Em pronunciamento à imprensa, o ministro das Relações Exteriores do país europeu, José Manuel Albares, disse que os comentários “gravíssimos” do presidente argentino ultrapassam o limite das divergências políticas e não têm precedente na diplomacia entre aliados.
O chanceler também acusou Milei de promover um “ataque frontal” à democracia e às instituições. “O senhor Milei, com seu comportamento, levou as relações entre Espanha e Argentina ao seu momento mais grave”, acrescentou.
Albares afirmou ainda que, se Milei não se desculpar, o governo espanhol tomará medidas para defender a própria soberania. “Exigimos o respeito às normas que se regem entre as nações, que excluem a ingerência em assuntos internos”, pontuou.
Durante a viagem, Milei negou um convite para se encontrar com Sánchez e com o rei Filipe VI. Em vez disso, participou de eventos com representantes do partido de extrema-direita Vox.
Em publicação no X (antigo Twitter), o alto representante da UE para relações estrangeiras, Josep Borrell, também condenou as falas de Milei. “A liberdade política, a prosperidade, a coesão social baseada na redistribuição fiscal e o respeito no debate público são pilares da UE”, escreveu.