O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comentou nesta segunda-feira (25) que o desfecho do assassinato da vereadora Marielle Franco é um “marco importante à repressão ao crime organizado e repressão aos ataques antidemocráticos”. O comentário ocorreu após a cerimônia em comemoração dos 200 anos do Senado Federal. “Minha expectativa, como cidadão e como presidente do Senado, é de ver a verdade real ser apurada devidamente pelas autoridades públicas brasileiras”, comentou.
Pacheco não mencionou diretamente a participação do deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) no assassinato da vereadora, mas disse que é “lamentável” ter parlamentares envolvidos no caso.
“É evidente que toda a situação que envolve o parlamentar e que o faz protagonista de algo parecido com isso é algo, evidentemente, que nós lamentamos e esperamos que a questão seja esclarecida. Com culpa ou inocência, isso cabe ao processo dizer, é muito importante que a verdade real venha à tona”, afirmou.
“Evidentemente, que esses problemas com deputados, senadores ou deputados federais parlamentares de modo geral é realmente algo que ninguém de nós deseja.”
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também comentou o andamento do caso. “Vamos torcer e acompanhar o trabalho da justiça para que a punição esteja de acordo com a brutalidade do assassinato. Mais do que matar uma pessoa, o que é muito grave, foi o assassinato de uma voz, de uma ideia”, afirmou.
A Polícia Federal prendeu o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) no domingo (24). Além dele, também foram presos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), apontado como mandante do assassinato de Marielle, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio.
A expectativa é que a Câmara dos Deputados vote na terça-feira (26) o pedido de prisão de Chiquinho Brazão. Conforme prevê a Constituição Federal, quando membros do Congresso Nacional são detidos, os autos devem ser encaminhados pelo Judiciário em até 24 horas para que a maioria dos membros decida sobre a prisão.