Economia
Lucro do Santander Brasil cresce para R$ 4 bilhões no 3º tri
(FOLHAPRESS) – O Santander Brasil lucrou R$ 4 bilhões no terceiro trimestre deste ano, uma alta anual de 9,4% e trimestral de 9,6% ante o registrado no trimestre anterior, informou o banco nesta quarta-feira (29).
O resultado veio acima da expectativa de analistas consultados pela Bloomberg, de R$ 3,75 bilhões.
A rentabilidade do banco medida pelo ROAE (Retorno Sobre Patrimônio Médio, na sigla em inglês) também cresceu, terminando setembro em 17,5%, alta de 1,2 ponto percentual em três meses e de 0,5 ponto percentual em um ano.
Já a margem financeira do período teve leve queda de 1,2% no trimestre e de 0,1% no ano, a R$ 15,2 bilhões.
A carteira de crédito ampliada do Santander Brasil somou R$ 688,8 bilhões, ganho trimestral de 2% e anual de 3,8%.
“No crédito, seguimos com a mesma disciplina na alocação de capital, priorizando ativos de maior rentabilidade e qualidade, enquanto, no passivo, continuamos a otimizar o mix de captações, com maior representatividade da pessoa física”, afirmou Mario Leão, CEO do Santander Brasil, no balanço.
O custo de crédito ficou estável ante o segundo trimestre, a 3,86%, mas com uma leve alta de 0,2 ponto percentual no ano.
Ao todo, foram alocados R$ 7,5 bilhões em PDD (Provisão para Devedores Duvidosos), sendo que R$ 986 milhões foram recuperados.
No entanto, as contas em atraso em atraso por mais de 90 dias aumentaram no trimestre, indo de 3,1% em junho para 3,4% em setembro. No ano anterior, o índice estava em 3,2%.
Segundo o banco, os atrasos foram impulsionado pelos juros altos, que tendem a “elevar o nível de endividamento das famílias, bem como aumentar os pedidos de recuperação judicial.”
Além disso, a mudança na regra contábil para bancos neste ano, que os obriga a provisionar os empréstimos que o banco pode não reaver, também contribuiu para uma PDD maior, diz o Santander. Antes, a obrigação era reservar apenas os valores de perdas que já haviam ocorrido.
RAIO-X SANTANDER BRASIL | 3º TRI DE 2025
Lucro líquido: R$ 4 bilhões
ROAE: 17,5%
Funcionários: 51.747
Clientes: 72,8 milhões (33,7 milhões ativos)
Agências e pontos de atendimento: 1.789
Fundação: em atividade no mercado local desde 1982
Principais concorrentes: Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Nubank
Economia
Dívida Pública cai 0,28% em setembro, mas continua acima de R$ 8 tri
O vencimento de títulos vinculados aos juros fez a Dívida Pública Federal (DPF) cair em setembro. Segundo números divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 8,145 trilhões em agosto para R$ 8,122 trilhões no mês passado, queda de 0,28%.
Em setembro, o indicador superou pela primeira vez a barreira de R$ 8 trilhões. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), revisado em setembro, o estoque da DPF deve encerrar 2025 entre R$ 8,5 trilhões e R$ 8,8 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) recuou 0,31%, passando de R$ 7,845 trilhões em agosto para R$ 7,82 trilhões em setembro. No mês passado, o Tesouro resgatou R$ 100,06 bilhões em títulos a mais do que emitiu, principalmente em papéis vinculados à Selic. Essa queda foi compensada pela apropriação de R$ 75,77 bilhões em juros.
Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Com a Taxa Selic (juros básicos da economia) em 15% ao ano, a apropriação de juros pressiona o endividamento do governo.
No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 157,298 bilhões em títulos da DPMFi. No entanto, com o alto volume de vencimentos de títulos em setembro, os resgates foram maiores e somaram R$ 257,354 bilhões.
A Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu 0,43%, passando de R$ 300,23 bilhões em agosto para R$ 301,53 bilhões em setembro. O principal fator foi a queda de 1,99% do dólar no mês passado, após a redução das tensões provocada pelo tarifaço de Donald Trump.
Colchão
Após uma alta em agosto, o colchão da dívida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos) voltou a cair em setembro. Essa reserva passou de R$ 1,13 trilhão em agosto para R$ 1,03 trilhão no mês passado. O principal motivo, segundo o Tesouro Nacional, foi o resgate líquido (resgates menos emissões) no mês passado.
Atualmente, o colchão cobre 9,33 meses de vencimentos da dívida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de R$ 1,482 trilhão em títulos federais.
Composição
Com a concentração de vencimento de títulos prefixados, típica do primeiro mês de cada trimestre, a composição da DPF variou da seguinte forma de agosto para setembro:
- Títulos vinculados a Selic: 49,29% para 47,47%;
- Títulos corrigidos pela inflação: 26,10% para 26,81%;
- Títulos prefixados: 20,95% para 22,02%;
- Títulos vinculados ao câmbio: 3,67% para 3,70%.
