O PSOL protocolou, neste domingo 24, um pedido de cassação contra o deputado federal Chiquinho Brazão (União), preso em uma operação da Polícia Federal, suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro, em 2018.
O pedido feito pelo partido aponta que, caso mantido no cargo, o deputado representa uma mácula à imagem do Parlamento Brasileiro.
Com a prisão e uma possível cassação, Chiquinho dará lugar ao seu suplente: Ricardo Abrão (União-RJ).
Quem é Ricardo Abrão?
Ricardo Abrão é velho conhecido da política do Rio de Janeiro. Ele já foi presidente da escola de samba Beija-Flor e é sobrinho de Anísio Abraão David, apontado como um dos grandes chefes do jogo do bicho na capital fluminense.
O possível suplente ocupa atualmente o cargo de secretário de Ação Comunitária do Rio de Janeiro, na gestão de Eduardo Paes (PSD). Ele já foi deputado estadual por duas vezes.
Abrão, vale dizer, já havia assumido a suplência de uma cadeira na Câmara, entre janeiro e julho de 2023, ao substituir a deputada Daniela Carneiro, nomeada ministra do Turismo no início do governo Lula (PT).
A ida de Abrão à Câmara, nos bastidores, é dada como certa. Chiquinho já foi expulso do União Brasil em uma reunião neste domingo, horas após a prisão pelo assassinato de Marielle Franco. No Parlamento, a ordem de prisão emitida pelo Supremo Tribunal Federal deve ser analisada já no início desta semana, como manda o regimento. A tendência, apontam deputados, é que seja mantida. Há também poucas esperanças de que o deputado se livre da cassação no processo iniciado pelo PSOL.