Tecnologia
Apple anuncia iPhone 17 em versão mais fina já feita, com preços que chegam a R$ 18.499
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Apple apresentou nesta terça-feira (9) em evento na Califórnia o iPhone 17, nova geração da principal linha de produtos da empresa, com melhorias no desempenho, mudanças no design e a chegada do modelo mais fino já feito pela empresa.
O iPhone Air, ultrafino com revestimento de titânio, tem 5,6 milímetros de espessura (cerca de duas moedas de R$ 0,50), 2,3 mm mais fino do que a versão padrão e 0,2 mm menos do que o Samsung Galaxy S25 Edge deste ano.
A versão entra na linha de iPhones no lugar do Plus, antiga versão com tela maior. Os modelos Pro e Pro Max continuam sendo as versões mais completas.
No Brasil, os preços do iPhone 17 padrão, Air, Pro e Pro Max começam, respectivamente, em R$ 7.999, R$ 10.499, R$ 11.499 e R$ 12.499.
O modelo mais caro com 2 TB de armazenamento custa R$ 18.499 na loja oficial. A pré-venda começa na próxima terça-feira (16), com entregas a partir do dia 19 de setembro.
Considerado pelo CEO da empresa, Tim Cook, o maior salto que o iPhone recebeu, o ultrafino promete 27 horas de duração de bateria, uma das principais preocupações para modelos do tipo. No rival da Samsung, a duração estimada é de 24 horas.
No acabamento, o Air recebeu uma protuberância no topo para acomodar a câmera única, como no recém-lançado iPhone 16e. A tela é de 6,5 polegadas, maior do que a da versão padrão.
O celular vem com o chip A19 Pro, considerado o mais avançado da empresa e capaz de competir com os MacBooks. A câmera externa tem um sensor de 48 MP, enquanto a frontal é de 18 MP.
Para o iPhone 17 padrão, o tamanho saiu de 6,1 polegadas no ano passado para 6,3 polegadas. A tela também recebeu melhoria no brilho máximo e na taxa de atualização, agora de até 120Hz, possibilitando uma exibição mais fluida.
O chip A19 padrão promete alta de 20% no desempenho em relação ao celular do ano passado, com A18, e a bateria deve durar oito horas a mais.
As câmeras do modelo padrão, similares às do iPhone 16, receberam uma atualização no sensor da lente frontal que melhora a resolução de selfies, segundo a empresa. A lente ultra-angular externa, para ângulo de captura mais amplo, saiu de 12 MP para 48 MP. A câmera externa principal continua com 48 MP.
Os modelos Pro e Pro Max, este com tela de 6,9 polegadas, também receberam a protuberância no topo e, como no Air, têm o chip A19 Pro, com performance 40% maior do que a do iPhone 16 Pro. A bateria é capaz de durar 39 horas reproduzindo vídeos, segundo a empresa. O acabamento voltou a ser de alumínio para evitar superaquecimento.
Os novos celulares também vêm com o iOS 26 instalado de fábrica. A nova versão do sistema operacional, anunciada em junho, altera o design para o chamado Liquid Glass, com interface translúcida inspirada em vidro.
A novidade na linha de smartphones marca a primeira de uma série de novidades que culminarão no possível lançamento de um modelo dobrável no ano que vem e de uma versão especial em 2027, quando o iPhone completa 20 anos, segundo a Bloomberg News.
O modelo mais fino também chega em um momento de maior concorrência com a Samsung e uma série de marcas chinesas. Em maio, a sul-coreana lançou o Galaxy S25 Edge, com 5,8 mm de espessura, 2 mm mais fino do que o iPhone 16. Modelos dobráveis deste ano também apostaram no design ultrafino.
A empresa também anunciou novas versões do AirPods Pro e do Apple Watch.
O AirPods Pro 3, sequência do lançado em 2022, é o principal fone de ouvido in-ear da empresa. Em preço e acabamento, fica atrás apenas dos headphones AirPods Max.
Para esta geração a promete maior qualidade de áudio, bateria maior, o dobro de desempenho no cancelamento de ruído e tradução simultânea usando IA, incluindo do português para o inglês. O modelo atual sai por R$ 2.699.
