Os dois homens fortes do planeta se encontraram hoje para dizer que, juntos, vão ser mais fortes ainda. Os presidentes da Rússia e da China terminaram há pouco um encontro de cúpula no qual deixaram claro o motivo da amizade: acabar com o que chamam de hostilidade e hegemonia americanas.
Vladimir Putin e Xi Jinping estreitaram laços econômicos e militares, e ambos preocupam tremendamente a aliança dos países ocidentais liderada pelos Estados Unidos. Os laços econômicos pretendem dar vantagens militares para a Rússia na guerra da Ucrânia e aos chineses na eventual tentativa de captura de Taiwan.
A aliança estratégica declarada mais uma vez hoje em Pequim coloca um enorme desafio para o Brasil. Nós somos dependentes dos mercados asiáticos, principalmente da China, para exportação, sobretudo de grãos e proteína animal. E somos igualmente dependentes dos países ocidentais não só para modernização de nossas forças armadas, mas também para os insumos de tecnologia que fazem do agronegócio brasileiro um campeão mundial de produção de alimentos.
O cenário se torna ainda mais perigoso diante das eleições americanas, nas quais não há muita diferença entre Joe Biden e Donald Trump sobre quem promete bater mais na China.
O caminho para o Brasil nesse agravamento da situação internacional se parece cada vez mais a uma corda bamba.
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