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Lula diz que privatização da Eletrobras foi “crime de lesa-pátria”

Lula diz que privatização da Eletrobras foi “crime de lesa-pátria”


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou uma reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), no Ministério de Minas e Energia (MME), nesta segunda-feira (29), para fazer duras críticas à privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6), concluída em junho de 2022, ainda durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Em discurso, Lula classificou a privatização da companhia como um “crime de lesa-pátria”. A reunião do CNPE marcou a assinatura de atos relacionados ao setor. Vários ministros do governo, como Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Fernando Haddad (Fazenda) também participaram do evento.

“Eu sonhei que a Eletrobras seria uma coisa tão importante quanto a Petrobras neste país. É com muita tristeza que eu volto à Presidência da República e encontro a Eletrobras privatizada”, afirmou Lula. “Na verdade, não a privatizaram. Cometeram um crime de lesa-pátria contra o povo brasileiro, entregando uma empresa dessa magnitude”, atacou o presidente da República.

“Esse negócio de destruir tudo o que o Estado pode fazer, achando que o setor privado é melhor, é mentira. O setor privado tem que ser bom e o Estado tem que ser bom. Eu não quero um Estado máximo nem um Estado mínimo”, completou o petista.

Gás

Durante a cerimônia, Lula assinou um decreto que tem como objetivo o aumento da oferta de gás natural, barateando o insumo para a indústria.

O gás natural é utilizado como insumo para vários produtos, tanto como matéria-prima quanto como fonte de calor, o que corresponde a uma grande parte dos custos da indústria. Assim, o barateamento do gás é uma forma de incentivo ao setor.

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O decreto concede maior poder à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para que atue em todas as fases da cadeia e determine a redução dos índices de reinjeção de gás.

Segundo o ministro Alexandre Silveira, o governo federal deve oferecer botijões de gás a mais de 20 milhões de famílias até o fim de 2025.

“O gás tem que ser um instrumento da cesta básica do povo brasileiro, que muitas vezes não consegue comprar o botijão que sai da Petrobras a R$ 36 e é vendido em alguns estados a R$ 120, R$ 130 ou R$ 140. Será que as pessoas não têm noção?”, bradou Lula, em seu discurso.

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Mineração

Em sua fala, Lula também defendeu “uma nova política de mineração” no Brasil.

“A nossa política de mineração está superada e precisamos saber a importância que ela tem. Fazer desses minerais críticos que nós temos uma forma de enriquecer e criar outro passaporte para que o povo possa crescer, como foi o pré-sal”, disse o presidente.

“Temos de tirar proveito de tudo que pudermos e fazer com que todos tenham acesso, e o brasileiro será menos pobre. Não precisamos ficar criando programa de distribuição de renda para os mais pobres. O que dignifica as pessoas e dá orgulho é o trabalho.”

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Petrobras

Lula, que recentemente trocou o comando da Petrobras, substituindo Jean Paul Prates por Magda Chambriard, que tomou posse na presidência da empresa em maio, afirmou que a estatal “precisa entender que “não é apenas uma empresa de petróleo e gás”.

“[A Petrobras] É uma empresa de investimento em pesquisa e inovação, para ajudar as empresas brasileiras a crescerem, daí a necessidade do conteúdo nacional”, defendeu Lula.
Durante o discurso, o presidente da República fez uma série de críticas ao governo anterior. Segundo Lula, “o Brasil é um país que foi desmontado”.

“Nós tivemos de reconstruir ministérios. Imaginem um país sem o Ministério da Cultura. Poderia até faltar presidente da República, mas não o Ministério da Cultura. Se o presidente só faz e só fala bobagem, ele atrapalha”, concluiu.



Fonte: Infomoney

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