Assinale um prédio recém-construído. Você deve imaginar que, por trás de cada tijolo, há um processo de produção que envolve uma série de etapas a serem percorridas na indústria da construção e na indústria de materiais. Eles também interagem neste mesmo processo as atividades de comércio, serviços e indústria de equipamentos, entre outros setores com participação antes, durante e após a execução da obra. Você sabe o que este conjunto representa? A cadeia produtiva na indústria da construção.
Tal corrente garante que toda matéria-prima necessária em uma peça é transformada e montada com o emprego do trabalho e da tecnologia. Cada material tem sua própria cadeia produtiva. O cimento, por exemplo, é um produto intermediário que pode ganhar a forma de um bloco de concreto após um estágio de transformação.
Por seu papel dominante no valor da produção e dos empregos gerados, a indústria da construção civil encarna o núcleo central da cadeia produtiva, determinando o ritmo e a demanda dos demais segmentos.
Agora pense nos problemas que a falta de sincronia entre todos esses processos pode trazer para o site da construção. Falhas de comunicação, processos manuais, falta de suporte de gestão implicam em mais desperdício, retrabalho, prazos mais altos e comprometendo o lucro do empreendimento.
Até o final deste artigo você vai entender como o investimento em tecnologia e integração produtiva da cadeia produtiva é a chave para ter mais produtividade e melhores resultados em seu negócio.
O peso da cadeia produtiva na economia nacional
Para se ter uma ideia do tamanho e da importância da cadeia produtiva da construção civil na economia nacional, basta assistir a sua percentagem de participação de representatividade no PIB do país. As figuras abaixo estão listadas no Perfil da Cadeia Produtiva da Construção Civil, um estudo elaborado pela FGV em parceria com a Abramat, com dados de 2020.
Apesar da força do setor, você verá à frente que a indústria da construção ainda está atrasada na missão de instituir uma efetiva cadeia produtiva integrada e inovação tecnológica.
PARTICIPAÇÃO NO PIB STRING:
- Construção 55,6%
- Indústria de Materiais 16,3%
- Comércio de materiais 15,2%
- Serviços 7,2%
- Máquinas e equipamentos 1%
- Outros fornecedores 4,7%
- COMPOSIÇÃO DE VENDAS DO SETOR:
- Para o varejo 35,5%
- Para o atacado 26,4%
- Para o atacado 19,7%
- Para os construtores 9,9%
- Para os construtores 9,9%
- Para o 9,9%
- Exportação 8,6%
A Transformação Digital é fundamental na integração da cadeia
Investir em plataformas digitais conectadas para integração de cadeia produtiva é um caminho-livre. Pelo menos para quem quiser sobreviver na indústria da construção competitiva, já passou da hora de trocar a prancheta pelo tablet.
Esse foi um dos recados do Encontro Nacional do 94º da Indústria da Construção (Enic), realizado no último mês de junho de 2022. Um dos palestrantes no evento foi o diretor da Plataforma Sienge, Guilherme Quandt, que tratou da “transformação digital e integração na cadeia como uma alavanca de produtividade”.
Como modelo de integração, Quandt citou o exemplo da indústria da cadeia automotiva. Na década de 80, as empresas desse setor adotaram um código logístico chamado SKU (Stock Keeping Unit). Na prática, o sistema permite que um código de identificação exclusivo seja atribuído a um determinado produto. Isso auxilia na classificação e organização dos itens em estoque de acordo com suas características, tamanho, cor, modelo e fabricante, por exemplo.
A indústria da construção, observou o diretor da Plataforma Sienge, ainda dá passos tímidos nesse mesmo direcionamento:
” Se podemos integrar os projetos e processos em andamento do trabalho, por exemplo, isso contribui positivamente tanto para a indústria como para todos os envolvidos. O projeto fica menos burocrático, mais dinâmico, se ficar mais integrativo. Isso poupa tempo, evita desperdício, gera lucro, agilidade. Hoje, na indústria civil, um mundo não fala com o outro. Então, o ideal é construir um ecossistema tecnológico de integração em cadeia“, explicou Quandt.
Quer saber mais? Este artigo aprofunda as explicações do especialista Guilherme Quandt no evento.
