A sexta-feira começou com um alento e uma preocupação na região do Vale do Gravataí. Se, por um lado, o Rio Gravataí seguiu baixando, e chegou a 5m88cm, 14 centímetros a menos do que na manhã de quinta e 33 centímetros abaixo do ápice da cheia na Estação Hidrometeorológica do Passo das Canoas, em Gravataí, por outro, a chuva começou na metade da manhã. A perspectiva é de que, entre sexta e domingo, acumule volumes que devem ficar entre 160 e 200 milímetros de chuva na região.
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De acordo com o prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon, além da preocupação com os bairros atingidos pelo rio, o alerta agora também retorna às áreas próximas aos arroios Demétrio e Barnabé, que podem transbordar pelo volume de chuvas. As prefeituras de Gravataí e Cachoeirinha seguem com atenção total em áreas como a Vila Rica e o Parque da Matriz, os bairros com maiores concentrações populacionais atingidos pelo Rio Gravataí e que seguem com boa parte submersa. Entre os abrigos de Cachoeirinha já não há vagas. Em Gravataí, que ainda tem recebido desalojados e desabrigados de outros municípios, eram contabilizados até a manhã desta sexta 1.776 abrigados _ em torno de 170 pessoas a mais do que na quarta.
Nas ruas, o recuo do Rio Gravataí foi percebido. Na Avenida Flores da Cunha, a principal de Cachoeirinha, por exemplo, houve recuo de 150 metros, liberando a circulação em uma quadra. O acesso a Porto Alegre por esta avenida e a ponte sobre o Rio Gravataí segue bloqueado pela água. Na Avenida Papa João XXIII, que liba Cachoeirinha à Freeway, a alça de acesso rumo ao Litoral permanece bloqueada por equipamentos da Corsan, que realizou ali as obras emergenciais para a retomada do abastecimento de água no município.