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Cobertura de luxo em Belo Horizonte tem piscina interna e pé-direito altíssimo

Cobertura de luxo em Belo Horizonte tem piscina interna e pé-direito altíssimo




Nesta cobertura em Nova Lima, MG, luminosidade, fluidez e poucos materiais fazem brilhar o estilo do Jacobsen Arquitetura, enquanto as montanhas dos arredores de Belo Horizonte descortinam-se perante os olhos dos moradores “Minas é a montanha, montanhas, o espaço erguido, a constante emergência”, versou Guimarães Rosa sobre essa terra – a sua terra – modulada por elevações. Das aberturas do 25º e do 26º andares de um edifício erguido no alto de uma colina de Nova Lima, MG, o escritório Jacobsen Arquitetura tratou de manter à vista a monumentalidade natural que se descortina, ora através de amplas janelas, ora em grandes painéis de vidro.
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Outro ângulo do mesmo ambiente, com pé-direito de 7,97 m de altura, exibe a piscina materializada a partir de um bloco de quartzito Taj Mahal, da Guandu Mármores e Granitos, junto às quatro poltronas Gray 07, da Gervasoni, na Casual Móveis (à esq.), e à composição do espaço gourmet (ao fundo), com cadeiras Portofino, da Paola Lenti, na Casual Móveis, mesa projetada por Hugo França e pendentes da série Spokes, design Studio Garcia Cumini para a Foscarini, na A. de Arte, tudo sob os brises e o forro de carvalho-americano executados pela Arali Móveis, que criam um jogo de luz e sombra no decorrer do dia
Fran Parente
Longas conversas com os moradores transcorreram antes que os arquitetos começassem a delinear o layout: no mesmo pavimento da área de lazer estão sala de jantar, living, escritório, adega e cozinha, enquanto o piso superior abriga a suíte do casal, as suítes dos dois filhos, brinquedoteca e home theater. A identidade visual marcante tem seus segredos – que vão além de ideias como o forro ripado em toda a parte social. “Quando estamos projetando um apartamento, ficamos somente com a parte estrutural e limpamos a parte de alvenarias, por vezes, mudando até as prumadas de água”, conta Paulo Jacobsen, o Cecedo, que comanda o escritório ao lado do filho Bernardo e de Edgar Murata. “A partir daí, desenhamos a planta baixa, como fazemos com as casas, pensando na fluidez da circulação e no cotidiano das pessoas.”
Somando-se à luz os acabamentos acertados, o mobiliário pode ser reduzido ao essencial
O living com vista para as montanhas recebeu, da esq. para a dir., luminária Arco, design Achille e Pier Giacomo Castiglioni para a Flos, par de poltronas Mad, design Marcel Wanders para a Poliform, piano de cauda da Yamaha, mesas de centro Bell (douradas), design Sebastian Herkner para a ClassiCon, mesas de centro da linha Soori, design Soo Chan para a Poliform – as quatro na Casual Móveis –, sofá Rod Bean, design Piero Lissoni para a Living Divani, e tapete Aloe Light, da By Kamy – a sala de jantar (ao fundo) foi equipada com mesa Guanabara, de Jorge Zalszupin, e cadeiras Quase Mínima, de Claudia Moreira Salles, tudo na São Romão, pendentes Soho, de Jader Almeida, e quadro de Vik Muniz, pertencente ao acervo dos moradores
Fran Parente
Na área de lazer localizada no piso superior, são da Paola Lenti, da esq. para a dir., o colchão Flex (no qual repousam as almofadas de Regina Misk), as poltronas Telar, a mesa de apoio Strap, a mesa de centro Nesso e os pufes Nodi, tudo na Casual Móveis – o banco Dominó (em primeiro plano), de Claudia Moreira Salles, já pertencia ao acervo da família
Fran Parente
O emprego criterioso dos materiais é chave para essa fluidez: ali há apenas a madeira dos painéis e do forro, a laca cinza dos armários e portas, e o quartzito Taj Mahal dos pisos e banheiros. A economia de elementos é uma resposta dos arquitetos a uma percepção antiga de Jacobsen: “No início da minha vida profissional, a arquitetura me parecia um puzzle de vários materiais, às vezes em locais muito pequenos, numa tentativa frustrada de dar riqueza aos ambientes”, lembra Paulo, há 45 anos no ofício. “Logo adotei o conceito de ‘menos é mais’.”
