A Câmara dos Deputados deve analisar nesta quarta-feira 15 o pedido de cassação do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido).
O parlamentar é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro, em 2018.
A análise da cassação será feita com base no relatório produzido pela deputada Jack Rocha (PT). Ela defende a perda do mandato do parlamentar.
Em abril, a Casa decidiu manter a prisão preventiva do deputado com margem apertada.
Apesar dos robustos indícios que ligam o deputado ao crime e aos milicianos da zona oeste do Rio, Chiquinho Brazão manteve o apoio expressivo de deputados do Centrão e da oposição ao governo do presidente Lula (PT).
Durante uma sessão do Conselho de Ética, no fim de abril, o deputado fez um pronunciamento, por videoconferência, afirmando ser inocente. Direto da prisão, ele disse, ainda, esperar uma “retratação” dos deputados que o acusam pela morte da vereadora, em 2018.
Na semana passada, Brazão viu, também, o cerco jurídico se fechar um pouco mais: a Procuradoria-Geral da República (PGR), enfim, apresentou uma denúncia contra Chiquinho e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio. O documento também denuncia o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa.
Os três foram apontados pela Polícia Federal como responsáveis por ordenar, planejar e obstruir as investigações referentes a morte da vereadora e seu motorista. Todos seguem presos.