Guardar no Meu ArchDailyMontagem feita sobre o trabalho “Intentos por São Paulo: Ensaio Minhocão” de Julia Getschko
- Escrito por Victor Delaqua
- Dezembro 15
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O mundo acadêmico tem muito a acrescentar no campo da arquitetura e do urbanismo. Através de suas pesquisas e propostas surgem visões inspiradoras. Levantam-se possíveis debates sobre a forma como enxergamos, ocupamos e desenhamos o ambiente construído. Sendo assim, realizamos anualmente uma chamada de trabalhos finais de graduação aberta a todos os países lusófonos para apresentar um panorama de temas e projetos que consideramos merecer destaque no ano que passou.
A seleção destes trabalhos é realizada de acordo com os quais julgamos mais bem desenvolvidos, graficamente interessantes e cuja temática abordada consideramos instigante e oportuna a um trabalho de conclusão de curso, independente da abordagem, escala e programa escolhidos. Mais que simplesmente resolver um projeto de modo satisfatório, entendemos que um TCC/TFG – por condensar os esforços do estudante em um momento de passagem da academia para a vida profissional (mas, importante mencionar, ainda fazendo parte da trajetória acadêmica) – deve levantar questões e incitar a discussão acerca do tema proposto.Nesta edição, recebemos o total de 296 propostas. Sendo:
- 53,4% da região sudeste brasileira;
- 23,3% da região sul brasileira;
- 11,1% da região nordeste brasileira;
- 10,2% da região centro-oeste brasileira;
- 1,3% da região norte brasileira;
- 0,7% de Portugal e Moçambique.
O curso {CURA} premiará os autores e as autoras dos seguintes trabalhos selecionados com bolsas para o curso completo Método {CURA}, que será realizado de modo virtual.Vale ressaltar que as propostas que não seguiram o regulamento ou que apresentaram uma quantidade insuficiente de material para avaliação foram desclassificadas. Agradecemos o interesse de todos estudantes que enviaram seus projetos e desejamos uma boa sorte na vida profissional!Finalmente, veja a seguir nossa seleção, listada em ordem aleatória, dos 25 melhores trabalhos de conclusão de curso dos países de língua portuguesa, acompanhados pelas descrições enviadas por seus autores e autoras.
Do material ao edifício: Centro de Beneficiamento Florestal Delta Paraná
Autora: Federica LinaresOrientador: Carlos Eduardo SpencerInstituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio (Niterói/RJ)
Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de Federica Linares
A mudança climática intensificada pelo modelo de desenvolvimento atual, tem ameaçado cada vez mais os ecossistemas úmidos latino americanos promovendo uma rede de vulnerabilidades por todo continente. Na intenção de justificar a urgência do debate, a investigação toma como caso de estudo uma região localizada no final desta cadeia de ecocídios: o Delta do Rio Paraná, cuja singularidade da configuração espacial expõe de forma ampla os efeitos da relação insustentável entre ecossistemas natural e humano presente hoje. Apesar do recorte selecionado se localizar fora dos limites políticos do Brasil, a sua posição geográfica à jusante dos grandes rios, cujas nascentes se dão em território nacional aproxima o debate, introduzindo o Delta Paraná como uma das regiões mais vulneráveis às tomadas de decisão do país, sobretudo em relação às questões ambientais. Diante disso, o trabalho se propõe a revisar esse contexto crítico a partir da idealização de um edifício cuja matriz de concepção é sua relação metonímica com a ecologia ampla de seu contexto. Um espaço para co-produção e convivência; um Centro de Beneficiamento Florestal. Um edifício-complexo construído para atender as necessidade de uma localidade, mas também de uma economia provinciana e potencialmente global.
Veja o trabalho completo aqui.
Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de Federica Linares
Observatório e Refúgio Ambiental RESERVA DO LAMI
Autor: Lucas Chagas dos SantosOrientador: Sergio Moacir MarquesInstituição: Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS (Porto Alegre/RS)
Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de Lucas Chagas dos Santos
A proposta de Refúgio e Reserva Ambiental LAMI, para área ambiental sensível na região metropolitana de Porto Alegre, próxima ao encontro do estuário Guaíba, com a Lagoa dos Patos – um dos maiores sistemas lacustres do mundo, envolvendo uma bacia hidrográfica de aproximadamente 60% do Estado do Rio Grande do Sul – redunda em uma série de estratégias de preservação associadas a pesquisa e a educação ambiental, que se manifestam através de delicado e sofisticado sistema espacial. Circulação e arquitetura pavilhonar, sobre palafitas, organizadas em forma de pente, pairam e se mesclam sobre e com o ambiente natural, de maneira respeitosa e elegante. Sem pretender protagonismos formais, o projeto, de maneira simples, se dedica às macro questões envolvidas, por uma lado, e as especificidades técnicas e detalhes arquitetônicos de outro, perfazendo um todo equilibrado e sofisticado.Desta maneira o autor se esquiva da armadilha frequente, de acreditar que a nobreza da causa é suficiente para compensar eventuais fragilidades de projeto, e apresenta uma equação de conceitos e propostas espaciais consequentes, nem sempre presentes nos inflamados discursos contemporâneos, que muitas vezes não conectam conteúdo com forma.
