O Ministério da Fazenda comemorou a decisão da agência de classificação de risco Moody’s alterar a perspectiva do rating do Brasil de “estável” para “positiva”, divulgada nesta quarta-feira (1º).
A nota de crédito do país, porém, foi mantida em Ba2, ainda na categoria “especulativa”, a duas posições do desejado “grau de investimento” − uma espécie de selo de “bom pagador”, que começa em Baa3.
Em nota divulgada à imprensa, a Secretaria do Tesouro Nacional destacou que a Moody’s “reconhece o papel do arcabouço fiscal para a consolidação fiscal, levando à redução gradual dos déficits fiscais, e enfatiza a importância da manutenção da credibilidade deste para a redução das incertezas a respeito da trajetória fiscal”.
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O órgão também chamou atenção para “a melhora na perspectiva do crescimento do país, após sucessivas reformas estruturais e salvaguardas institucionais que reduzem a incerteza sobre a direção futura das políticas públicas”.
E citou medidas como a reforma tributária e a agenda de transição energética, ambas defendidas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O Ministério da Fazenda reafirma o compromisso do país com uma trajetória sustentável para as contas públicas, combinando esforços para melhorar a arrecadação e para conter a dinâmica das despesas”, diz o texto.
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“O melhor balanço fiscal do governo levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito. Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, conclui a pasta.
Esta foi a primeira movimentação feita pela Moody’s em relação à classificação de risco do Brasil desde 2018, quando ela saiu de “negativa” para “estável”, e se soma a anúncios recentes de outras duas agências. No ano passado, tanto a Standard & Poor’s quanto a Fitch elevaram o rating do País.