CAP Construção Civil: como o programa pode impactar o setor-Sienge

CAP Construção Civil: como o programa pode impactar o setor-Sienge

Como o PAC pode impulsionar o setor de construção civil?

Tem sido lançado recentemente pelo governo federal a terceira edição do PAC que pode trazer grandes benefícios para a construção civil. O programa tem como objetivo investir R$ 1,4 trilhões de dólares em infraestrutura até 2026 e R$ 320,5 bilhões após 2026, somando ao total de R$ 1,7 trilhões.

O objetivo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é fomentar a transição ecológica e a neoindustrialização para o crescimento do país. Com isso, um dos principais pilares benévolos para a sociedade e, principalmente, para a construção civil é a geração de empregos e oportunidades de negócios para as construtoras. 

O PAC é um programa do governo federal, mas que conta com o apoio fundamental de empresas privadas, municípios e estados, além dos movimentos sociais. O objetivo é acelerar o crescimento econômico e a inclusão social por meio da geração de emprego e renda, segundo comunicado oficial. 

Se você quiser saber mais sobre esse assunto e entender mais sobre o PAC e seu impacto no setor de construção civil, continue sua leitura. 

CAP-Programa de aceleração do crescimento 2023

O Brasil está prestes a dar um grande salto em direção ao desenvolvimento e modernização de sua infraestrutura, graças ao aguardado Programa de Aceleração de Crescimento de 2023, o PAC 2023, que traz benefícios para a construção civil.  

O programa é organizado em Medidas Institucionais e nove Axés de Investimento, e tem como objetivo catalisar investimentos públicos e privados de forma sustentável em todo o país. Veja abaixo as principais definições de acordo com o Governo Federal. 

Medidas Institucionais: O Bedrock da Transformação

As Medidas Institucionais do PAC 2023 constituem a espinha dorsal desse projeto de crescimento. São cinco grupos estratégicos que têm como objetivo ampliar a gestão e o planejamento para expandir os investimentos:

  • Melhoria do ambiente regulatório e licenciamento ambiental: Simplificar e agilizar processos de licenciamento para promover o desenvolvimento sustentável.
  • Expansão de crédito e incentivos econômicos: Fosficar o investimento privado através de incentivos fiscais e financiamento acessível.
  • Aprimoramento de mecanismos de Concessão e PPPs: Estimular parcerias público-privadas para desenvolver projetos de infraestrutura.
  • Alinhamento ao plano de transição ecológica: Promover a sustentabilidade ambiental em todos os investimentos.
  • Planejamento, gestão e contratação pública: Apriviver a Eficiência na alocação de recursos públicos.

Quanto aos eixos de investimento, veremos em breve a seguir. 

Eixo de Investimento: Transformando o Brasil

O PAC 2023 traz nove Axés de Investimento que abrangem áreas cruciais para o país:

  • Inclusão Digital e Conectividade: Levando internet de alta velocidade a todas as escolas públicas e unidades de saúde, expandindo a conectividade 4G e 5G. Um investimento total de R$ 28 bilhões.
  • Saúde: Construção de novas unidades de saúde, polclínicas, aquisição de maternidade e ambulância, fortalecimento da complexa saúde industrial e implementação de telesaúde. Investimento total de R$ 31 bilhões.
  • Educação: Foco na construção de creches, escolas de tempo integral e modernização de Institutos Federais e Universidades para melhorar a qualidade da educação no país. Investimento total de R$ 45 bilhões.
  • Infraestrutura Social e Inclusiva: Garantia do acesso da população a espaços de cultura, esporte e lazer, promovendo o convívio social e a redução da violência. Um investimento de R$ 2 bilhões.
  • Cidades Sustentáveis e Resilientes: Adaptação das cidades às mudanças climáticas, construção de moradias, modernização da mobilidade urbana, urbanização de favelas, saneamento, gestão de resíduos e combate a inundações. Investimento total de R$ 610 bilhões.
  • Água para Todos: Garantia da água de qualidade e em quantidade para a população, fortalecida as comunidades diante dos desafios da água e do clima, revitalização das bacias hidrográdias. Investimento total de R$ 30 bilhões.
  • Transporte Eficiente e Sustentável: Investimentos em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias para reduzir os custos de produção e aumentar a competitividade do Brasil. Investimento total de R$ 349 bilhões.
  • Transition and Energy Security: Maior ênfase em fontes de energia renováveis, universalização do acesso à energia, investimentos no pré-sal e diversificação de matriz energética. Investimento total de R$ 540 bilhões.
  • Defesa: Equipamento de país com tecnologias de defesa de última geração e maior capacidade de defesa nacional. Investimento total de R$ 53 bilhões.
  • PAC

    O PAC 2023, programa de aceleração do Crescimento, traz um plano ambicioso para o Brasil, com um total de 12,5 obras e projetos planejados, distribuídos em mais de 4.000 municípios de todo o país. Esses números foram revelados pela Casa Civil após o lançamento do programa, refletindo o comprometimento do governo em impulsionar o desenvolvimento e a infraestrutura.