Veja o trabalho completo aqui.
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Quilombo Saracura: fazenda urbana com habitação
Autora: Juliana GenerosoOrientador: André Luiz Tura NunesInstituição: FIAMFAAM – Centro Universitário (São Paulo/SP)
Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de Juliana Generoso
Este trabalho final de graduação é uma proposta de conjunto habitacional associado ao resgate simbólico da memória negra do bairro Bela Vista (Bexiga). Após um estudo histórico da cidade descobriu-se que o bairro paulista Bexiga, assim como outros bairros de São Paulo, teve as narrativas negras encobertas, em alguns momentos apagadas, sobretudo no final do século XIX e início do século XX (1875-1930), período da imigração intensiva e marcado pelo primeiro surto urbanístico da cidade. O bairro afro-italiano, se originou como um bairro negro pois abrigou um dos primeiros quilombos urbanos de São Paulo, o Quilombo Saracura.Dessa forma, pretendeu trazer uma proposta contra a invisibilidade histórica sobre a cultura negra dentro das demandas atuais de verticalização de um dois bairros mais adensados de São Paulo. Buscou-se ter por referências formas de habitar da arquitetura vernacular africana e programas encontrados dentro do aldeamento africano. Possibilitando, assim, que o povo negro seja apresentado como afirmação de si mesmo, com potenciais de referência para novas formas de construir.
Veja o trabalho completo aqui.
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Habitar a ruína: por uma arquitetura entre tempos
Autor: Caio Henrique CoelhoOrientadora: Maria Cristina Cabral Instituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ (Rio de Janeiro/RJ)
Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de Caio Henrique Coelho
“Young architects can change the world by not building buildings.”(ABLOH, Virgil)Como uma arquitetura esquecida, a estrutura abandonada do Gávea Tourist Hotel, localizado em São Conrado no Rio de Janeiro, está inserida em uma narrativa em limbo. É inquestionavelmente parte da história, mas de uma história que não teve final. O seu significado — pesquisado e ensaiado por esse trabalho final — pode ser determinado pelo que vem então.Seria relativamente fácil demolir esta estrutura em estado de abandono — tão fácil que se torna inaceitável. Estamos aqui em busca de lidar projetualmente com o desafio de reaproveitar uma estrutura em abandono e potencializar sua relação com a floresta. Não estamos aqui preocupados exclusivamente com a resposta de maior viabilidade econômica, e sim com a complexidade das possibilidades de ocupar a floresta e a ruína moderna. Uma arquitetura que acontece entre tempos. Encontrar um programa que permita a ocupação da floresta de forma sustentável e crítica em relação às tentativas anteriores parece ser um desafio. Ademais, o programa deve permitir o cohabitar de diversos corpos insurgentes através dos contrastes que caracterizam a ruína e a floresta: animal x homem, natural x construído e passado x futuro.
Veja o trabalho completo aqui.
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Entre corpos e cozinhas: pensando arquitetura através de mulheres e suas ancestralidades
Autora: Raphaela Barros da CruzOrientadoras: Ana Paula Polizzo e Ayara MendoInstituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ (Rio de Janeiro/RJ)
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A relação entre a mulher que cozinha e a arquitetura é o ponto central do trabalho. Usando a etnografia e estabelecendo uma genealogia de mulheres em suas cozinhas, é proposta uma leitura sensível e interdisciplinar a respeito do tema, superando a noção puramente técnica da construção e valorizando traços de afetividade presentes no ato de cozinhar.Para analisar as dinâmicas entre corpos femininos, cozinha e arquitetura, o trabalho foi desenvolvido a partir de um emaranhado de informações correlacionadas: um estudo teórico das mudanças histórico-políticas-espaciais domésticas; como essas foram capazes de influenciar a dinâmica da casa; e a conexão entre embasamento teórico, arquitetura e um estudo de campo intrafamiliar. Com base nas diferenças entre essas mulheres, – suas idades, corpos, histórias e vivências, – foi possível observar como foi o cotidiano de cada uma, suas ancestralidades, as transmissões de conhecimento por trás das relações interpessoais e a conexão esses tópicos com a subjetividade de arquitetura doméstica.Relatos, histórias e espaços tornaram-se objetos de estudo, os quais possibilitaram apreender o espaço e acender memórias afetivas, gerando um documento cujo produto não seja aquilo que é palpável ou construído, mas sim que se possam extrair noções a respeito do uso, da história e das memórias.
