O cube foi atingido pela enchente histórica iniciada no dia 3 de maio. No entanto, só foi possível começar a limpeza um mês depois. “Estamos há mais de 10 dias fazendo a limpeza. Em oito meses, é a terceira vez que precisamos resolver essa questão de remover todo o lodo”, explica o subgerente operacional da sede na Ilha do Pavão, Ralf Gutschwager. Devido à frequência das cheias, ainda não foi possível colocar as placas com as novas medições.
Durante semanas, a água ficou acima dos 3 metros no clube. Segundo Gutschwager, foi possível salvar todos os computadores e alguns equipamentos de uso diário, que foram colocados no segundo andar. O maior estrago, no entanto, ocorreu entre os dias 5 e 8 de maio. Na área externa, a força da água quebrou os vidros do espaço Pôr do Sol, que estava em obras até março deste ano. Além do uso destinado aos sócios, o salão também é alugado para eventos externos.
Os prejuízos foram tanto na estrutura quanto nos equipamentos. “O departamento de remo, com seus barcos, teve muitos prejuízos. Agora, seguimos na limpeza e removendo todo lama da sede”, complementa Ralf Gutschwager.
“Foi tudo por água abaixo. A enchente de novembro do ano passado atingiu 43 centímetros. Agora, chegou no último vidro. Conseguimos levantar muitos equipamentos, mas ainda ficou bastante coisa”, conta um dos responsáveis pelo conserto dos barcos, Talis dos Santos, que trabalha há 42 anos no clube.
O espaço conta com aproximadamente 90 barcos próprios. Alguns, individualmente, passam de R$ 500 mil, pois são construídos com carbono e outros materiais vindos do exterior. Embora não tenha perda total, há danos que impossibilitam a utilização dos barcos sem a necessidade de reforma. “Estamos fazendo o levantamento em três níveis: danos severos, moderados e inexistentes”, explica o coordenador técnico do departamento de remo, Marcelus Silva.