O ex-senador e ex-governador do Paraná Roberto Requião pediu desfiliação do Partido dos Trabalhadores nesta quarta-feira 27, após cerca de dois anos na sigla.
O descontentamento com o PT, porém, não é recente, conforme noticiou CartaCapital no início de março.
Ao listar os motivos para sua saída, Requião afirmou que a legenda teria se desvinculado de seus princípios.
“O que eu vejo é que o PT perde a sua função transformadora no Brasil. Ele aderiu à direita. A tal ‘aliança da esperança’ se transformou numa política claramente de centro-direita”, afirmou, em entrevista ao jornalista Esmael Morais. “O partido está atrelado a esse jogo da extrema direita, da centro-direita no momento, que prejudica o Brasil numa forma dura.”
Como exemplo, ele citou o possível apoio do PT a Luciano Ducci (PSB) na disputa pela prefeitura de Curitiba. “Resolveram fazer uma aliança para a prefeitura com um sujeito que já foi prefeito por dois anos e era vice do Beto Richa”, declarou.
Em nota, o presidente do diretório do PT em Curitiba, Ângelo Vanhoni, lamentou a saída do ex-governador. ”Respeitamos a sua decisão, entendemos sua postura e posicionamentos críticos, cientes de que ainda somos e seremos companheiros em muitas lutas.”
Requião ainda não definiu a nova sigla de que fará parte. Seu filho, o deputado estadual Requião Filho, ainda não se pronunciou sobre seguir os passos do pai.