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Heterotopias Queer: enxergando gretas nos blocos do Rio de Janeiro
Autor: Tadeu Asevedo Porto MaiaOrientadora: Adriana CaúlaInstituição: Universidade Federal Fluminense – UFF (Niterói/RJ)
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O presente ensaio é o resultado de um exercício reflexivo e imagético, em que se buscou compreender as possibilidades de aproximação entre a Teoria Queer e as Teorias Arquitetônicas e Urbanísticas. Partindo de fotografias do Carnaval de Rua do Rio de Janeiro, o trabalho se constrói como um percurso de um bloco, pelo qual se encontram diversos personagens e se conformam distintas visualidades que em conjunto “constroem” uma Heterotopia Queer. O resultado é um livro-objeto, que através do seu manuseio faz surgir esse espaço heterotópico. Uma estética da imanência, que “se deseja gesto e não representação […], processo e não aspecto, contato e não distância” (DIDI-HUBERMAN, 2003, p.143). Como colocado por Paul Preciado (2020, p.32), “a cada vez que a travessia é possível, o mapa de uma nova sociedade começa a ser desenhado, com novas formas de produção e de reprodução de vida”. Dessa forma, o atravessamento desse livro-percurso busca, ao olhar para o corpo e a sua presença não normativa nos espaços, em particular durante o período do Carnaval, refletir sobre de que formas a Teoria Queer pode contribuir em uma nova forma de pensar e produzir Arquitetura e Urbanismo.
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Agroecotécnica: Estação Experimental de Agroecologia do IFRS Bento Gonçalves
Autora: Nichele RossiOrientadora: Patrícia de Freitas NerbasInstituição: Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS (São Leopoldo/RS)
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O projeto consiste na proposta de regeneração da atual estação experimental do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) da cidade de Bento Gonçalves, localizada no Vale do Rio das Antas, promovendo a transição da estação com cultivo em sistema convencional para uma estação experimental de agroecologia.A partir dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o novo plano de uso do território busca oferecer à comunidade um espaço público multidisciplinar, de conscientização ambiental e de resgate de saberes ancestrais e práticas sustentáveis de agricultura. Para nortear as diretrizes da proposta geral da intervenção, adota-se como base as premissas da permacultura, que possui o intuito de planejar ambientes humanos sustentáveis e produtivos, integrando seus diferentes componentes em equilíbrio e harmonia com a natureza. Sendo assim, as áreas antropizadas e cultiváveis do terreno são transformadas em diferentes módulos experimentais de cultivo agroecológico.Além disso, a fim de proporcionar uma infraestrutura de qualidade para funcionários e visitantes, o projeto inclui a requalificação e ampliação de estruturas físicas existentes, aplicando soluções pautadas na natureza, com estratégias de arquitetura bioclimática, de baixo impacto ambiental e que priorizam o uso de técnicas construtivas e materiais locais, transformando-as em importantes pontos de interesse ecopedagógico.
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Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de Nichele Rossi
Novas Ocupações contra o Novo Normal
Autor: João Generoso GonzalesOrientador: Fábio Mariz GonçalvesInstituição: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAUUSP (São Paulo/SP)
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O novo normal se anuncia. Processo agravado pela pandemia, a vida migra para o digital, porém esse é apenas o ápice do abandono histórico dos espaços públicos em prol da experiência privada. A própria arquitetura se virtualizou: o capitalismo tardio almeja cada vez mais a atualização constante, traduzida pelos centros comerciais projetados para abrigar usos temporários e sem relação entre si, mesmo que abrigados no mesmo edifício.Reconhecendo essa situação, a arquitetura que deseja preservar sua memória deve assumir que ela se constrói ao longo do tempo, tornando-se suporte do cotidiano e do imprevisível. Efêmera, ela deverá responder às demandas imediatas da população, transformando o pré-existente e incorporando a mudança como a sua razão de ser.Nesse sentido, os andaimes representam o passageiro na paisagem urbana. São sinônimo do processo de construção, daquilo que está por vir. Assim, tomando-os como linguagem, o projeto se ergue como uma estrutura temporária no centro de São Paulo, criando espaços que potencializem as ações cotidianas de seus usuários. Aqui, a arquitetura não busca o protagonismo, reconhecendo que um dia ela desaparecerá sem rastros, deixando para trás apenas as memórias das pessoas que a ocuparam.
