A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (10), a manutenção da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). Ele está detido e é apontado como um dos suspeitos de ter mandado matar a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), em 14 de março de 2018.
Após a decisão da CCJ, o caso será analisado pelo plenário da Câmara, provavelmente ainda nesta quarta. A prisão de um parlamentar no exercício de seu mandato precisa ser autorizada pelo Congresso Nacional.
Na CCJ, foram 39 votos favoráveis à manutenção da prisão do deputado, 25 contrários e uma abstenção. O relator do caso na comissão, deputado Darci de Matos (PSD-SC), já havia apresentado parecer a favor da prisão de Brazão.
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“A Polícia Federal indica expressamente que até os dias atuais os investigados criaram obstáculos à investigação, isso é fato. Contra fatos, não há argumentos. Tenho certeza que a CCJ e o plenário, hoje, haverão de dar uma resposta a esse crime, que é um crime político, contra a mulher, contra a democracia, que teve repercussão nacional e internacional”, afirmou o relator.
No fim de março, a CCJ já havia se reunido para analisar o parecer do relator, mas um pedido de vista coletivo adiou a votação.
Para ser aprovado na CCJ, o parecer precisava contar com o apoio da maioria simples dos presentes à sessão. Na sequência, a prisão tem de ser aprovada por maioria absoluta dos deputados (ao menos 257 votos), no plenário, em votação aberta.
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7 presos até o momento
Até o momento, sete pessoas foram presas sob a suspeita de envolvimento no assassinato de Marielle Franco:
• Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos;
• Élcio de Queiroz, que confessou ter dirigido o carro usado na execução e delatou Ronnie Lessa;
• Edilson Barbosa dos Santos, o “Orelha”, apontado como o responsável por desmanchar o caso usado no dia do assassinato;
• Suel, acusado de ceder um carro para Lessa esconder as armas usadas no crime;
• Domingos Brazão, deputado federal pelo Rio de Janeiro;
• Chiquinho Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ);
• Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio.
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