Já o Apple Watch Series 11 promete o dobro de resistência em relação à geração anterior, compatibilidade com 5G e mais funções de monitoramento do corpo, como avaliação de hipertensão. Os modelos SE, mais econômico, e Ultra, voltado para atividades intensas, também receberam atualizações -este recebeu a função de contato de emergência via satélite.
Os relógios Apple Watch SE, Series 11 e Ultra 3 saem, respectivamente, por R$ 3.299, R$ 5.499 e R$ 10.499, ainda sem data definida para o Brasil.
O ciclo desde o lançamento do iPhone 16 no ano passado foi marcado pelo atraso no lançamento de recursos mais avançados de inteligência artificial e a guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
As ações da Apple caíam cerca de 1,6% nesta terça após o lançamento. No trimestre encerrado em 28 de junho, a empresa divulgou uma receita de US$ 94 bilhões, alta de 10% em relação ao mesmo período no ano anterior. O iPhone sozinho representa cerca de 47% do faturamento da empresa, hoje a terceira maior do mundo -atrás de Microsoft e Nvidia.
A empresa depende principalmente da China e da Índia para a produção dos iPhones, dois países alvo das políticas de Trump. Só no ano fiscal de 2024, o custo de produção de hardware bateu US$ 182,23 bilhões, o que poderia explodir neste ano com sobretaxas de dois dígitos sobre as importações dos países.
Poderia, porque o período também foi marcado por uma reaproximação entre CEOs de grandes empresas de tecnologia e o líder republicano.
Em fevereiro, a empresa anunciou um investimento de US$ 500 bilhões nos EUA nos próximos quatro anos em projetos relacionados a manufatura e data centers; em abril, produtos como computadores, smartphones e chips foram isentos de tarifas; no mês passado, a cifra subiu para US$ 600 bilhões, além de um troféu dado por Tim Cook a Trump.
Na quinta-feira (4), durante jantar que reuniu alguns dos principais executivos do setor de tecnologia na Casa Branca, Cook agradeceu ao presidente.
“Quero agradecer por dar o tom para que pudéssemos fazer um grande investimento [US$ 600 bilhões] nos Estados Unidos… isso diz muito sobre seu foco, sua liderança e seu foco na inovação”, afirmou.
Nos EUA, a versão de 256 GB do iPhone 17 tem o preço inicial de US$ 799, mesmo valor do iPhone 16, mas agora com o dobro de armazenamento. Já o iPhone 17 Pro começará em US$ 1.099 na versão de 256 GB -mesmo preço do modelo equivalente do ano passado, mas sem a opção de entrada de menor capacidade que custava US$ 999.
A Apple também não aumentou os preços dos novos modelos do Apple Watch nem dos AirPods Pro 3 no país.
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Fontes: Notícias ao Minuto
Tecnologia
IA para agilizar Judiciário esbarra em verba dependente de big tech
(FOLHAPRESS) – O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) testará a partir de dezembro uma IA (inteligência artificial) que pode encurtar em até dez vezes o tempo médio de análise de pareceres em ações de saúde.
Mas mesmo com expansão nacional prevista até 2027, o modelo -criado pela USP com apoio da Amazon Web Services (AWS)- não tem previsão orçamentária para continuidade após o fim do apoio da big tech à fase piloto do projeto.
A empresa cedeu cerca de US$ 350 mil (equivalente a R$ 1,9 milhão no câmbio atual) em créditos computacionais e infraestrutura, usados nos treinamentos e testes inicias da ferramenta.
O acordo foi firmado entre o CNJ e o InovaHC, núcleo de inovação do Hospital das Clínicas da USP, que por sua vez delegou ao Instituto de Matemática e Estatística (IME-USP) a responsabilidade pelo desenvolvimento do modelo.
O termo de cooperação da parceria prevê automatizar até 80% da triagem das ações de saúde, reduzir em 80% as tarefas administrativas manuais e centralizar 80% das demandas judiciais em uma única plataforma até agosto de 2027.
Em uma interface semelhante a um chat, o juiz poderá perguntar, por exemplo, se determinado remédio é indicado para uma doença. Ele receberá as informações técnicas e jurídicas disponíveis sobre o tema.