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Arquitetura como prática política: investigação projetual através de autogestão habitacional no centro do Rio
Autora: Sophia Vollú Keweloh TrindadeOrientadores: Ana Slade e Gustavo PoeysInstituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ (Rio de Janeiro/RJ)
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Diante de políticas habitacionais excludentes, que estimulam a segregação socioespacial nos espaços urbanos, os movimentos sociais assumem protagonismo e relevância na luta pelo direito à moradia aliado ao direito à cidade. Almeja-se, portanto, o combate à desigualdade socioespacial e a reivindicação por reforma urbana, trazendo a autogestão habitacional como uma relevante pauta.Assim, o trabalho investiga a autogestão habitacional como uma importante ferramenta para auxiliar na concepção de habitações de interesse social dignas e democráticas, através de processos participativos. Como área de atuação, foi escolhido o Projeto Quilombo da Gamboa, localizado no Centro do Rio de Janeiro, que funciona através de uma organização de autogestão habitacional.Dessa forma, o objetivo do trabalho consiste no desenvolvimento de um projeto que transcenda a questão da habitação através de uma produção coletiva do espaço, alinhando moradia, geração de renda e segurança alimentar. Assim, por meio das aproximações a fim de entender as demandas e modos de habitar dos moradores é iniciada a concepção de um projeto alinhado com os princípios da autogestão habitacional, que contribua para a permanência dos participantes do Quilombo da Gamboa em um território central, atendendo suas necessidades e auxiliando na efetivação do direito à moradia e à cidade.
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Arquitetura de Transição: o Caso Síria-Líbano
Autor: Marcelo Haissam Shimizu BaydounOrientadores: Daniel Corsi, Angelo Cecco, Edison Ribeiro, Apoena AmaralInstituição: Universidade Presbiteriana Mackenzie (São Paulo/SP)
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A partir de reflexões sobre o tema da Guerra Civil Síria e dos milhares de refugiados que emigraram para o Líbano buscando a sobrevivência e a retomada do cotidiano, este trabalho propõe uma ação arquitetônica que passa do objeto a ser construído para um processo de aproximação e intervenção no local, como uma das operações de um conjunto maior de auxílio.O território analisado é o vilarejo de Deir Zenoun no Líbano, que concentra dezenas de assentamentos informais de refugiados e onde foi verificada a falta de acesso a diversos equipamentos básicos, dentre eles a saúde e educação. Desta forma são propostos equipamentos que abordem esses temas, mas que sejam passíveis de transições ao longo do tempo para adaptarem-se ao ritmo das mudanças na região, partindo de uma ajuda mais urgente indo a um marco duradouro. Com isso, os equipamentos foram projetados para serem construídos de forma simples e rápida, como módulos, após a chegada de pacotes contendo as peças necessárias e um manual de acesso universal. Ao longo do tempo, vão sendo implantados seguindo uma sequência de fases para acompanhar a evolução do assentamento, adequando-se às mudanças no número de habitantes ou nas prioridades em relação aos equipamentos básicos.
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Intentos por São Paulo: Ensaio Minhocão
Autora: Julia GetschkoOrientadores: Luciano Margotto Soares, Angelo Cecco, Marcelo Henneberg MorettinInstituição: Universidade Presbiteriana Mackenzie (São Paulo/SP)
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Através de um percurso sugerido, Intentos por São Paulo: Ensaio Minhocão provoca o leitor a refletir sobre a relevância das vivências, da percepção e da apreensão espacial da cidade no cotidiano.A proposta toma forma ao conectar quatro intentos (intervenções) pelo percurso do Elevado Pres. João Goulart, no trecho entre a Praça Roosevelt e o Largo do Arouche. Cada intento busca sensibilizar os indivíduos ao aguçar os sentidos dos que se conectam física e visualmente nestes espaços. Deseja-se retirar os indivíduos do estado de anestesia do mundo real causado pela hipervalorização do mundo virtual.Para tanto, trabalha-se com a ideia de descompressão dos transeuntes em espaços que permitem a pausa e a percepção das dinâmicas ao redor. Cada projeto realiza isto de maneira única e adaptada a seu contexto, enfatizando a camada urbana da comunicação e da cultura através do choque, da mistura e das vivências. Ou seja, gera identidade e pertencimento pelas memórias únicas criadas entre indivíduo, coletivo e espaço urbano.“Estas experiencias espaciales tienen un final abierto, forman una red de perspectivas superpuestas.” – Steven Holl.
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Onde aflora a paisagem: Arquitetura para a regeneração de nascentes urbanas
Autor: Igor GrasserOrientadora: Marta Vieira BogéaInstituição: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAUUSP (São Paulo/SP)
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O trabalho desenvolvido culmina no projeto de um pequeno ecossistema paisagístico-arquitetônico em região de nascentes, no bairro do Bixiga, cidade de São Paulo.A escolha das nascentes urbanas como temática partiu, por um lado, da investigação do potencial da água como componente estruturante da paisagem urbana. Por outro, do exame das interfaces criadas e amplificadas pela arquitetura. Interfaces entre paisagem natural e construída, domínio público e privado, e entre solo e edificação.Focando os esforços em uma das cabeceiras do Córrego Saracura, são confrontados, principalmente: a baixa permeabilidade do solo; a degradação da qualidade da água; o esgotamento do lençol freático; e a desconexão da vegetação, hoje murada e isolada, com a cidade e com a paisagem.A partir daí, surge o interesse por uma intervenção arquitetônico-paisagística que, aliada a estratégias de reflorestamento, seja propulsora da regeneração desse ambiente.Extrapolado o terreno enquanto compreensão da paisagem, a intenção é reaproximar natureza e cidade, sociedade e nascente. Derrubar os muros, e reconstruir a paisagem da bacia; conciliando usos e programas urbanos com a preservação e ampliação da mata ciliar. Qual é a contribuição da arquitetura para a preservar e reintegrar a paisagem natural?
