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Sede do União na Ilha do Pavão será reaberta apenas no final de outubro

Sede do União na Ilha do Pavão será reaberta apenas no final de outubro



Aos fundos da quadra de beach tennis, na sede do Grêmio Náutico União (GNU) na Ilha do Pavão, há uma régua com cinco marcações. Os registros sinalizam o nível da água em 1973, 2015, 1941 e, agora, 2024. Esse último, ainda registrado na parede, está acima dos 5 metros. Com a limpeza já em andamento, a reabertura do local está prevista apenas para o final de outubro.

O cube foi atingido pela enchente histórica iniciada no dia 3 de maio. No entanto, só foi possível começar a limpeza um mês depois. “Estamos há mais de 10 dias fazendo a limpeza. Em oito meses, é a terceira vez que precisamos resolver essa questão de remover todo o lodo”, explica o subgerente operacional da sede na Ilha do Pavão, Ralf Gutschwager. Devido à frequência das cheias, ainda não foi possível colocar as placas com as novas medições.

No primeiro momento, o desafio foi a retirada dos entulhos. Em decorrência das enchentes anteriores, a equipe atua de forma direcionada na limpeza do local. Diariamente, 30 funcionários trabalham na reconstrução de diferentes espaços, desde a entrada da sede até as quadras. Devido à falta de energia elétrica, o trabalho é realizado até as 15h. No refeitório, todas as mesas foram atingidas e, mesmo com a limpeza em andamento, os rastros de lodo continuam até mesmo nos pratos.

Durante semanas, a água ficou acima dos 3 metros no clube. Segundo Gutschwager, foi possível salvar todos os computadores e alguns equipamentos de uso diário, que foram colocados no segundo andar. O maior estrago, no entanto, ocorreu entre os dias 5 e 8 de maio. Na área externa, a força da água quebrou os vidros do espaço Pôr do Sol, que estava em obras até março deste ano. Além do uso destinado aos sócios, o salão também é alugado para eventos externos.

Ao lado do espaço, uma piscina de lama e resíduos que vieram com a água. Além da retirada da lama, a estrutura também apresenta rachaduras que precisarão de reparos. Enquanto os materiais orgânicos, como galhos de árvores e folhas, são jogados no Guaíba, o material reciclável é destinado para coleta.

Os prejuízos foram tanto na estrutura quanto nos equipamentos. “O departamento de remo, com seus barcos, teve muitos prejuízos. Agora, seguimos na limpeza e removendo todo lama da sede”, complementa Ralf Gutschwager.

Embora o levantamento ainda esteja em andamento, já é possível ter uma estimativa dos danos estruturais, que ultrapassam os R$ 2 milhões. Além disso, o setor de remo contabiliza mais de R$ 2,5 milhões em danos com equipamentos.

“Foi tudo por água abaixo. A enchente de novembro do ano passado atingiu 43 centímetros. Agora, chegou no último vidro. Conseguimos levantar muitos equipamentos, mas ainda ficou bastante coisa”, conta um dos responsáveis pelo conserto dos barcos, Talis dos Santos, que trabalha há 42 anos no clube.

O espaço conta com aproximadamente 90 barcos próprios. Alguns, individualmente, passam de R$ 500 mil, pois são construídos com carbono e outros materiais vindos do exterior. Embora não tenha perda total, há danos que impossibilitam a utilização dos barcos sem a necessidade de reforma. “Estamos fazendo o levantamento em três níveis: danos severos, moderados e inexistentes”, explica o coordenador técnico do departamento de remo, Marcelus Silva.



Fonte: Jornal do Comércio

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