O PAF prevê que os títulos encerrarão o ano nos seguintes intervalos
- Títulos vinculados a Selic: 48% a 52%;
- Títulos corrigidos pela inflação: 24% a 28%;
- Títulos prefixados: 19% a 23%;
- Títulos vinculados ao câmbio: 3% a 7%.
Normalmente, os papéis prefixados (com taxas definidas no momento da emissão) indicam mais previsibilidade para a dívida pública, porque as taxas são definidas com antecedência. No entanto, em momentos de instabilidade no mercado financeiro, as emissões caem porque os investidores pedem juros muito altos, que comprometeria a administração da dívida do governo.
Em relação aos papéis vinculados à Selic (juros básicos da economia), esses títulos estão atraindo o interesse dos compradores por causa das recentes altas promovidas pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). A dívida cambial é composta por antigos títulos da dívida interna corrigidos em dólar e pela dívida externa.
Prazo
O prazo médio da DPF subiu de 4,09 para 4,16 anos. O Tesouro só fornece a estimativa em anos, não em meses. Esse é o intervalo médio em que o governo leva para renovar (refinanciar) a dívida pública. Prazos maiores indicam mais confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar os compromissos.
Detentores
A composição dos detentores da Dívida Pública Federal interna ficou a seguinte:
- Instituições financeiras: 32,53% do estoque;
- Fundos de pensão: 23,07%;
- Fundos de investimentos: 20,87%;
- Não-residentes (estrangeiros): 10,19%
- Demais grupos: 13,3%.
Com a menor tensão no mercado financeiro, a participação dos não residentes (estrangeiros) subiu em relação a agosto, quando estava em 9,83%. Em novembro do ano passado, o percentual estava em 11,2% e tinha atingido o maior nível desde agosto de 2018, quando a fatia dos estrangeiros na dívida pública também estava em 11,2%.
Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência).
Leia Também: Edital do concurso do IBGE com 9.580 vagas temporárias deve sair em novembro
Economia
Leilões têm produtos devolvidos com até 90% de desconto
(FOLHAPRESS) – Para a legislação, usuários que compram produtos ou serviços pela internet têm até sete dias para devolvê-los e pedir reembolso. No varejo, esse fluxo de retorno já faz parte da rotina -e nem sempre é possível colocar os itens de volta na prateleira, especialmente os que estão sem embalagens ou com pequenas avarias, como uma geladeira que foi riscada durante o transporte.
Uma das formas de lidar com o estoque parado é revender itens por meio de leilões de logística reversa. Entre os agentes desse mercado estão a Sold Leilões, do grupo Superbid Exchange, e a plataforma Kwara. Os leilões, no entanto, têm regras próprias, nem sempre seguem o CDC (Código de Defesa do Consumidor) e exigem atenção de quem pretende aproveitar descontos que, segundo a Sold, podem chegar a até 90% do valor original.
À medida que a Black Friday se aproxima -e com ela a previsão de alta de 14,74% nas vendas online neste ano, segundo a Abiacom (Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-Commerce)-, cresce também a expectativa das devoluções de produtos. A Sold espera dobrar o volume de itens disponíveis no período pós-Black Friday. A Kwara diz que costuma realizar cerca de 200 leilões de logística reversa todo ano, e que o volume da oferta aumenta de dezembro até fevereiro.
A transportadora Loggi estima que a porcentagem de devolução sobre os itens vendidos que carrega varia de 5% a 15%, a depender da categoria, sendo liderado pelo segmento de moda. A empresa afirma que o número absoluto de mercadorias devolvidas aumenta em datas comemorativas, como a Black Friday, uma vez que a devolução está diretamente ligada ao número de pacotes vendidos.
Além disso, no caso da Loggi, as cidades com maior origem de devolução são, respectivamente, São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Brasília (DF), dentre as mais de 3.000 cidades em que a empresa atua.
COMO FUNCIONA O LEILÃO DE LOGÍSTICA REVERSA?
Quando uma mercadoria é devolvida -por algum defeito, tentativa de entrega frustrada ou arrependimento do comprador- ele passa por uma avaliação interna. “Primeiro é feita uma triagem, em que é classificada a eventual avaria de cada produto”, diz Jacqueline Luz, diretora comercial da Superbid Exchange.
Em ambas as plataformas, cada item é enquadrado em três categorias:
– Saldo A: produtos com avarias apenas estéticas, normalmente na embalagem. São funcionais e costumam atrair consumidores finais;
– Saldo B: produtos com pequenos defeitos, como riscos ou amassados, mas operacionais. Frequentemente comprados por revendedores;
– Saldo C: itens com defeitos mais sérios ou que não funcionam, vendidos como sucata, muitas vezes adquiridos por empresas de manutenção.
COMO PARTICIPAR?
Interessados podem acessar o site www.sold.com.br ou www.kwara.com.br e criar uma nova conta de pessoa física ou jurídica. Os eventos de diferentes empresas costumam acontecer semanalmente, com datas e horários fixos.