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Entre Rios, Veredas e Igarapés: Proposta habitacional para autoprodução amazônica do lavrado
Autora: Ananda Oliveira HenklainOrientador: Rui Alexandre Ramos Duarte do RosárioInstituição: Universidade Federal de Roraima – UFRR (Boa Vista/RR)
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Trata-se de um estudo preliminar de protótipo habitacional, replicável em áreas inundáveis e alagáveis de Boa Vista/RR, sob as premissas centrais de autoconstrução, flexibilidade e racionalidade construtiva. Os estudos de projeto, baseados em estudo de caso, encontraram na estrutura abobadada pela amarração do Arco de Da Vinci, com pecíolos da palmeira de buriti, e elevada do solo por palafitas feitas do caule, solução que satisfez os critérios estabelecidos de enfrentamento de nove desafios projetuais, representativos de universos condicionantes comuns a assentamentos visitados e registrados, em APPs de lagoas, igarapés e rios da capital. As referências projetuais, que influenciaram sobremaneira na forma, função e processo, foram as residências Dino Zammataro e Issler, de autoria do Grupo Arquitetura Nova (GAN – Sérgio Ferro, Rodrigo Lefèvre e Flávio Império); o Trabalho Final de Graduação da arquiteta e urbanista Danielle Khoury Gregorio intitulado Sobre As Águas da Amazônia; o projeto Biblioteca Lago Mamori, do Atelier Marko Brajovic; e a Eco-Habitação (Wikkelhouse), da empresa Fiction Factory.
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Território LGBTQIA+ na cidade de Trindade
Autor: Bruno Miranda PereiraOrientador: Fernando Antônio Oliveira MelloInstituição: Universidade Federal de Goiás – UFG (Goiânia – GO)
Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de Bruno Miranda Pereira
O território desde a sua origem, está ligado ao poder, não apenas político que se refere à dominação material, mas também num sentido simbólico referente à apropriação. Este trabalho busca explorar os territórios produzidos pela religião e pela comunidade LGBTQIA+ na cidade de Trindade, através do mapeamento das vivências e afetos estabelecidos no espaço urbano. Utilizando-se da pesquisa bibliográfica e documental, aborda discussões sobre territórios e territorialidades, sobre a cidade Trindade enquanto fenômeno religioso e sobre a comunidade LGBTQIA+, enquanto movimento de luta pela existência e por direitos, sobretudo, pelo direito à cidade. Assumindo a cartografia como processo, tem como objetivo central mapear e discutir práticas, apropriações, e vivências, colocando em pauta o debate sobre sexualidade, religiosidade e cidade.
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Domesticidades Possíveis: a construção do habitar futuro
Autora: Camila Medeiros de Oliveira SantosOrientadora: Joana Mello de Carvalho e SilvaInstituição: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAUUSP (São Paulo/SP)
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Intitulado Domesticidades Possíveis: a construção do habitar futuro, este trabalho final de graduação apresenta uma proposta projetual para o antigo Edifício Hotel Aquarius, ocioso desde sua construção na década de 1960, que procura responder à questão do habitar contemporâneo através de um novo modelo de morar baseado na coabitação.Localizado no Centro Histórico de São Paulo, o projeto busca apresentar um modelo alternativo de habitação baseado na política da Locação Social, com programas de habitação variados e flexíveis, e programas públicos que amparam financeira, social e culturalmente seus residentes, além de servir de local de encontro e integração com a cidade.A estratégia para a implementação do modelo de coabitação foi a adição de um módulo avarandado a cada pavimento que permite, a uma só vez, a reconfiguração da fachada da edificação existente e a expansão da área das unidades, que agora contam com espaços privilegiados de uso compartilhado.O objetivo do projeto é propor novos modelos de morar que desafiem a domesticidade convencional e a divisão sexual do trabalho através do compartilhamento e da valorização dos espaços de trabalho doméstico.