Uma precisa estar aberta à transformação
A transformação digital não ocorre no toque de um botão ou na instalação imediata de um software. Trata-se de uma mudança de processo e de comportamento no ambiente corporativo.
Essa mudança exige o envolvimento das pessoas certas na frente direita do negócio. Isso é raciocínio do CEO da Ambar, Bruno Balbinot. Ele lidera uma empresa que se inspirou em uma montadora para fazer prédios mais baratos, apostando em uma plataforma de gestão exclusiva.
Neste bate-papo sobre digitalização e integração de cadeia de construção, Balbinot observou que algumas construtoras já estão preparadas para implantar o BIM, fazer a digitalização da cadeia de suprimentos (cadeia de suprimentos) e o canter. Outros, no entanto, estão prontos para enfrentar apenas parte desse processo. Entender o momento da empresa e escolher onde seguir em frente, explicado, é fundamental nessa travessia da transformação.
Você pode assistir o vídeo inteiro, mas aqui está uma dica apontada pelo CEO da Ambar:
” O construtor deve embarcar na jornada de transformação e entender que o caminho será marcado por erros e aprendizados. É importante abrir para as empresas de tecnologias e selecioná-las. O ganho de transformação é para ser gradativo, avanindo a partir de experimentos efetivos realizados na empresa. “
Espaço de sobra para inovar
A grande maioria das empresas de construção civil no Brasil não depende de um setor dedicado à inovação. E não ter a inovação na cultura corporativa é o principal desafio para a implementação das estratégias.
É aquele que aponta a pesquisa Cenário Construtivo Brasileiro 2021. Conforme o estudo, apenas 26% das empresas de consultoria abrigam um setor de inovação em seus domínios. Entre as que dedicam estratégias de inovação, estas são direcionadas em maior número aos aspectos técnicos da construção; à automação de processos internos; e à estruturação e à gestão organizacional.
A pesquisa mostrou, ainda, que o Sienge continua a crescer em participação e segue como líder no mercado de ERP para construção civil. Confira alguns números:
- 74% dos entrevistados alegaram não confiar em um setor de inovação
- 61% disseram que não tiveram atuação direta com construtechs ou protechs
- 34% alegou ainda fazer o gerenciamento de suas obras sem usar o itERP
- 66% apontou a falta de programa de continuidade da inovação como uma barreira para implementação dessas estratégias
Os números mostraram que a atuação das empresas em conjunto com construtechs e proptechs ainda é tímida. Mas por outro lado, apenas 1% afirmao não ter interesse em investir em construtechs / proptechs nos próximos dois anos.
O orçamento, o planejamento e o gerenciamento de documentos são as atividades mais digitalizadas:
Processos digitalizados
- orçamento de obras 63%
- Planejamento e controle 54%
- Aquisição de suprimentos 50%
- Journal of works 38%
- Hiring of works 44%
- Gerenciamento de projetos e comunicação 41%
- Gestão de estoque 28%
- Gerenciamento de estoque 25%
- Rental e aquisição de máquinas 25%
- Hiring e hands-on treinamento do trabalho 15%
(Restopped como a maior parte da porcentagem está abaixo de 50%?)
Integração da cadeia será apresentada no Construsummit 2022
A integração da cadeia no setor de construção será um dos destaques do Construsummit 2022, programado para os dias 14 e 15 de setembro. Estamos falando do evento de gestão e tecnologia que contempla toda a cadeia de construção.
As exposições serão apresentadas em formato híbrido, online e presencial, com palestras, trilhas, plenária, expositores e demais atrações.
Na última edição, o Construsummit trouxe exemplos de como o conceito de “plataforma de plataformas” do pode trazer benefícios para o setor de construção. Este conceito liga as pontas entre as diferentes soluções especializadas no modelo de gestão de negócios.
Plataforma Sienge
Um dos casos apresentados mostrou como a adoção da Plataforma de Sienge permitiu que uma empresa descobresse a ocorrência de desvio de materiais, implantando o módulo de engenharia e suprimentos. Outra vantagem se deu no aumento da receita de um sistema de controle de delinqüência. Isso significa retorno quase imediato sobre o investimento realizado!
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CONTRIBUIÇÃO DA CADEIA DE CONSTRUÇÃO PARA O PIB brasileiro: