Mulheres na Representatividade da Construção Civil no setor-Sienge

Mulheres na Representatividade da Construção Civil no setor-Sienge

Mulheres na Construção: sim, elas estão ocupando os canteiros de obra

Embora a construção civil ainda seja um setor dominado pelo mal, a pesquisa evidenciou que a mão de obra feminina está aumentando nos escritórios de engenharia e candid do Brasil.

Felizmente, há cada vez mais mulheres dispostas a se posicionar e vencer a desigualdade, o preconceito e o assédio, pavimentar uma carreira no segmento. Assim, eles também vão derrubar mitos, como que o gênero feminino não tem vocação para as ciências exatas.

De acordo com dados do Ministério do Trabalho e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), a participação das mulheres em construção civil teve um leve aumento entre 2019 e 2021-no ano passado com dados disponíveis. No início do período, eles representaram 10,32% da força de trabalho nos singles brasileiros. No último levantamento, foram 10,85%.

Como veremos, nos últimos anos esta tendência vem se fortalecando. Siga a leitura!

Mulheres nos cursos de Engenharia

Há cada vez mais jovens recém-coms do Ensino Médio optando por ingresso em colégios de Engenharia.

Entre 2003 e 2013, o número de mulheres nos cursos de Engenharia passou de 24.554 para 57.022. Trata-se de um crescimento de 132,2%. Estas figuras foram divulgadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em estudo para a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE).

Relativamente aos cursos de Engenharia Civil, dados do Censo do Ensino Superior apontam que o número de mulheres matriculadas vem aumentando nos últimos anos. Em 2021, último período com dados disponíveis, as mulheres ocuparam 29,3% dessas vagas.

Mercado de trabalho

mulheres na construção

Mas como os engenheiros civis estão se inserindo no mercado de trabalho?

O gênero feminino ainda é minoritário nos empregos do setor. Atualmente, dos 422.385 profissionais de Engenharia Civil registrados no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), 96.643 são mulheres. Ou seja, apenas 22,9% do total, ou 1 mulher a cada 3 homens, aproximadamente.

Além disso, a desigualdade de gênero na Engenharia Civil também afeta os salários. A remuneração dos homens continua a ser maior do que a das mulheres.

Em 2004 e 2003, os homens ganhavam cerca de 33% a mais do que as mulheres na construção-e isso no mesmo post. Essa informação foi revelada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domiciclos (PNAD) sobre a renda mensal média entre homens e mulheres com carteira assinada.

No entanto, espera-se que com a consciência da sociedade e a consolidação da presença feminina no setor, essa disparidade desapareça ao longo do tempo.

Modernização

A presença feminina não está crescendo apenas nos cursos e escritórios de Engenharia Civil. Aos poucos, eles também estão ocupando os operários, onde são reconhecidos por serem cuidadosos, perfeccionistas e responsáveis.

Alguns fatores incentivaram esse deslocamento cultural. Entre elas estão o aporte de novas tecnologias para construção e as iniciativas do poder público e do terceiro setor.

mulheres na construção

Mulheres em construção civil-local de construção

Trabalho em construção civil geralmente requer intenso exercício físico. Assim, as diferenças fisiológicas entre homens e mulheres são uma das causas para afastar as mulheres dos singles do trabalho.

Em média, as mulheres possuem cerca de 52% da força dos homens na parte superior do corpo e 66% na parte inferior. Daí, há normas que incluem garantias para a saúde e segurança dos funcionários do sexo feminino.

Uma delas é a Norma Regulamentadora (NR) 17, que lida com ergonomia na construção civil. Seu item 17.2.5 determina que as mulheres devem carregar peso máximo inferior ao admitido aos homens.

No entanto, a chegada de novas tecnologias na construção civil está mudando os processos de trabalho. Agora, muitas tarefas braquiais passaram a correr por máquinas. Como exemplo, podemos citar o guindaste, usado para levantamento e movimentação de cargas e materiais pesados.

Além disso, os materiais estão se tornando cada vez mais leves e fabricados em formatos pré-moldados. Isso facilita os procedimentos de montagem e instalação, favorecendo a contratação de mulheres naquela indústria.

Para saber mais sobre o dia a dia de uma mulher no canteiro de obras, não perca a entrevista com Márcia Cristina, a primeira mestre de obras do Brasil.

Transformações no setor

Com a gente percebe, a construção civil está passando por uma grande transformação deflagrada pelas novas tecnologias. Ainda que o setor seja o segundo mais lento em absorver inovações, os impactos da revolução digital já podem ser sentidos.