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Régia Ribeirinha | O Vogar da Arquitetura Amazonense
Autor: Gustavo Noboru Kimura LeandroOrientador: Rodrigo Mindlin LoebInstituição: Universidade Presbiteriana Mackenzie (São Paulo/SP)
Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de Gustavo Noboru Kimura Leandro
O princípio desse trabalho foi motivado pelo desejo de desenvolver um projeto que tenha aproximação com grupos de pessoas que enfrentam desafios diários conseguintes das transgressões humanas perante ao meio ambiente. Diante dessa perspectiva, fui impactado pelas intensas mudanças climáticas dos últimos anos na região norte do Brasil, em especial a floresta amazônica, que lutar contra incensáveis problemas ambientais. E nesse cenário encontram-se os principais agentes e atores desse trabalho, as comunidades ribeirinhas.Sob essa perspectiva e pela viagem realizada em Janeiro de 2022, estudei as regiões em que esses problemas são mais frequentes. Graças ao contato com ribeirinhos de comunidades amazônicas foi possível eleger uma área como foco de desenvolvimento projetual. E o ponto focal dessa experiência foi como o turismo de base comunitária vem impactando beneficamente essas comunidades, trazendo melhorias para infraestrutura local, sendo uma fonte de renda alternativa, e proporcionando uma melhor qualidade de vida. Sendo assim, buscou-se a revitalização do centro comunitário de Terra Preta (comunidade da RSD Rio Negro) e o desenvolvimento de elementos âncoras que fazem suporte a esse sistema, como o observatório de fauna e flora que exalta a riqueza e identidade do local.
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Memória Imersa: um reolhar para a baía
Autora: Renata de Oliveira EstevesOrientadores: Ana Slade e Diego PortasInstituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ (Rio de Janeiro/RJ)
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Lança-se luz sobre o lado adormecido da Baía de Guanabara, corpo hídrico que leva o mesmo nome de seu estado. A partir da busca de momentos que marcaram a história da cidade, mas que permanecem em segundo plano, omissos e esquecidos perante o olhar de quem vive e experimenta a cidade. Através de um movimento de deriva, foi feito um levantamento de quais seriam algumas dessas memórias adormecidas. Se localizam para além das antigas margens soterradas da baía, estando nas pequenas ilhotas, nos espaços entre terra firme e nas fundações de pontes. Percebe-se, então, um padrão de omissão e dele, o questionamento inicial: a memória da cidade é uma construção? Se sim, quem a constrói? Como objeto de estudo, elenca-se a Ponte Rio-Niterói, representante do encontro entre a memória abafada dos acidentes ocorridos durante sua construção e o símbolo da propaganda do Brasil Grande disseminada pelo governo ditatorial militar.Como intervenção, idealiza-se um objeto efêmero, um percurso. Assim, ao passo que seu corpo é ocupado, mesmo após a chegada de seu fim material, terá sua existência perpetuada através de quem a experimentou, encontrando sua eternidade não mais no mundo físico, mas sim nos indivíduos que por ali passaram e que carregam em si a memória desta experiência.
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CAMPAL – Cooperativa Adaptável Modular de Promoção ao Agricultor Local
Autor: Pedro Henrique Dias de CarvalhoOrientadora: Clara Ovídio de Medeiros RodriguesInstituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN (Natal/RN)
Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de Pedro Henrique Dias de Carvalho
A atuação do arquiteto e urbanista nos últimos tempos concentrou-se principalmente no desenvolvimento dos espaços urbanos, deixando o contexto e as vivências rurais num segundo plano. Compreendendo o rural e suas práticas como um conjunto emergente e de resistência, que se reinventa frente à contemporaneidade, enxergamos a dinâmica da agricultura familiar. Atualmente, a produção familiar assume múltiplas funções no cenário econômico-social, todavia, ainda está em constante movimento de resistência diante das transformações sobretudo no setor agrícola. Uma das alternativas para a continuidade e fortalecimento da agricultura familiar é o cooperativismo. Nessa lógica, a CAMPAL – Cooperativa Adaptável Modular de Promoção ao Agricultor Local surge como uma resposta para as áreas rurais e agricultores familiares norte-rio-grandenses. A proposição da CAMPAL passa pelo entendimento dos pressupostos projetuais para propriedades do meio rural, a partir dos conceitos de espaço, arquitetura e paisagem rurais; pelo rebatimento funcional das dinâmicas contemporâneas da agricultura familiar e do cooperativismo agrícola na arquitetura; e, pela adoção da adaptabilidade e lógica modular no produto arquitetônico. Desse modo, obtém-se um sistema edilício embasado nos princípios de ruralidade, adaptabilidade e modularidade, qualificado a responder habilmente aos distintos aspectos funcionais, físico-ambientais e legais dos contextos rurais do Rio Grande do Norte.
Veja o trabalho completo aqui.
Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de Pedro Henrique Dias de Carvalho
Ilhas Imaginadas: um arquipélago de dispositivos estéticos para (re)construção e (re)configuração de paisagens
Autor: André Dornela MenezesOrientadores: Diego Fagundes e Erica MattosInstituição: Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG (Belo Horizonte/MG)
Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de André Dornela Menezes
Esse trabalho parte do interesse da estruturação e organização de uma imagem mental associada à um arquipélago de percepções, reflexões e questionamentos sobre desenho e imagem, elementos básicos da comunicação em arquitetura.Carregadas de incertezas, aberturas e subjetividades, as ilhas desse arquipélago se apoiam nas potencialidades intrínsecas às imagens e, desse modo, assumem um caráter semântico e não linear a fim de estabelecer diálogos e permitir distintas experiências e percepções com e sobre as interfaces estéticas desenvolvidas.
Veja o trabalho completo aqui.
Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de André Dornela Menezes
Rasuras e Reescrituras do Rio: Cais do Valongo
Autora: Esther Mastrangelo RosasOrientador: Antônio Sena Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio (Rio de Janeiro/RJ)
Guardar no Meu ArchDailyColagem realizada por Esther Mastrangelo Rosas sob imagem cortesia de João Maurício Bragança
Este trabalho teórico explora o território e paisagem do Cais do Valongo a partir da análise de certas ocorrências históricas que implicaram em transformações na região, partindo da constatação de que essa região se configura como detentora de grande patrimônio material e imaterial; como um importante lugar de memória e resistência afrodescendentes. Levando em consideração que o Rio de Janeiro, atualmente, é a segunda cidade do país com o maior número de habitantes pretos e pardos, segundo o censo do IBGE em 2010; entender tais fragmentos do Valongo, é também compreender a ancestralidade desse grande número de pessoas e buscar trazer à tona a maneira com que certas formas de poder lidaram com tal memória. Para tal entendimento do lugar, utilizo o conceito de palimpsesto urbano (retirado de André Corboz), ou seja, camadas que acumulam constantes processos de disputa da memória, gerando apagamentos, rasuras, reescrituras, rastros e traços no tecido urbano. A fim de explorar também o conceito de palimpsesto na estrutura do trabalho, esse se organiza em textos ensaísticos que abordam fragmentos históricos, arquitetônicos e urbanísticos, formando juntos uma costura de retalhos relacionados ao contexto do Cais do Valongo.
Veja o trabalho completo aqui.
Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de Esther Mastrangelo Rosas
Centro de Arquitetura – Reabilitação do Hipódromo Cristal
Autora: Cecilia LeonardelliOrientadora: Marta Silveira Peixoto Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS (Porto Alegre/RS)
Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de Cecilia Leonardelli
Revalorizar e ressignificar o existente é uma forma de questionar as demolições, o desperdício e a produção desenfreada característica dos dias atuais. A falta de manutenção e, muitas vezes, até a própria função obsoleta e defasada dos edifícios ameaçam transformá-los, ao longo do tempo, em ruínas, podendo levá-los ao desaparecimento. É o caso do Hipódromo Cristal, um dos primeiros prédios modernistas da cidade de Porto Alegre, projetado pelo arquiteto uruguaio Román Fresnedo Siri e localizado às margens do Rio Guaíba. Pela decadência do turfe, os pavilhões do complexo estão subutilizados e em estado deplorável de manutenção.O objetivo deste trabalho foi buscar novas narrativas e itinerários para a arquitetura do Hipódromo Cristal, com o intuito de preservá-la e adaptá-la ao uso contemporâneo. Como introdução ao projeto, foi realizada uma intervenção em escala urbana, com uma proposta de masterplan para a área e, posteriormente, trabalhou-se com mais aprofundamento a escala arquitetônica, com foco no pavilhão principal do complexo, que abriga a parte pública do Centro de Arquitetura. Para os outros dois pavilhões existentes, propõe-se uma nova sede para o CAU/RS e o IAB-RS e uma faculdade de arquitetura.
Veja o trabalho completo aqui.
Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de Cecilia Leonardelli
Atravessando fronteiras: o projeto como ferramenta articuladora entre a Maré e o Fundão
Autor: Júlio Cesar Moreira Cruz JúniorOrientador: Rafael Barcelos SantosInstituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ (Rio de Janeiro/RJ)
Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de Júlio Cesar Moreira Cruz Júnior
O Projeto aqui apresentado se situa na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, entre os bairros “Maré” e “Cidade Universitária. Buscou-se realizar uma pesquisa baseada: (1) no acervo sobre o Complexo de Favelas da Maré e a Ilha do Fundão presente em artigos e sites; (2) em visitas de campo para assimilação e mapeamento do território, (3) em entrevistas realizadas em modelo remoto com 4 moradores da Maré; (4) em dados contidos no “Censo Populacional da Maré” e no “Censo de Empreendimentos da Maré”, ambos de 2013 e no Plano Diretor UFRJ 2020 e (5) na vivência universitária de quase 7 anos na Ilha do Fundão.O complexo de favelas da Maré é lar de 140 mil pessoas onde pulsa a coletividade e a vida noturna, mas carece de serviços básicos de responsabilidade do estado. Poucos metros o separam da Ilha do Fundão, lugar de ensino e pesquisa com áreas livres infinitas onde o fim do horário de trabalho revela sua condição erma. Ambos necessitam um do outro, porém quase não se comunicam. É essa a fronteira que este trabalho pretende atravessar, colocando portas onde hoje existem apenas muros.
