O presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, Marcelo Freixo, classificou de “loucura” o cenário enfrentado pelo País durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que a gestão do ex-presidente foi marcada por uma “irresponsabilidade completa” também no turismo internacional, com danos significativos na imagem do Brasil.
As declarações foram proferidas em entrevista à reportagem na terça-feira 14, em Brasília, durante a primeira rodada de um ciclo de debates promovido por CartaCapital para celebrar seus 30 anos.
“O primeiro desafio foi ter fonte de Orçamento. Foi uma loucura o que este País viveu nos quatro anos do governo Bolsonaro”, disse Freixo. “Quando assumimos, o Brasil era o país da crise climática, do ‘passar a boiada’, do negacionismo. Em seis meses, em agosto do ano passado, a revista Forbes indica o Brasil como principal destino do mundo de ecoturismo.”
O ex-deputado exaltou o fato de o País ter recuperado em 2023 a base de turistas internacionais do período pré-pandemia. No ano passado, os turistas internacionais deixaram no Brasil um montante recorde de 6,9 bilhões de dólares, segundo dados do Banco Central. Trata-se de um valor 1,5% superior à maior arrecadação anual até 2023, registrada em 2014, ano de uma Copa do Mundo.
“O presidente Lula foi decisivo para a reconstrução dessa imagem”, avalia o presidente da Embratur. “Ninguém quer visitar um lugar que tem racismo, um lugar machista, sem responsabilidade climática. Por isso as pessoas voltaram a visitar o Brasil: porque passou Bolsonaro e veio Lula.”