Em setembro de 2024, a produção industrial nacional subiu 1,1% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. O resultado acontece após a variação positiva de 0,2% em agosto.
Setembro 2024/ Agosto 2024 | 1,1% |
Setembro 2024/ Setembro 2023 | 3,4% |
Acumulado no ano | 3,1% |
Acumulado em 12 meses | 2,6% |
Média Móvel Trimestral | 0,0% |
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria cresceu 3,4% em setembro de 2024, marcando a quarta taxa positiva consecutiva. Com isso, o setor industrial apontou crescimento de 3,1% nos nove primeiros meses de 2024.
A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, avançou 2,6% em setembro, permanecendo com taxa positiva e intensificando o ritmo de crescimento frente aos resultados de agosto (2,4%), julho (2,2%), junho (1,5%) e maio (1,2%) de 2024.
Três das quatro grandes categorias econômicas e 12 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram avanço na produção. Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram assinaladas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%) e produtos alimentícios (2,3%), com ambas voltando a crescer após recuarem nos meses de agosto e julho de 2024, período em que acumularam perdas de 3,5% e de 4,2%, respectivamente. Vale destacar também as contribuições positivas registradas pelos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,5%), de produtos do fumo (36,5%), de metalurgia (2,4%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,3%).
Por outro lado, entre as 12 atividades que apontaram queda na produção, indústrias extrativas (-1,3%) e produtos químicos (-2,7%) exerceram os principais impactos na média da indústria, com a primeira voltando a recuar após avançar 1,0% no mês anterior; e a segunda interrompendo três meses seguidos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 10,5%. Outros impactos negativos relevantes sobre o total da indústria vieram de outros equipamentos de transporte (-7,8%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,7%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital (4,2%) assinalou a taxa positiva mais elevada em setembro de 2024 e eliminou parte do recuo de 4,6% registrado em agosto último. Os segmentos de bens intermediários (1,2%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,6%) também mostraram crescimento na produção nesse mês, com ambos marcando o segundo resultado positivo consecutivo e acumulando nesse período avanços de 1,6% e 1,1%, respectivamente. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo duráveis, ao recuar 2,7%, apontou a única taxa negativa em setembro de 2024 e repetiu a magnitude de perda verificada no mês anterior.
Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas Brasil – Setembro de 2024 |
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Grandes Categorias Econômicas | Variação (%) | |||
Setembro 2024 / Agosto 2024* | Setembro 2024 / Setembro 2023 | Acumulado Janeiro-Setembro | Acumulado nos Últimos 12 Meses | |
Bens de Capital | 4,2 | 13,6 | 7,5 | 1,7 |
Bens Intermediários | 1,2 | 2,5 | 2,4 | 2,4 |
Bens de Consumo | 0,3 | 3,6 | 4,0 | 3,4 |
Duráveis | -2,7 | 10,4 | 8,6 | 5,3 |
Semiduráveis e não Duráveis | 0,6 | 2,6 | 3,3 | 3,1 |
Indústria Geral | 1,1 | 3,4 | 3,1 | 2,6 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas *Série com ajuste sazonal |
Média móvel trimestral apresenta variação nula no trimestre encerrado em setembro
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria teve variação nula (0,0%) no trimestre encerrado em setembro de 2024 frente ao nível do mês anterior e interrompeu três meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 2,4%.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (0,7%), bens de capital (0,7%) e bens intermediários (0,4%) assinalaram as taxas positivas em setembro de 2024, com a primeira marcando o quarto mês seguido de expansão, período em que acumulou ganho de 8,2%; a segunda voltando a crescer após interromper no mês anterior a trajetória predominantemente ascendente iniciada em dezembro de 2023; e a última prosseguindo com a sequência de resultados positivos iniciada em junho de 2024 que acumularam crescimento de 2,1%. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis, ao recuar 0,7%, assinalou a única taxa negativa nesse mês e interrompeu a trajetória ascendente iniciada em novembro de 2023.
Frente a setembro de 2023, indústria cresce 3,4%
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 3,4% em setembro de 2024, com resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 20 dos 25 ramos, 54 dos 80 grupos e 62,2% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que setembro de 2024 (21 dias) teve 1 dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (20).
Entre as atividades, as principais influências positivas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (19,5%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,3%), impulsionadas, em grande medida, pela maior produção dos itens autopeças, ônibus, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, automóveis, veículos para o transporte de mercadorias e carrocerias para ônibus e caminhões, na primeira; e álcool etílico e óleo diesel, na segunda.
Vale destacar também as contribuições positivas assinaladas pelos ramos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (17,9%), de metalurgia (6,7%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (14,8%), de produtos de metal (8,7%), de produtos de borracha e de material plástico (6,5%), de móveis (16,2%), de máquinas e equipamentos (5,1%), de produtos de minerais não metálicos (6,9%), de produtos químicos (2,0%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (6,3%) e de produtos de madeira (9,5%).
Por outro lado, entre as cinco atividades que apontaram redução na produção, indústrias extrativas (-2,9%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, principalmente, pela menor extração de óleos brutos de petróleo. Outros impactos negativos relevantes foram registrados por produtos alimentícios (0,8%) e impressão e reprodução de gravações (-12,0%).
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (13,6%) e bens de consumo duráveis (10,4%) assinalaram, em setembro de 2024, expansão de dois dígitos e as taxas positivas mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis (2,6%) e de bens intermediários (2,5%) também mostraram resultados positivos nesse mês, mas ambos apontando avanços menos elevados do que o verificado na média da indústria (3,4%).
No índice acumulado para janeiro-setembro de 2024, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 3,1%, com resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 20 dos 25 ramos, 57 dos 80 grupos e 60,2% dos 789 produtos pesquisados.
Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (10,0%), produtos alimentícios (2,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,0%) e indústrias extrativas (1,7%).
Vale destacar também os impactos positivos registrados pelos setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (11,1%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (11,5%), de produtos de borracha e de material plástico (5,4%), de produtos químicos (2,2%), de outros equipamentos de transporte (11,9%), de produtos de metal (4,2%), de móveis (9,9%), de celulose, papel e produtos de papel (3,0%) e de bebidas (3,7%).
Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-setembro de 2023, entre as cinco atividades que apontaram redução na produção, a de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,5%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, em grande medida, pela menor produção de medicamentos.
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os nove primeiros meses de 2024 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (8,6%) e bens de capital (7,5%), impulsionadas, em grande medida, pela maior produção de eletrodomésticos (22,8%) e automóveis (2,4%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (16,3%), para fins industriais (6,1%) e de uso misto (17,8%), na segunda. Os setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis (3,3%) e de bens intermediários (2,4%) também apontaram resultados positivos no índice acumulado do ano, com o primeiro assinalando avanço mais elevado do que o verificado na média da indústria (3,1%), e o segundo registrando o crescimento menos acentuado.