Arquitetura
Casa ON / Guillem Carrera

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- Área:
278 m²
Ano:
2023
Fotografias :Adrià Goula

Descrição enviada pela equipe de projeto. Blancafort é um bairro residencial de baixa densidade que dá continuidade a instalações esportivas fundadas em 1970, em um lugar rodeado de natureza e situado a um quilômetro da área urbana da cidade espanhola de Reus. Ele contém cerca de cem lotes, quase todos com casas unifamiliares, com ruas retas e planas que formam ilhas regulares. Uma avenida bem cuidada e vegetada mostra uma terra fértil, conferindo ao conjunto um aspecto de cidade-jardim. As casas existentes, exceto algumas exceções mais contemporâneas, são esteticamente similares, ocupam uma boa parte dos lotes e são construídas com materiais tradicionais.

O lote onde se encontra a Casa ON está situado no extremo sul da urbanização, em uma área localizada no início de uma das ruas, que inicialmente apresentava dois terrenos sem edificação, sensivelmente desvinculados do tecido residencial e visualmente muito conectados com o entorno. Especialmente livre das construções vizinhas, temos o lote objeto deste projeto, onde três dos seus quatro lados se conectam com um entorno não edificado, majoritariamente com orientação sudeste/sudoeste. Por outro lado, a forma trapezoidal do terreno e a regulamentação urbanística limitam a área onde a edificação pode ser implantada.

O programa da residência deveria integrar usos familiares e um consultório profissional, onde cada um deles deveria ter um acesso exterior próprio, ao mesmo tempo em que deveria gerar uma conexão interna entre ambos os usos e uma separação das conexões visuais com os espaços não edificados do lote, de maneira que os ambientes do programa familiar e a área profissional não se encontrassem diretamente, nem compartilhassem vistas interiores-exteriores.

Em resposta às análises iniciais, a Casa ON propõe uma implantação volumétrica com quatro fachadas claramente diferenciadas: aquela voltada para o vizinho e a voltada para a rua apresentam um caráter liso, opaco e com as aberturas mínimas e necessárias, enquanto as duas com orientação sudeste/sudoeste propõem recortar e emoldurar a paisagem que as rodeia, adotando um caráter orgânico e uma disposição volumétrica que integra vazios, cheios e diversos elementos de arquitetura solar passiva.


No térreo, situa-se a área diurna, o quarto de hóspedes, a garagem e a área profissional, de maneira que cada um desses espaços se conecta com o jardim exterior de uma maneira única, preservando as vistas entre esses diferentes espaços, que embora estejam no mesmo andar, podem funcionar de maneira autônoma, sem interferir uns com os outros. O mesmo acontece no andar superior, onde a área noturna propõe para cada um dos quatro quartos visuais e orientação diferenciados.

A casa articula sua estrutura vertical de circulação por meio da escada, que no interior se torna a protagonista principal. Ela está situada em um local específico para que a conexão entre os dois andares ocorra no ponto ótimo e de maneira que esta participe das áreas de circulação, as quais foram minimizadas o máximo possível. Completa-se o programa da residência com uma varanda acessível no primeiro andar e uma segunda varanda-mirante na cobertura, da qual são apreciados diferentes marcos visuais do entorno, como a serra.


A volumetria foi construída por meio de uma estrutura mista de concreto e aço, sem alterar a topografia original. No exterior da residência, optou-se por materiais com técnicas de fabricação e aplicação tradicionais, como o reboco de cal, o aço e a madeira. Quanto aos espaços não edificados, estes foram pavimentados o mínimo possível nas áreas mais próximas à casa, e o restante foi destinado a espaços verdes ajardinados ou ao cultivo de hortas. No interior da residência, apostou-se em uma materialidade que busca uma sensibilidade a qual permite captar e experimentar a plasticidade, o conforto, a experiência do toque e da intimidade em cada detalhe. Nesse sentido, se busca gerar vida nesta casa por meio de uma experiência espacial e corporal que permite a seus usuários habitar um lar que cuida e gera paz interior, relaxamento mental e um ambiente específico. Para esse fim, a madeira assume o fio condutor por meio de revestimentos verticais ou horizontais, portas, degraus, lâmpadas e diversos elementos de mobiliário, que mitigam a separação formal entre o dentro e o fora, entre o superior e o inferior, entre a arquitetura e a natureza. Tudo isso contribui para difundir as fronteiras entre primeiro e segundo plano, entre o objeto e o contexto.

