Guardar no Meu ArchDailyNONO : Soil Temple, 2022, Yussef Agbo-Ola. Imagem © Olaniyi Studio
- Escrito por Nour Fakharany | Traduzido por Camilla Ghisleni
- Publicado em 08 de Março de 2023
Compartilhar Compartilhar
Ouhttps://www.archdaily.com.br/br/997346/dancando-diante-da-lua-british-council-anuncia-pavilhao-para-a-bienal-de-veneza-de-2023 Prancheta “COPY” copiar
Muitos colaboradores em todo o mundo começaram a enviar propostas de pavilhão, todos lidando com o tema O Laboratório do Futuro da a 18ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza. Este ano, o Pavilhão Britânico terá a curadoria de Jayden Ali, Joseph Henry, Meneesha Kellay e Sumitra Upham. A exposição Dançando Diante da Lua exibirá várias instalações que incluem novas criações de seis arquitetos e artistas.
“Dancing Before the Moon” é uma exploração do fenômeno arquitetônico intangível. Ela desconstrói nossa compreensão do ambiente construído, colocando o foco nas pessoas, comunidades, rituais, práticas sociais e costumes cotidianos. O Pavilhão rejeita a compreensão preconcebida da arquitetura que está enraizada em edifícios e estruturas econômicas, concentrando-se em refletir como as pessoas usam e ocupam o espaço. Ele oferece uma perspectiva alternativa de como as culturas se relacionam coletivamente com a terra e a geografia e como as comunidades cooperam para manter o espaço por meio de atividades sociais e produtivas.
Guardar no Meu ArchDailyEconomy of the Dust por Sandra Poulson, 2022. Imagem Cortesia de Sandra Poulson
Na entrada do Pavilhão, os visitantes encontrarão uma instalação externa cinematográfica de tamanho considerável, projetada por Jayden Ali, e um filme produzido pelos curadores e colaboradores será exibido no salão principal, destacando o papel crucial que os rituais desempenham na reflexão dos costumes e valores comunitários das pessoas que vivem no Reino Unido. Dentro do pavilhão, cinco artistas e arquitetos do Reino Unido exibirão objetos com foco em práticas comunitárias que impactam o espaço. A exposição explorará meios como performance, artesanato e documentário – tudo através da estrutura do ambiente construído e como ele é inerentemente moldado pelas pessoas. Essas diferentes práticas serão destacadas ainda mais por meio da interdisciplinaridade, com arquitetos, urbanistas, artistas sonoros e escritores que fazem a curadoria da mostra.
Afinal, há uma razão para que algumas pessoas desejem colonizar a lua e outras dancem diante dela como uma velha conhecida. James Baldwin
Guardar no Meu ArchDailyCuradores (da esquerda) Jayden Ali, Meneesha Kellay, Joseph Henry e Sumitra Upham, 2022. Imagem Cortesia The British Council – La Biennale di Venezia
O British Council, uma instituição especializada em oportunidades culturais e educacionais internacionais, é responsável pelo Pavilhão Britânico nas Exposições Internacionais de Arte e Arquitetura organizadas pela La Biennale di Venezia desde 1937. O objetivo do conselho é criar espaços para conversas significativas que desafiam e influenciam o futuro do ambiente construído. A instituição tem sido responsável por convidar nomes como Zaha Hadid, Richard Rogers e Normal Foster para mostrar seus trabalhos nas exposições anuais de arquitetura. Em 2012, a organização iniciou as convocatórias através de chamada aberta, incentivando os curadores a utilizarem a plataforma como um espaço de exploração e pesquisa.
Guardar no Meu ArchDailySankofa Docks por JA Projects (Ao lado de BIG e Harrison Stringfellow + Equipe), 2021. Imagem © Gary W Smith
Ao desdobrar a relação entre pessoas e espaços, o Pavilhão do Reino Unido visa abordar o tema abrangente da Bienal de Veneza, “O Laboratório do Futuro”, com curadoria de Lesley Lokko. Muitos outros países anunciaram recentemente seus projetos curatoriais, como o Pavilhão dos Emirados Árabes Unidos, intitulado “Aridamente Abundante “, que explora a abundância e novas formas de habitar os ambientes áridos, ou o Pavilhão Italiano, apresentando “Todos Pertencem a Todos” que fornece um retrato original da arquitetura italiana em um contexto internacional. Da mesma forma, em “Infraestrutura utópica: a quadra campesina de basquete”, o Pavilhão Mexicano desconstrói a socialização, o debate e as brincadeiras dentro da estrutura espacial.