Por um lado, a chegada de equipamentos e produtos de última geração à construção das obras aperfeiçoa a economia e a produtividade. De outro, atrai o fantasma do desemprego, uma vez que a indústria vem absorvendo rapidamente máquinas capazes de substituir a mão-de-obra humana. Quanto mais automação, menos necessidade das pessoas.

Nesse cenário de mudanças, a capacidade de executar tarefas que requerem apuro técnico e atenção aos detalhes está sendo cada vez mais valorizada, e o talento das mulheres nesse campo é reconhecido pela indústria.

Assim, eles estão sendo requisitados para atividades como pintura, instalações elétricas e hidráulicas-sanitária, serragem, marcenaria, restauração e acabamento. Suas habilidades incluem colocação de gesso, aplicação de cerâmica, liquidação de tijolos, bem como chapisco, embocadura e reboco.

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incentivos

Já existem vários projetos no Brasil para qualificar a mão-de-obra feminina na construção civil, seja por iniciativa do Poder Público, seja por iniciativa de empresas privadas e do terceiro setor. 

Leis

Em âmbito municipal, por exemplo, uma das iniciativas mais recentes veio de Guarapuava, no Paraná. Em julho de 2017, o prefeito Cesar Silvestri Filho sancionou a lei exigindo que as empresas de construção civil que prestam serviços ao município tenham um mínimo de 10% de suas vagas ocupadas por mulheres. Confira a matéria da TV Rio Paraná edição sobre o assunto.

Recentemente, o governo federal criou, através do Lei 14,457 / 2022, o Programa Empregado + Mulheres voltado para a inserção e manutenção de mulheres no mercado de trabalho. Entre as novidades implementadas no novo texto, destacarse:

  • O relaxamento da jornada de trabalho para mães e pais que têm filhos até seis anos ou com deficiência.
  • A concessão de mais 60 dias de licença-maternidade nas cidadesias. Esses dois meses extras poderiam ser compartilhados com o companheiro, se ele também trabalha em uma empresa cidadã. De acordo com a lei, se a mãe optar pelos 6 meses, esses 60 dias poderão ser substituídos por um período de 120 dias com meia jornada.
  • Aumento de dois a seis dias para que a companheira acompanhe a gestante em consulta e exames.
  • Previsão, por empresas com mínimo 30 funcionários femininos, de espaço adequado e adequado para acomodação das crianças durante o período de amamentação. Ou, na impossibilidade de implantação, ofertar assistência-day care para os funcionarios.
  • Magnificação a 5 anos e 11 meses a idade máxima para que a criança tenha direito a creco-de-dia.
  • Fortalecer o sistema de qualificação de mulheres vítimas de violência doméstica.
  • Estabelecimento, pelas empresas com Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Internos (Comissão), de regras de conduta relativas a assédio sexual e outras formas de violência nos padrões internos da empresa, com ampla divulgação de seus conteúdos para funcionários e empregadas domésticas, bem como procedimentos de reclamações.
  • Determinação de que mulheres recebem o mesmo salário que os homens que exercem a mesma função na empresa.

Terceiro setor

O terceiro setor também vem se articulando para estimular o ingresso feminino na construção civil. Dentre as iniciativas existentes, destacam-se o projeto Mão na Massa, no Rio de Janeiro, e a ONG Mulheres em Construção, no Rio Grande do Sul.

Essas propostas têm como objetivo oferecer cursos de capacitação na área de construção civil para mulheres. Assim, contribuem para promover a autonomia e o empoderamento das mulheres trabalhadoras. Entre os beneficiados, estão principalmente mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica e violência doméstica.

Tendo formado mais de 1.200 mulheres desde 2007, o Projeto Mon em Massa viu 78% de ex-alunas passadas para exercer profissões em Construção Civil. Mais de 50% delas trabalham em empresas, enquanto várias optaram por fazer obras para terceiros ou abrir seu próprio negócio.

Conclusão

Como podemos perceber, estamos longe de vencer a desigualdade de gênero. Em um ambiente como o da construção civil, onde predominam os homens, esse desafio torna-se ainda maior.

No entanto, a capacidade técnica, a força de trabalho e a articulação das mulheres na luta por seus direitos estão promovendo mudanças socioculturais progressivas. Isso está impulsionando o progresso feminino no setor. Como resultado, novas gerações de engenheiros e operários estão surgindo com mais e mais oportunidades e reconhecimento profissional.

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Construção Civil