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Detalhe da escada com a escultura Rima Ruína, de Barrão, na Fortes D’Aloia & Gabriel, sobre pedriscos de quartzito Taj Mahal, da Brasigran Granitos, mesma pedra do piso fornecido pela Guandu Mármores e Granitos, presente em todo o apartamento
Fran Parente
No living, escrivaninha desenhada pelo Jacobsen Arquitetura e executada por Arali Móveis, Vidros Queiroz, La Novità e Clayf Estofados, cadeira Ma Belle, design Roberto Lazzeroni para a Ceccotti Collezioni, sofá Soft Dream, da Flexform, ambos na Casual Móveis, e tela de Abraham Palatnik
Fran Parente
Com pé-direito duplo de 7,97 m, a área de lazer tem a insolação amenizada por brises de desenho singular: o mesmo carvalho-americano que forra o teto desliza pelas laterais, filtra a luz e pincela sombras que se transformam do começo ao fim do dia. A altura levou à criação de um volume que comportasse piscina, área gourmet e um ambiente de estar. É ali que se divertem o jovem casal de moradores e seus dois filhos pequenos, além dos muitos amigos da família.
Buscamos a luz de todas as formas. Ela é importante para que as pessoas habitem o espaço
O home theater tem sofá e pufes verdes Groundpiece e pufe marrom Filicudi, tudo da Flexform, na Casual Móveis, cortina da Alvim Decoração com tecido da Nani Chinellato, almofadas de Regina Misk (creme) e Elisa Atheniense (verde), e bandeja de madeira da Tom sobre Tom
Fran Parente
Detalhe do mesmo ambiente, com mesa Fly, da Flexform, na Casual Móveis, caixa de madeira da São Romão, luminária Bellhop, design Edward Barber & Jay Osgerby para a Flos, na A. de Arte, cesto de couro da Orné Objetos, com mantas da Elisa Atheniense, tudo sobre tapete Zili Plain, da By Kamy
Fran Parente
A escada que une os dois pavimentos, mais que um dos pontos centrais do projeto, é como sua síntese. As ripas de madeira descem até o piso de quartzito triturado em pequenos pedaços, com a intenção de dar destaque à escultura de Barrão, artista carioca que utiliza cerâmicas e porcelanas vitrificadas quebradas e reagrupadas em nova forma. A laca recobre o guarda-corpo sinuoso, enquanto a luz exerce suas funções: iluminar e criar movimento. “Nós a buscamos de todas as formas. Ela é importante para que as pessoas habitem o espaço”, declara o arquiteto. Mas há ainda outra finalidade. “Somando-se à luz os acabamentos acertados, o mobiliário pode ser reduzido ao essencial.”
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A suíte máster tem painéis laminados de carvalho-americano da Arali Móveis, cama Kelly, design Emmanuel Gallina para a Poliform, na Casual Móveis, cabeceira executada pela Tapeçaria Carlos Camargo com tecido da Donatelli Tecidos, cortinas feitas pela Alvim Decoração com tecido da Nani Chinellato, poltrona Jangada, de Jean Gillon, na Passado Composto Século XX, arandela Ledtube, design Daniel López para a Marset, luminária de mesa Docc, de Jader Almeida, e tapete Hemp Plain Mix, da By Kamy
Fran Parente
Todos os ambientes confirmam essa premissa. No living, com a longa janela, arrematada por um banco de pedra que percorre toda a sua extensão, nada se excede. Por ali o olhar não encontra barreiras nem dentro nem fora. Um resultado impecável obtido ao longo de cinco anos de trabalho, desde o início da personalização até a entrega final do projeto. Não à toa, o escritório é reconhecido internacionalmente por diluir as fronteiras entre natureza e construção, tanto em casas como em apartamentos. Neste lar em Nova Lima, é exatamente assim: as montanhas estão quase ao alcance das mãos.
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Fonte: casa Vogue

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