O governo federal apresentou nesta quarta-feira 15 uma nova proposta de negociação aos docentes de universidades e institutos federais, que estão em greve há um mês.
O plano continua a não prever reajuste para a categoria em 2024, mas reformula os índices de recomposição salarial, em uma variação de 13,3% a 31% até 2026.
Após a reunião, a 1ª Tesoureira do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, Jennifer Susan Webb, afirmou que apenas a partir da análise do novo cenário será possível “compreender os percentuais que vão incidir na remuneração”, uma vez que cada classe teria um nível diferente de reajuste.
A categoria definiu 27 de maio como limite para responder ao governo federal. A manifestação ocorrerá após novas assembleias a serem realizadas pelo comando de greve, representado pelo Andes e pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica. Até lá, a greve continua.
Na próxima terça-feira 21, o governo federal ainda deve formalizar uma proposta de reajuste aos técnicos administrativos das universidades e dos institutos da rede federal, categoria que deflagrou uma greve antes mesmo dos docentes.
O secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação, José Lopez Feijóo, defendeu a proposta do governo, apresentada como a última saída viável para este ano. “Se nós considerarmos o reajuste concedido a todos os servidores e servidoras públicos federais no ano de 2023, de 9%, significa que o reajuste proposto agora para os docentes vai variar entre 23% a 43%, no período dos quatros anos do mandato do governo Lula.”
Segundo o secretário, haveria uma recomposição de toda a inflação prevista para o atual mandato e ” uma importante recuperação de perdas dos governos passados que sequer recebiam os trabalhadores e trabalhadoras para qualquer tipo de diálogo ou de negociação”.