A ação deu entrada nessa sexta-feira (26). Estados com maior endividamento, entre eles o Rio Grande do Sul, negociam com a União a repactuação do passivo.
Quando se iniciaram as primeiras renegociações, na década de 1990, a dívida estadual com a União estava em R$ 13 bilhões, explicou o governo. Desde então, já foram pagos R$ 155 bilhões – sendo cerca de R$ 108 bilhões só de juros e encargos. Apesar do valor já pago, o Rio ainda deve R$ 160 bilhões à União e R$ 30 bilhões por empréstimos garantidos por ela. Há ainda R$ 1 bilhão em operações não garantidas pelo Governo Federal.
Segundo o governo fluminense, além da dívida, o estado foi prejudicado por impactos no cofre por conta de políticas implementadas pelo Governo Federal, como a redução do ICMS de energia, telecomunicações e combustíveis. Ao abrir mão de parte desta receita, o Rio de Janeiro perdeu, em média, R$ 9 bilhões por ano.
“Pela primeira vez o Estado do Rio de Janeiro coloca à mesa a discussão correta, a razão pela qual a dívida chegou a este patamar. A verdade é que há uma dívida multibilionária, impagável, que cresce muito mais do que a possibilidade de crescimento do nosso estado e até do País”, afirmou em nota o governador Cláudio Castro.
Ele informou que tem atuado na discussão sobre a dívida, reforçando a necessidade de construir um caminho para obter equilíbrio financeiro, para conseguir investir e garantir a prestação de serviços públicos à população.
“Tentamos a renegociação, o diálogo e ainda não conseguimos chegar a um entendimento. São como juros do cartão rotativo: pagamos, pagamos e a dívida só aumenta. Seguiremos em discussão com o Governo Federal, em busca de uma solução”, afirmou Castro.