O projeto conduzido pelo Studio Leandro Neves, no Rio de Janeiro, tinha uma premissa clara: expressar a personalidade da família com o mínimo de quebra-quebra possível “Os tons de preto, branco e cinza são o fio condutor da decoração, presentes nos materiais cimentícios, piso, painéis de parede e madeiras ebanizadas, pontuados com alguns elementos em couro caramelo e madeiras claras”, descreve o arquiteto
Luiza Schreier
Uma tela em branco e preto. Assim é a base deste apartamento de 73 m² no Rio de Janeiro, morada de um casal e sua filha pré-adolescente. O cenário rouba a cena com o duo clássico black and white nas paredes, em boa parte da marcenaria fixa e no piso – o pano de fundo perfeito para receber pontos de cor de obras de arte, móveis soltos e tapetes, além do sempre bem-vindo verde das plantas.
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O arquiteto Leandro Neves, autor da proposta, no living integrado
Luiza Schreier
No living integrado, estofados de linho, bouclê e couro, teto com textura de concreto ripado (executada pela I colori di Venezia) e espelhos posicionados para trazer amplitude e luminosidade ao cenário
Luiza Schreier
Sobre a mesa de jantar, centro de mesa escultórico do designer Pedro Galaso e, na parede, tapeçaria assinada por Carolina Kroff
Luiza Schreier
Sobriedade é a regra na paleta de cores
Luiza Schreier
Na varanda da sala, bufê-bar preto com visual retrô, jardim vertical e mesa redonda laranja para quebrar a monocromia junto às plantas
Luiza Schreier
A composição, assinada pelo arquiteto Leandro Neves, do estúdio homônimo, materializou o desejo da família de morar na Zona Portuária da capital fluminense, onde os moradores trabalham. A ideia era desenvolver um projeto de reforma e decoração que expressasse personalidade, mas sem quebradeira. “Há uma forte personalidade na intenção projetual em relação às cores e aos materiais, sem perder a leveza visual. As cores mais escuras criam profundidade, enquanto a luz brinca e desenha as cenas com sutileza”, explica o autor.
+ Decoração monocromática: 30 ambientes que usaram uma só cor
Na suíte do casal, luminária de parede Bailarina, de Waldir Júnior, cadeira ebanizada desenhada pela Lattoog para a Lider Interiores, roupa de cama de linho da Zara Home, par de pinturas abstratas feitas pelo próprio arquiteto e vasos e adornos garimpados na Casa Ocre
Luiza Schreier
A luminária Bailarina, de Waldir Júnior, ilumina precisamente os momentos de leitura no quarto do casal
Luiza Schreier
Na varanda da suíte do casal, o escritório, banhado de luz natural, tem par de quadros do artista Thainan Castro
Luiza Schreier
No quarto de hóspedes e escritório, painel de parede de madeira ebaniza, mesa de trabalho retrátil de laca verde, cabeceira de cama com dois blocos em L e quinas arredondadas, tapete irregular com estampa geométrica em tons de verde, cinza e preto e cadeira Girafa, de Lina Bo Bardi, Marcelo Ferraz e Marcelo Suzuki
Luiza Schreier
O quarto da filha tem papel de parede em preto e branco (uma releitura moderna do poá tradicional), tablado de marcenaria ripada com acabamento de carvalho, que serve de apoio ao colchão e conta com gavetas de armazenamento, poltrona da Lattoog para a Lider Interiores (estofada no mesmo tom de mostarda das almofadas) e tapete com estampa geométrica que mescla tons de rosa, azul e terracota
Luiza Schreier
Assim como nos outros ambientes, preto, branco e pontos de cor dominam o quarto da filha
Luiza Schreier
A versão atualizada do clássico poá preenche as paredes do quarto da filha
Luiza Schreier
O equilíbrio no moodboard foi estratégico. “Nosso maior desafio neste projeto foi, sem dúvida, lançar mão de tons escuros e mais sóbrios nos espaços, sem que o resultado ficasse visualmente pesado”, conta o arquiteto. “O mix de texturas e materiais vibrando nesta mesma paleta cromática, contrastando com algumas paredes brancas, estofamentos com tecidos claros e toques de cor em outros elementos, contribuiu para criar ambientes modernos e, ao mesmo tempo, extremamente acolhedores”, arremata.
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Fonte: casa Vogue
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