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O Comitê de Política Monetária (Copom) vai realizar, nesta quarta-feira 8, uma nova reunião que deve decidir se haverá ou não corte na taxa básica de juros do país, a Selic.
A tendência é que o órgão, vinculado ao Banco Central (BC), reduza a taxa de juros. A dúvida, porém, é no ritmo da redução.
Até aqui, o colegiado tem adotado um corte de 0,5 ponto percentual no índice, mas mudanças no cenário internacional fazem integrantes do mercado pressionarem por uma interrupção no ritmo da queda. Estima-se que o grupo possa adotar uma redução de apenas 0,25% na Selic a partir desta quarta.
O último comunicado do Copom, de março deste ano, vale lembrar, citava que o corte de 0,5 ponto percentual era unânime para este mês. O ritmo deveria, naquele momento, ser só reavaliado em junho.
Entretanto, de lá para cá, o cenário da economia internacional vem pressionando a definição da nova taxa. Pesa na conta as altas recentes do dólar e o patamar dos juros nos Estados Unidos.
Internamente, a equipe econômica do governo também propôs que houvesse redução nas metas para as contas públicas pelos próximos dois anos. Caso essa mudança aconteça, os gastos nas contas poderiam aumentar cerca de 160 bilhões de reais nos próximos anos.
O tema também poderia influenciar na inflação do País e movimentou a opinião de integrantes do Copom. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, por exemplo, é contrário à mudança proposta pelo governo.
Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano. Caso o corte seja confirmado – independentemente do patamar -, seria o sétimo seguido promovido pelo Copom.