Hoje, esse tipo de análise leva, em média, 20 dias. A meta é reduzir o prazo para até 48 horas, segundo o professor do IME João Eduardo Ferreira.
“Os dois dias seriam para os casos mais conflituosos, complexos. Do contrário, a expectativa é algo quase que imediato”, diz.
A IA usará dados do e-NatJus, plataforma do CNJ que reúne notas técnicas do SUS para subsidiar decisões judiciais.
Dados do Painel Justiça em Números, do CNJ, mostram que o volume de novos processos judiciais relacionados à saúde vem crescendo de forma contínua nos últimos anos. Foram 352 mil casos em 2020, 406 mil em 2021, 470 mil em 2022 e 577 mil em 2023. Em 2024, o total chegou a 690 mil ações. Até setembro de 2025, já havia mais de 513 mil novos processos.
O CNJ escolheu o Tribunal de Justiça de Santa Catarina para testar a nova IA. “Fizemos a seleção em razão dos magistrados que já atuam conosco na análise de processos e participam do comitê gestor do e-NatJus”, diz a conselheira Daiane Lira.
Ainda não há definição sobre a seleção dos juízes participantes, nem sobre a forma de treinamento. O plano de trabalho prevê “capacitar 100% do público envolvido de forma remota”.
O projeto não gera custos para o CNJ, segundo Lira. Ela ressalta o caráter experimental da parceria.
“Não há nenhuma obrigação de o CNJ assumir qualquer ônus em relação ao armazenamento, por exemplo, desse sistema. O nosso compromisso com o InovaHC é que não pode ter custos operacionais”, diz.
“No final, se o produto envolver um custo, o CNJ vai tomar uma decisão, mas isso não é objeto do acordo”, afirma.
Mas a expansão nacional prevista no acordo de cooperação entre CNJ e InovaHC exigirá novos recursos e planejamento financeiro. A validação do piloto será decisiva para definir se o conselho adotará o modelo em larga escala, de acordo com Giovanni Cerri, presidente do conselho do InovaHC.
“Se, após a validação desse algoritmo, o CNJ achar que o piloto traz benefícios, eventuais custos dessa tecnologia recairão evidentemente sobre o CNJ. Mas isso não tem nada a ver com a AWS nem qualquer empresa privada”, diz.
O diretor para o setor público da AWS Brasil, Paulo Cunha, define a participação da big tech no piloto como uma contribuição cujo retorno está na “aceleração de mercado” e na difusão de tecnologias de IA.
“Com um projeto como esse, você capacita dezenas de profissionais e mostra que a inteligência artificial generativa pode penetrar em qualquer ambiente. É um investimento de longo prazo”, afirma.
O Brasil tem instituições que poderiam apoiar a operação contínua do modelo. São exemplos o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), o DataSUS (Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde) e a Prodesp (Companhia de Processamento de Dados de São Paulo), segundo Ferreira, do IME.
“O modelo precisará ser atualizado constantemente. Talvez não diariamente, mas ao menos com versões mensais, porque nem a medicina nem o direito param”, diz o professor.
A AWS diz que, caso os recursos dados acabem antes da conclusão do piloto, “está prevista a possibilidade de novos aportes de créditos para assegurar a continuidade das operações”.
A empresa também afirma que, ao final do projeto, equipes do IME e da AWS poderão definir estratégias de migração para outras infraestruturas, como as do setor público, para continuidade da política.
Projetos que usam IA generativa em áreas críticas, como saúde e Justiça, costumam levantar temores sobre eventuais “alucinações” -quando o sistema cria informações falsas ou sem base factual.
Os desenvolvedores afirmam que o modelo não cria novas análises, apenas sintetiza pareceres técnicos já existentes, exibindo a fonte de cada trecho consultado.
Para isso, combina duas tecnologias complementares.
A primeira o uso de um SLM (small language model, ou modelo de linguagem pequeno), voltado exclusivamente a informações sobre ações de saúde. Por ser mais enxuto e especializado, ele tende a errar menos e a operar com menor custo.
