Arquitetura
Bienal de Arquitetura de São Paulo retorna ao Parque Ibirapuera em 2025 com foco no enfrentamento da crise climática

Entre os dias 18 de setembro e 19 de outubro de 2025, a cidade de São Paulo será palco da 14ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura (BIAsp), que volta a ocupar o Pavilhão da Oca, no Parque Ibirapuera, após quase uma década de edições descentralizadas. Organizada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento São Paulo (IABsp), a mostra propõe uma reflexão urgente: qual o papel da arquitetura diante das mudanças climáticas e dos eventos extremos que já impactam o cotidiano urbano e ambiental?
Sob uma curadoria coletiva de seis arquitetos — Renato Anelli, Karina de Souza, Marcos Cereto, Clevio Rabelo, Marcella Arruda, Jerá Guarani —, a edição de 2025 leva o título “Extremos: Arquiteturas para um mundo quente” e parte do entendimento de que vivemos um ponto de não retorno. A proposta curatorial foi inspirada nos relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), em especial o AR6, e convida a arquitetura a formular respostas radicais e inovadoras frente à crise climática, articulando saberes científicos, técnicos e populares — vindos das periferias urbanas, aldeias e quilombos.
A arquitetura fez um esforço gigantesco para criar as cidades adaptadas à produção industrial há cem anos atrás. Hoje é necessário um esforço da mesma ordem para reverter os efeitos da industrialização baseada na emissão de Gases Efeito Estufa para o crescimento sem limites. É preciso criar uma nova relação com a natureza, não mais se colocando fora dela para melhor explorá-la. Criar uma nova cidade capaz de conviver com as águas e incentivar a biodiversidade. A 14ª BIAsp convoca os arquitetos de todo o mundo a trazer suas propostas e suas práticas que demonstrem que é possível reverter o aquecimento global através da mudança na forma de produzir o ambiente construído. — Renato Anelli, curador.
A Bienal se estrutura como um espaço de convergência entre práticas arquitetônicas, urbanísticas, paisagísticas e de design, reunindo propostas concretas e experimentais para enfrentar o colapso climático. A programação inclui projetos — construídos ou não —, instalações experimentais, produções audiovisuais, oficinas, performances, palestras e ações em territórios externos à Oca.
A expografia, assinada pelo arquiteto Álvaro Razuk, aposta em uma estrutura modular com andaimes de seis metros de comprimento, pensada para apresentar projetos, planos, maquetes e vídeos. O sistema busca ocupar os 10 mil m² do pavilhão de forma equilibrada, valorizando a arquitetura do edifício modernista.
Cinco eixos curatoriais guiarão os conteúdos apresentados:
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Preservar as florestas e reflorestar as cidades
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Conviver com as águas
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Reformar mais e construir verde
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Circular e acessar juntos com energias renováveis
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Garantir a justiça climática e a habitação social
Entre os participantes já confirmados estão o paisagista chinês Yu Kongjian, criador do conceito dos parques-esponja, e o escritório holandês Ooze, com o projeto City of 1000 Tanks, inspirado nas infraestruturas tradicionais indianas de retenção de água. A mostra também contará com uma seção dedicada a biomateriais, desenvolvida em parceria com instituições como o IED (Istituto Europeo di Design), a Bauhaus Earth (Alemanha) e o Craterre (França).
A edição de 2025 reafirma a Bienal como um espaço de proposição e ação coletiva, posicionando a arquitetura como ferramenta essencial na construção de futuros mais justos, resilientes e sustentáveis.
Chamadas abertas
Neste momento, há três chamadas de trabalhos ativas para a 14ª BIAsp: Chamada Aberta Internacional para Exposições e Atividades e Concurso Internacional de Escolas de Arquitetura e Urbanismo (ambos com inscrições prorrogadas até 1º de junho) e; Chamada Aberta Internacional para o Fórum de Debates + SP Meeting (com inscrições prorrogadas até 15 de maio). A participação é gratuita e as inscrições são feitas online no site da Bienal.
