “O que mais me tocou foi ver eles nos abrigos deitados em cima de papelão, muitos até no chão, então comecei fazendo caminhas”, relata.
A partir daí, ela passou a fazer mantas e, atualmente, está focada na produção de roupas para manter os animais aquecidos por mais tempo. A empreendedora já produziu cerca de 600 camas, 400 mantas e aproximadamente 300 roupas. Neste momento, as peças estão sendo feita sob demanda. Os abrigos fazem solicitações e a ONG Vet de Rua está centralizando a organização para garantir que as doações cheguem aos lugares com maior necessidade.