É importante prestar atenção nos prazos, cidades contempladas, condições para participação e formas de se habilitar de cada edital de leilão.
A Sold diz que o comprador precisa retirar o produto pessoalmente, arcar com eventuais reparos e aceitar as condições descritas no edital. “Ele sabe que não tem garantia, que se tiver algum eventual problema vai ter que reparar por sua conta”, diz Jacqueline.
Há a possibilidade de visita física para verificação dos lotes, mas no caso da Sold Leilões, o acesso depende das políticas de cada empresa. “É possível visitar, a gente libera um dia, um horário para ele poder visitar, mas normalmente eles confiam muito nas descrições que estão na plataforma”, afirma a executiva.
Na Kwara, os agendamentos são mediados pela própria plataforma. “As únicas exceções que temos são alguns dos grandes marketplaces, que eventualmente podem ter restrições de visitação por questões de segurança interna. Todos os outros leilões necessariamente têm visitação”, afirma Thiago da Mata, CEO da Kwara e especialista em consórcios e leilões.
Segundo ele, grandes empresas de marketplace e transportadoras costumam ter itens de maior qualidade, com menos avarias do que os de uma seguradora, por exemplo.
LEILÕES SEGUEM O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR?
Segundo o Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo), é preciso ter cautela com os chamados “leilões virtuais”, uma vez que “nem todo o processo está coberto pelo CDC (Código de Defesa do Consumidor)”, como no caso de trocas ou devoluções.
Para o órgão, porém, algumas situações que podem enquadrar um site no CDC incluem:
– Não informar de forma clara, precisa e ostensiva quanto às condições e riscos pertinentes a esta comercialização, bem como sobre a própria qualidade do serviço oferecido
– Deixar de cumprir a oferta contida na publicidade
O Procon-SP explica que existem dois tipos de leilões: os realizados por meio judicial, que vendem bens sob administração da Justiça, e o leilão particular, feito a pedido da pessoa que deseja vender algo de sua propriedade.
Este último deve ser “efetuado por um leiloeiro oficial devidamente matriculado na Junta Comercial, e só pode ser realizado ao vivo, em data previamente anunciada e diante do público e seus interessados”, segundo a entidade.
Os chamados “leilões virtuais”, para a definição do Procon-SP, não são caracterizados propriamente como um “leilão”, mas sim uma página de classificados eletrônicos para particulares anunciarem seus produtos. O vendedor não poderá ser caracterizado como fornecedor, mas poderá ser responsabilizado por problemas com a transação por meio do Poder Judiciário.
Para se proteger, o Procon-SP recomenda:
– Ler atentamente o contrato
– Verificar se a página oferece sistema de segurança
– Comparar preços
– Pedir todo tipo de informação necessária pertinente ao produto desejado
– Confirmar prazos para retorno
– Entender as condições em relação aos demais participantes
– Observar quais as circunstâncias para desistência pelas partes envolvidas
– Investigar os custos de frete e impostos, principalmente em páginas estrangeiras
– Ao receber o produto, verificar se ele está de acordo com o que foi previamente identificado na tela da rede
– Exigir recibo discriminando valor e estado da mercadoria adquirida
Economia
Trump diz que prepara acordos com China e Índia, mas negociação com Coreia do Sul segue travada
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 29, que está prestes a firmar um pacto comercial com o presidente da China, Xi Jinping, e que também planeja um “grande acordo” com a Índia. As declarações foram dadas durante um fórum empresarial da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), em Gyeongju, na Coreia do Sul, onde Trump se reuniu com o presidente sul-coreano, Lee Jae Myung.
As negociações com a Coreia do Sul, no entanto, continuam emperradas. O principal obstáculo é a exigência americana de US$ 350 bilhões em investimentos de Seul nos Estados Unidos. Segundo autoridades sul-coreanas, um aporte direto dessa magnitude poderia desestabilizar a economia do país, e a alternativa seria oferecer empréstimos, garantias de crédito e uma linha de swap cambial.
O impasse ameaça ofuscar a participação de Trump e Lee na cúpula da Apec. Ainda assim, o líder americano buscou destacar a parceria entre os dois países. “Estamos entrando em uma nova era do comércio”, declarou. “Estamos encerrando as barreiras comerciais injustas e as cadeias de suprimentos fracas e patéticas. Se você construir sua fábrica nos Estados Unidos, não haverá tarifas.”
Em tom conciliador, Trump elogiou a “relação muito especial” com Lee e disse que os países estão “muito próximos de um acordo”. O presidente sul-coreano, por sua vez, advertiu contra o avanço do protecionismo global e defendeu “cooperação e crescimento inclusivo” em meio à instabilidade econômica.
O presidente americano também exaltou novos compromissos de investimento nos Estados Unidos, citando aportes anunciados por Hyundai (US$ 26 bilhões), Micron (US$ 200 bilhões), TSMC (US$ 100 bilhões) e por empresas como SoftBank, OpenAI e Oracle, que devem investir mais de US$ 50 bilhões.
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