- Área:
470 m²
Ano:
2022
Fabricantes: Ofenbau Voppichler, Stipo Fussböden, Tischlerei Greussing
Descrição enviada pela equipe de projeto. Gerações inteiras de moradores da vila e do vale já se reuniram diante das grandes janelas da loja na rua principal de Bezau, para apreciar as últimas fotografias. O celeiro, que antigamente abrigava vacas, mais tarde se tornou o espaço comercial da família Hiller, de fotógrafos. Johann Kaspar Hiller foi o pioneiro como o primeiro fotógrafo do Bregenzerwald. Sua filha, Hedwig, deu continuidade ao legado familiar como a primeira fotógrafa profissional feminina de Vorarlberg, e contratou o jovem arquiteto de Bezau, Leopold Kaufmann, para estabelecer seu estúdio fotográfico.
A criação do estúdio fotográfico e da loja dentro do antigo celeiro do Bregenzerwälderhaus marcou o primeiro trabalho notável do arquiteto, que exerceu uma influência significativa na cultura de construção de Vorarlberg e continuou moldando seu desenvolvimento até seu falecimento em 2019. No entanto, na metade dos anos 1990, o estúdio foi fechado. Após permanecer vazio por 20 anos, Hedwig decidiu alugar seu estúdio para os arquitetos Innauer Matt em 2012, com uma condição: que nada fosse alterado – uma tarefa que não representou dificuldades dada a habilidade arquitetônica brilhante de Leopold Kauffmann.
Severamente afetado pela longa falta de uso, pela exposição ao vento e às condições climáticas, o edifício precisou passar por revitalização e renovação em 2021. Para esse fim, um coletivo de construção foi formado, com o objetivo de trabalhar em conjunto para a tarefa. A prioridade máxima era preservar o estúdio fotográfico. No entanto, a ala residencial típica não pôde ser mantida devido ao seu estado deteriorado. Portanto, uma nova casa foi construída ao redor da joia histórica que é o estúdio fotográfico, mantendo a mesma linguagem formal do edifício original, sem modificações excessivas.
A estrutura original do Bregenzerwälderhaus – composta pelo Vorderhaus, Tenne e Hinterhaus – ainda define a configuração do edifício, tanto interna quanto externamente. Embora os arquétipos estejam presentes, a interpretação é contemporânea. Agora, três apartamentos e o escritório de arquitetura, distribuídos por três andares, compartilham o mesmo teto. É uma estrutura densa, no melhor sentido, que combina moradia e trabalho. Apesar de tudo parecer novo, o espírito original ainda permeia as paredes, mantendo sua singularidade. Através das amplas janelas da loja, esse espírito continua a irradiar para a vila.