A eficiência energética foi uma premissa na concepção desta residência. Isso foi alcançado utilizando soluções de arquitetura solar passiva, captação de luz direta e indireta, ventilação cruzada, janelas e portas energeticamente eficientes, instalação de painéis solares fotovoltaicos, sistemas de climatização de alta eficiência e ventilação de duplo fluxo com recuperador de calor; que junto com o próprio sistema construtivo e o estudo minucioso da composição das diferentes peles do edifício e de seu comportamento térmico de alto desempenho, fizeram com que esta residência obtivesse uma certificação energética A.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
Salão Multiuso Willgottheim–Woellenheim / rhb architectes

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Descrição enviada pela equipe de projeto. O salão multiuso Willgottheim-Woellenheim está situado em um local de rara qualidade, caracterizado por uma paisagem suavemente sinuosa e predominantemente verde.

O edifício está posicionado no local onde antes existia uma pista de pump track, encaixado na encosta. A continuidade entre o terreno natural em que se apoia e os telhados verdes torna o salão quase invisível a partir de Kochersberg. Em contrapartida, a generosa abertura da fachada oeste confere ao edifício uma presença marcante, quase teatral, quando visto da estrada e da entrada sul da aldeia.

Esta posição libera um amplo pátio em frente ao edifício, acima do aterro e do campo principal. Tanto o salão quanto o gramado festivo adjacente aproveitam ao máximo a posição natural do mirante do local, abrindo-se generosamente para a paisagem circundante.


Equilibrando tradição e inovação, solidez e leveza, abrigo e abertura, o projeto do edifício permanece guiado por um forte senso de coerência e harmonia com seu contexto imediato e mais amplo.

A abordagem arquitetônica foi impulsionada por altos objetivos de desempenho térmico, visando baixos custos operacionais e conforto ideal em todas as estações. Com sua forma compacta, semi-enterrada e envelope eficiente, o edifício aspira a alcançar um padrão de energia passiva.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
Pavilhão Wuhan LuxeIsland / ZHIFEI ARCHITECTURE DESIGN

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Descrição enviada pela equipe de projeto. Em resposta ao crescente desejo de escapar das selvas de concreto urbanas, Wuhan LuxeIsland surge como uma utopia natural nos arredores da cidade. Esse destino de turismo cultural, concebido pela Wuhan Wide Horizon Real Estate, materializa uma visão de coexistência harmoniosa entre as pessoas e o meio ambiente. Orientado por uma filosofia de “baixa intervenção e alta integração”, o projeto permite que a natureza assuma o protagonismo, enquanto arquitetura e paisagem se entrelaçam em um diálogo contínuo, tecendo uma narrativa coerente da natureza — da escala territorial ao detalhe mais delicado.


A arquitetura atua como uma “presença que desaparece” e como uma “interlocutora”, moldando-se aos contornos naturais do terreno. A incorporação de espaços intermediários, abrigados sob beirais, e de zonas de transição semiabertas intencionalmente desfoca as fronteiras entre interior e exterior. Esses elementos conectam os visitantes à paisagem ao redor, transformando a experiência espacial em um diálogo contínuo e dinâmico entre as pessoas e o lugar.



O telhado apresenta três curvas suavemente convergentes, sob as quais três volumes elípticos independentes abrigam os banheiros, áreas de armazenamento e instalações de apoio ao parque. Seus perfis curvos e contínuos dissolvem as barreiras visuais entre a forma construída e o cenário natural. A separação entre as paredes e a cobertura acentua a aparência flutuante da estrutura, favorece a ventilação passiva e reduz a dependência de sistemas mecânicos — permitindo que o volume “respire” em consonância com os princípios ecológicos do parque.



Vasos cilíndricos, embutidos tanto na cobertura quanto nas paredes, estendem a estrutura de aço corten para baixo, criando uma experiência espacial interativa. Cada tubo envolve uma árvore, estabelecendo uma relação simbiótica entre arquitetura e natureza, onde abrigo e luz filtrada se entrelaçam para criar uma sensação de dupla contenção. Os visitantes são convidados a atravessar o espaço e mergulhar em uma atmosfera de serenidade.


Uma paleta de materiais composta por concreto e aço corten estabelece um diálogo profundo com a natureza. O acabamento texturizado do concreto reflete a materialidade inerente do lugar, enquanto o aço corten desenvolve, ao longo do tempo, uma pátina de ferrugem que permite à arquitetura adquirir vestígios de crescimento e envelhecimento. No interior, azulejos em tons quentes, combinados com tijolos de terracota, criam um contraponto tátil que conduz os visitantes da exploração ao repouso, por meio de sutis variações de textura e temperatura.


Fonte: Archdaily
Arquitetura
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