Neste ano, o Ano Novo Balinês aconteceu no dia 11 de março, marcando o dia seguinte ao 10º mês lunar Praia do Diamante, em Nusa Penida, em Bali
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Conhecida por suas festas animadas, praias deslumbrantes e cultura única, Bali, na Indonésia, é um daqueles destinos que nunca decepciona – e um dos mais queridos ao redor do mundo. Suas ruas são pulsantes, preenchidas de música e barulhos, exceto por um dia em que esta ilha paradisíaca mergulha em um silêncio profundo, dando lugar a um feriado único e especial: Nyepi, o Ano Novo Balinês.
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Imagine só: um lugar onde o barulho das motos e dos bares abre espaço a um silêncio absoluto, onde as ruas ficam desertas e até as ambulâncias precisam ligar o pisca-alerta antes de sair. Isso acontece durante 24 horas a partir das 6h da manhã, quando os hindus balineses entram no modo zen.
Por dentro de uma das ilhas mais populares do mundo que é silenciada por um dia
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Ao contrário de muitas outras culturas que celebram a virada do ano com festividades, fogos de artifício e celebrações efusivas, os hindus balineses optam por uma abordagem diferente. Nyepi é um dia de silêncio, onde os habitantes jejuam, meditam, desligam a eletricidade e permanecem em casa com suas famílias. Agentes de segurança locais, conhecidos como pecalang, patrulham as ruas, assegurando que ninguém saia.
Detalhes do tradicional templo hindu balinês
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Neste ano, o Nyepi aconteceu no dia 11 de março, seguindo o calendário balinês, que possui 210 dias e marcando a data no dia seguinte à lua nova do 10º mês lunar. Um dia antes do Ano Novo Balinês, a ilha se transforma em um espetáculo de cores e rituais durante o Ngrupuk. Crianças locais desfilam com figuras de monstros gigantes chamados Ogoh-Ogoh, representando espíritos malignos. Essas figuras, meticulosamente confeccionadas em papel machê ao longo de meses, são queimadas simbolicamente após o desfile, marcando a purificação da ilha.
Desfile de Ogoh-Ogoh antes do dia de Nyepi
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Do ponto de vista religioso e filosófico, Nyepi representa um dia de auto-introspecção, uma oportunidade para refletir sobre os valores fundamentais da humanidade que devem ser incorporados ao longo da vida. É um contraponto necessário ao barulho e agitação de Ngrupuk.
Os moradores passam meses fazendo máscaras de papel machê de monstros assustadores, apenas para destruí-las antes do Ano Novo
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Para os turistas, a experiência não é diferente, uma vez que eles também não podem sair de seus hotéis ou apartamentos alugados. No entanto, há opções para vivenciar o dia como um morador local, optando por evitar dispositivos eletrônicos e tecnologia.
Fonte: casa Vogue