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Para além da ruína: anteprojeto de requalificação do Edifício Siqueira Campos
Autora: Camila Barbosa Lima SampaioOrientador: Paulo Raposo AndradeInstituição: Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (Recife/PE)
Guardar no Meu ArchDailyImagem cortesia de Camila Barbosa Lima Sampaio
O ritmo frenético e a efemeridade que configuram a sociedade atual parecem impactar na malha urbana das cidades contemporâneas, nas quais o constante processo de transformação do estoque edificado e consequente aparecimento de novas construções se contrapõem a outra realidade pouco abordada: o abandono de estruturas existentes. No Recife, percebe-se um grande número de edificações verticais ociosas, que permanecem à margem do ciclo produtivo da cidade, como um subproduto de seu contínuo processo de reconfiguração espacial.Não por acaso localizado num bairro central em processo de esvaziamento habitacional, se enxerga no esqueleto urbano da Rua Siqueira Campos uma possibilidade de explorar as potencialidades da ruína, propondo um edifício de uso misto que se abre para o pátio interno da quadra, caracterizado pela atividade alfarrabista: a Praça do Sebo.A postura de intervenção é pautada pela distinguibilidade entre os momentos do objeto construído sem apagar os vestígios de quando foi ruína, se fazendo presente tanto na materialidade do edifício quanto na fragmentação da volumetria. Explicitar esse contraste entre novo e velho, leve e pesado, limpo e desgastado é tensionar a polarização temporal que orienta o projeto e, sobretudo, deixar à mostra os elementos estruturais preexistentes é a reafirmação do esqueleto.
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Quebrando o armário: um ensaio contra a heteronormatividade nos espaços públicos
Autor: Dionatan Willian Piran SilveiraOrientador: Marcelo Caetano AndreoliInstituição: Universidade Federal do Paraná – UFPR (Curitiba/PR)
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Historicamente a produção formal da cidade é realizada por um grupo dominante de pessoas, que a moldam conforme suas necessidades, sejam elas políticas ou econômicas, tendo como consequência diversas mazelas que permanecem se repetindo e acentuando-se ao longo das décadas, como a fome, miséria, morte, marginalização, invisibilização e apagamento de diversos grupos que não fazem parte desta classe dominante.Neste processo, alguns grupos se encontram mais precarizados que outros, como as mulheres, negros, indigenas e a comunidade LGBTQIA+. Inseridos na produção da cidade capitalista, eles experimentam um falso discurso de liberdade e oportunidade para todos, ao tempo que permanecem em situações cada vez mais precarizadas.Ao considerar que a cidade não é um território neutro, mas um conjunto de símbolos construídos politicamente capaz de fortalecer alguns grupos em detrimento de outros, a ausência de políticas públicas que considerem a existência de todos se mostra problemática.Este trabalho se propõe a ensaiar outras possibilidades de construir uma cidade, trazendo para o centro da discussão o questionamento das normatividades impostas pela e para a sociedade e vislumbrando utopias de uma outra ocupação possível, que humanize e liberte estes corpos, permitido a eles o pleno direito a cidade.
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Jardim Ângela: estação metropolitana
Autor: Gabriel Garcia de AguiarOrientadores: Givaldo Medeiros e Joubert LanchaInstituição: Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – IAU-USP (São Carlos/SP)
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Assumindo os planos de mobilidade como um dos possíveis caminhos para se constituir novos sentidos de urbanidade às cidades, uma estação de metrô é investigada como potencial nó de circulação e vida metropolitana em uma qualificação local do Jardim Ângela, região desfavorecida sob ponto de vista de investimentos urbanos. A estação é proposta como um nó de coesão dos fluxos e vivências locais, com as vivências metropolitanas provenientes do novo equipamento. A síntese dessa interface ocorre na associação de dois elementos fundamentais de suporte da estação e da experiência local, consecutivamente: a plataforma e a escadaria. Aferida pela dimensão do metrô, a plataforma da estação é pensada como um módulo urbano que pode ser replicado para amparar outros tipos de atividades. A escadaria, por sua vez, se situa transversalmente à estação e constitui o suporte físico e simbólico da vivência dos moradores, amparando suas andanças e seus encontros. Seguindo esta leitura, propõe-se um prolongamento desta escadaria à estação, de modo a criar um percurso espiralado cujo destino é a cota superior do equipamento, onde está previsto um parque. Nas plataformas espiraladas, uma sequência de atividades e praças são dispostas conforme um gradiente de intensidade de movimentos: transportes, serviços e lazer.
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