A Petrobras anunciou nesta terça-feira 9 a descoberta de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar, próximo à fronteira entre Ceará e Rio Grande do Norte, na Margem Equatorial.
Segundo a petroleira, a descoberta ocorreu no poço Anhangá, a cerca de 190 quilômetros de Fortaleza e 250 quilômetros de Natal. Em um comunicado, a empresa explicou que a constatação da reserva ocorreu a partir de perfis elétricos e amostras de óleo.
“A Petrobras dará continuidade às atividades exploratórias na Concessão POT-M-762_R15, visando avaliar a qualidade dos reservatórios, as características do óleo e a viabilidade técnico-comercial da acumulação”, informou a companhia.
O plano de investimentos da Petrobras prevê o investimento de 7,5 bilhões de dólares em exploração até 2028, 3,1 bilhões deles na Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte.
Há uma projeção de perfurar 50 novos poços exploratórios no período, dos quais 16 estão na Margem Equatorial.
Enquanto isso, a empresa aguarda uma autorização para explorar petróleo na região da Foz do Amazonas. A empresa estima que a área pode render 14 bilhões de barris. O Ibama rejeitou o primeiro pedido de licença, mas a estatal apresentou uma nova solicitação, ainda sob análise.
Em setembro passado, durante uma viagem a Nova Délhi, na Índia, o presidente Lula (PT) se opôs a uma proibição de pesquisas na região. “Se encontrar a riqueza que se pressupõe que exista lá, aí é uma decisão de Estado se você vai explorar ou não. Mas, veja, é uma exploração a 575 quilômetros à margem do [Rio] Amazonas. Não é uma coisa que está vizinha do Amazonas.”
“Não foi pesquisado ainda. É impossível saber antes de pesquisar. Você pode pesquisar, descobrir que tem muita coisa, aí vai se discutir como fazer a exploração daquilo.”