Os moradores da Zona Sul de Porto Alegre vivenciaram duas realidades na tarde desta sexta-feira (24). Enquanto alguns atuavam na limpeza, outros ainda estavam com suas residências alagadas. Com o impacto da chuva, uma ferragem, no bairro Cavalhada, desabou. Na Estação Pluviométrica Belém Novo, que mede o volume de chuva na região, foram registrados mais de 120 mm nesta quinta-feira (23). Até o momento, a água ainda saí pelos bueiros impedindo a travessia de carros baixos. A causa da inundação, segundo a prefeitura e o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), não é apenas uma e o sistema de drenagem precisa ser revisto como um todo. A rede já estava sobrecarregada devido à enchente anterior, com o acúmulo de água e de lodo. O nível do Guaíba – atualmente em 4,11 metros -, o represamento de outros rios que desaguam no lago e o solo encharcado influenciam para inundações em pontos novos, conforme a explicação do diretor-geral do Dmae, Maurício Loss.
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A causa da inundação, segundo a prefeitura e o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), não é apenas uma e o sistema de drenagem precisa ser revisto como um todo. A rede já estava sobrecarregada devido à enchente anterior, com o acúmulo de água e de lodo. O nível do Guaíba – atualmente em 4,11 metros -, o represamento de outros rios que desaguam no lago e o solo encharcado influenciam para inundações em pontos novos, conforme a explicação do diretor-geral do Dmae, Maurício Loss.
Na esquina da avenida Otto Niemeyer e a rua Arroio Grande, a ferragem Santo Antônio, que estava há 40 anos no mesmo local, desabou. “Os donos estão bem abalados. Eles foram procurados para entrevistas, mas não estão bem, o que é compreensível já que era o ganha-pão deles”, lamentou Mailon Alessio, funcionário da pet shop localizada ao lado.
Além do extravasamento da água pelos bueiros, também há o transbordo do arroio que dá nome ao bairro. Na região, 20 crianças foram resgatadas da Escola de Educação Infantil Paraíso. Moradores da rua Barbosa Neto, próximo ao Burger King, também foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros.
Outros moradores da rua Gávea com a avenida Tramandaí também lidam com os alagamentos. Na manhã desta sexta, carros foram retirados por guinchos. “Limpamos nossa casa três vezes e a água chegou de novo. Meu caminhão está parado, não tem como sair”, relatou Gilberto Guimarães. O aposentado também auxiliou no resgate de 13 idosos de uma casa geriátrica.
No entanto, já era possível transitar normalmente pela avenida nesta tarde. O transporte público também voltou a operar na região. O mesmo acontece na Restinga, onde uma das entradas do bairro chegou a ficar trancada na quinta-feira. A circulação de veículos e pessoas já retomou à normalidade.