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Estudo de 2017 do IPH aponta risco em barragem da Lomba do Sabão

Estudo de 2017 do IPH aponta risco em barragem da Lomba do Sabão



Os moradores da Lomba do Sabão, no bairro Agronomia, em Porto Alegre, foram surpreendidos no domingo (12) pelo comunicado do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) que orientou a evacuação do local devido ao vazamento da barragem Lomba do Sabão.

Com as fortes chuvas que atingiram a Região Metropolitana de Porto Alegre nos últimos dias, o canal apresentou um aumento exponencial no nível da água, o que fez com que o Dmae e a Defesa Civil pedissem para que as famílias que moram no entorno do arroio deixassem suas casas.

Os problemas no local são antigos. Um estudo de 2017 do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Ufrgs afirma que a barragem de quase 60 anos corre risco de rompimento.

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A barragem Lomba do Sabão está localizada em uma área de preservação ambiental, dentro do Parque Saint Hilaire, na divisa dos municípios de Porto Alegre e Viamão. A área foi adquirida pela prefeitura de Porto Alegre em 1944, logo após a construção da barragem, operada pela Companhia Hidráulica Porto-Alegrense para captação de água. Com a ampliação dos sistemas de tratamento de água Belém Novo e Menino Deus, a barragem foi desativada em 2013.

Em 2023, o Parque Saint Hilaire passou a ser administrado por Viamão. O território foi cedido por Porto Alegre, visto que quase 90% da área se encontrava dentro do município da Região Metropolitana. Com o repasse, a área da barragem também deveria mudar de dono, mas a prefeitura de Viamão garante que só irá se responsabilizar pela Lomba do Sabão após o estudo técnico do Dmae sobre as condições e riscos do local. A avaliação ainda não foi realizada, mantendo a gestão da barragem com a capital gaúcha.

O local é historicamente conhecido pelo alerta constante de alagamentos. Segundo o departamento porto-alegrense, não há chance de rompimento da barragem.

Entretanto, estudo do IPH da Ufrgs de 2017 tem outra avaliação. O Instituto apresentou um estudo que aponta a idade avançada das estruturas da barragem como um potencial perigo para a população, categorizando o local como “Barragem de Alto Risco com Alto Dano Potencial”.

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Se a barragem romper, quase 70 mil pessoas podem ser afetadas. O Dmae não confirma a informação do estudo de 2017 da Ufrgs. Após o extravasamento deste domingo, orientou apenas os moradores da parte de Porto Alegre que se encontram próximas ao arroio a se retirarem do bairro.

A Defesa Civil não informou quantas famílias foram removidas e nem para onde foram realocadas, enquanto a prefeitura de Porto Alegre garante que a situação está estabilizada e a evacuação foi preventiva.



Fonte: Jornal do Comércio

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