    Embora os valores de investimento em cada projeto ainda não tenham sido divulgados, o montante total é significativo, chegando a R$ 1,7 trilhões. Esses recursos virão de várias fontes, incluindo o setor privado, o Orçamento da União, o financiamento e as empresas estatais. A maior parte desse investimento, cerca de R$ 1,4 trilhões, está previsto para ocorrer durante o atual governo liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o restante começando em 2026.

    O PAC 2023 está organizado em nove eixos estratégicos, que você viu acima, e que abrangem questões-chave para o país, incluindo água, cidades, educação, tecnologia, conectividade, infraestrutura social, defesa, saúde, energia e transporte. Destaca-se a quantidade significativa de projetos previstos para as cidades, incluindo iniciativas relacionadas ao programa Minha Casa, Minha Vida, que tem como objetivo melhorar as condições de moradia em todo o Brasil e trazer grande geração de emprego para a construção civil. 

    Este programa representa um sólido compromisso com o desenvolvimento do Brasil, oferecendo um impulso importante para o crescimento econômico e a modernização da infraestrutura. Com um amplo conjunto de obras e projetos planejados, o país está prestes a sofrer mudanças significativas que moldarão seu futuro nas próximas décadas. É um momento de expectativa para dar seguimento a esses avanços e transformações que beneficiarão a população brasileira.

    Lista de trabalhos do PAC

    Para saber quais obras serão realizadas em seu estado, basta acessar a ferramenta criada pelo Governo Federal, chamado Mapa de Obras por Estados.

    Por meio desta ferramenta, você passa a ver o mapa do Brasil completo e fazer pesquisa de estado no estado através de um clique. 

    Selecione o estado que deseja pesquisar, e preencha os formulários abaixo do mapa, correspondentes a Eixo, Subeixo, UF, Município, Empresa, Modalidade e Classificação. Dessa forma, você consegue fazer uma busca minuciosa e específica. 

    Veja na imagem abaixo:

    PAC Construção civilPAC Construção Civil

    Trabalhos PAC pára

    Quase metade das 12,5 obras planejadas já haviam sido prometidas em versões anteriores do programa. Isso significa que cerca de 5.319 compartilhamentos (43%) são, na verdade, a retomada de empreendimentos que estavam parados ou a conclusão de projetos que ficaram pela metade nos anos de 2007 e 2011, durante os governos do PT.

    Ex-Presidente Lula e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, ressaltaram que a prioridade agora é finalizar essas obras, colocando a culpa pelos atrasos do teto de gastos implementados por Michel Temer (MDB) em 2016 e sobre as políticas do governo de Bolsonaro (PL). Muitos desses projetos já estavam com problemas antes desses períodos.

    Aquela “revisão” de projetos é mais evidente no Norte e Nordeste, onde em 11 estados, o número de obras revividas é maior do que o de novos projetos, que variam de 50,4% em Alagoas a incríveis 72% no Tocantins.

    Por exemplo, um projeto incluído no novo programa é a contenção de encostas em áreas de risco na região metropolitana do Recife. Essa ação já estava no PAC 2 e teve início entre 2013 e 2015. Atualmente, de acordo com a Caixa, que repassa os recursos, as obras estão paradas em três cidades (Cabo de Santo Agostinho, Olinda e Paulista) e atrasadas nas demais (Abreu e Lima, Jaboatão dos Guararapes e Recife).

    Na região metropolitana de Salvador, algumas obras estão paradas há mais de dez anos ou andam muito lentamente, como a requalificação de ruas e a construção de casas populares no bairro de Buri Satuba, em Camaçari. O projeto teve início em 2009 e chegou a 78% de conclusão após receber R$ 9,7 milhões, mas o dinheiro federal parou, deixando a peça pela metade e sujeita a encenações.

    Com recursos próprios, a prefeitura terminou alguma construção neste ano, mas os moradores relataam problemas como tubulações ruins, eletricidade de má qualidade e falta de pavimentação em áreas externas. Algumas casas ainda estão fechadas, com terrenos vazios que os cercam.

    Essas obras do PAC mostram como a execução de projetos de infraestrutura pode ser complicada e como as promessas não cumpridas acumularam ao longo dos anos. Com o governo agora retomando esses projetos, espera-se que, finalmente, eles sejam concluídos e tragam melhorias para as comunidades envolvidas.

    Construção Civil