A segunda é o RAG (retrieval-augmented generation, ou geração com busca integrada), mecanismo que faz a IA consultar documentos oficiais -como as notas técnicas do e-NatJus- antes de montar uma resposta. Juntas, elas prometem respostas apenas com base em evidências, sem criar novos conteúdos.
“Se eu especializo o modelo, ofereço o que interessa e reduzo o ruído”, diz o professor do IME.
Os pesquisadores esclarecem que o projeto funciona em conforme com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Quando há dados pessoais, o material passa por anonimização, com a remoção de nome, endereço e outros identificadores.
Fontes: Notícias ao Minuto
Tecnologia
Tecnológica japonesa SoftBank Group Corp. vende ações na Nvidia Corp.
A empresa japonesa de tecnologia SoftBank Group Corp. anunciou nesta segunda-feira que vendeu por 5,83 bilhões de dólares (cerca de R$ 31 bilhões) todas as ações que possuía na gigante norte-americana Nvidia Corp.
Com sede em Tóquio, a SoftBank informou que a venda foi concluída em outubro.
De acordo com a companhia, o lucro registrado entre abril e setembro quase triplicou em comparação com o mesmo período do ano anterior.
As ações da SoftBank subiram 2% nesta segunda-feira na Bolsa de Tóquio, pouco antes da coletiva de imprensa em que a empresa apresentou seus resultados financeiros.
Tecnologia
Inteligência artificial avança, mas pode enfraquecer o pensamento crítico
A inteligência artificial (IA) deixou há muito de ser apenas tema de filmes de ficção científica e passou a fazer parte do cotidiano, acessível a qualquer pessoa com conexão à internet. De forma ampla, o termo se refere à capacidade das máquinas de realizar tarefas que antes eram exclusivas dos seres humanos.
Hoje, a IA está presente em ferramentas de trabalho, eletrodomésticos e até em veículos autônomos. No entanto, há uma vertente mais específica: a inteligência artificial generativa. Diferente das aplicações tradicionais, que apenas interpretam dados e executam funções, a IA generativa cria conteúdo e ideias — histórias, imagens, vídeos, músicas, jogos e até códigos de programação. Trata-se de um sistema que aprende com grandes volumes de informação e usa esse conhecimento para gerar novas criações.
Alguns exemplos recentes de uso dessa tecnologia, segundo a Amazon Web Services, incluem:
Serviços financeiros — Bancos utilizam chatbots para oferecer recomendações e atendimento automatizado, enquanto instituições de crédito realizam simulações e aconselhamentos personalizados com mais agilidade e menor custo.
Saúde e ciências biológicas — A IA generativa acelera pesquisas de novos medicamentos e possibilita simulações de ensaios clínicos, além de facilitar o estudo de doenças raras.
Comunicação e entretenimento — Apesar das discussões sobre originalidade, a tecnologia permite criar conteúdos jornalísticos e artísticos em menos tempo e com custos reduzidos.
Cuidado: a IA também erra
O advogado João Leitão Figueiredo, da CMS Portugal, alerta que os sistemas de IA generativa ainda estão sujeitos a falhas e devem ser vistos apenas como ferramentas de apoio. Casos de informações falsas já geraram repercussão, como o episódio em que a Google precisou corrigir dados incorretos sobre a jornalista portuguesa Anabela Natário.
“Esse é um tema atual e preocupante. Ainda não resolvemos os problemas dos motores de busca e já enfrentamos as ‘alucinações’ da inteligência artificial generativa”, observou o jurista.
O impacto no pensamento crítico
Um estudo da Microsoft em parceria com a Universidade Carnegie Mellon mostrou que o uso excessivo da IA generativa pode enfraquecer o pensamento crítico. Intitulado O impacto da IA generativa no pensamento crítico, o levantamento conclui que, quando utilizada de forma inadequada, a tecnologia pode prejudicar as habilidades cognitivas humanas.
Os pesquisadores identificaram que, à medida que os profissionais passam a supervisionar o trabalho feito pela IA, em vez de executá-lo, há uma redução no esforço mental e no engajamento crítico.
Embora a IA aumente a eficiência, os autores alertam que a dependência excessiva pode levar à perda da autonomia e à diminuição da capacidade de resolver problemas de forma independente.
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