Os governos do Brasil e do Paraguai chegaram a um acordo nesta terça-feira 7 a fim de reajustar as tarifas da Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional para os próximos três anos.
A negociação sobre o novo valor aconteceu em Assunção, em reunião entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e o presidente paraguaio, Santiago Peña.
De acordo com os termos do acordo, a tarifa da energia produzida na usina deve ser reajustada em 15,4%, passando dos atuais 16,71 dólares por KW/mês para 19,28 dólares até 2026.
Apesar do aumento defendido pelo Paraguai, que detém 50% da produção da usina, a tendência é que o reajuste não chegue às contas dos consumidores brasileiros, uma vez que ele será compensado pelas fontes de recurso da própria Itaipu, em uma espécie de “cashback“.
O montante, então, será abatido pela Agência Nacional de Energia Elétrica nos processos de revisão tarifária das distribuidoras.
A partir do caixa de Itaipu, o governo projeta que a tarifa final permanecerá a mesma para o consumidor regulado.
Outro ponto do acordo trata das tarifas a partir de 2027. A definição é que o valor caia para 10 ou 12 dólares por KW/mês, remunerando apenas os custos de operação e manutenção da usina.
Também a partir de 2027, o Paraguai poderá vender sua parte da energia de Itaipu ao mercado livre no Brasil, conforme a oferta e a demanda de eletricidade. Atualmente, os paraguaios só podem vender para as distribuidoras brasileiras.