Extremos: Arquiteturas para um mundo quente
Texto curatorial:
Vivemos em um mundo de eventos climáticos extremos e o limite para a vida humana, o ponto de não retorno, nos espreita no horizonte. Se a arquitetura tem parte na produção dos extremos do clima, do uso de recursos e da injustiça climática, qual é o papel da arquitetura para reverter esse cenário?
Enfrentar problemas extremos demanda soluções também extremas, radicais. Elas podem estar na ponta da ciência e da tecnologia. Ou podem estar no outro extremo, nas margens: nas respostas que emergem nas periferias das cidades ou nos saberes tradicionais conservados nas aldeias, nos quilombos.
Propostas produzidas no interior dessas diferentes formas de conhecimento, bem como pelo diálogo, fricção e aprendizado mútuo entre elas, propõem novos caminhos para enfrentar o aquecimento global e adaptar o habitat humano aos extremos climáticos com que já convivemos.
Cinco eixos pautarão projetos, experiências, experimentos e discussões de transformação desse cenário que mirem a produção de cidades mais resistentes e resilientes, pois adaptadas aos extremos do clima e preparadas para retomar a vida após os desastres.
O primeiro eixo, Preservar as florestas e reflorestar as cidades, sugere a incorporação radical da biodiversidade como forma tanto de reverter o aquecimento global, ao capturar carbono da atmosfera, como de criar microclimas que atenuem ondas de calor.
O segundo eixo, Conviver com as águas, reunirá experiências de renaturalização de córregos e de Soluções Baseadas na Natureza para estabilizar encostas, recuperar margens, trabalhando a favor do ciclo da água.
O eixo Reformar mais e construir verde vai abordar o reuso adaptativo de construções obsoletas e a adoção de sistemas construtivos sustentáveis com baixo carbono, para enfrentar o desafio da redução das emissões de Gases de Efeito Estufa envolvidas na construção e uso das edificações.
Por sua vez, o eixo Circular e acessar juntos com energias renováveis tratará das possibilidades do planejamento urbano e das redes de mobilidade para reduzir a necessidade de deslocamentos individuais e estimular a modalidade ativa, considerando também a transição energética nos transportes coletivos.
Finalmente, o eixo Garantir a justiça climática e a habitação social dará centralidade à desproporcional vulnerabilidade das populações mais pobres (frequentemente racializadas e com presença marcante de mulheres e crianças) aos eventos climáticos extremos, grupo social que historicamente menos colaborou com o aquecimento global, mas que habita as áreas de maior risco: assentamentos em condições precárias, muitas vezes situados em encostas e várzeas.
Para construir a 14ª BIAsp, convidamos a sociedade a apresentar e desenvolver propostas concretas que unam os avanços da ciência do clima aos saberes ancestrais, combinando as novas tecnologias socioambientais a práticas e materiais tradicionais. Propostas que juntas nos ajudem a entender de quais arquiteturas precisamos para habitar um mundo além dos extremos.
Acompanhe a cobertura do ArchDaily da Bienal de Arquitetura de São Paulo.
Fonte: Archdaily
Arquitetura
No ar em ‘Vale Tudo’, Miguel Moro mostra quarto onde passa momentos de lazer e descanso | Casas de famosos

Fã do piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna (1960-1994), Miguel tem um porta-retrato com uma foto do atleta em uma prateleira abaixo da TV. “Passei a admirá-lo quando comecei a andar de kart e, depois de ver a série Senna, virei fã. Meu pai também era fã”, conta o ator, que também tem outros elementos esportivos no quarto, como os mascotes dos Jogos Olímpicos Rio 2016, comprados diretamente no parque olímpico.
Arquitetura
Com venda encalhada, casa onde morou Greta Garbo pode ser alugada por R$ 250 mil; fotos | Casa Vogue Estate

A famosa casa onde a atriz sueca Greta Garbo (1905-1990) morou em Beverly Hills, na Califórnia, Estados Unidos, está de volta ao mercado imobiliário. Com dificuldade para venda, os atuais proprietários decidiram reduzir o preço do imóvel e também disponibilizá-lo para aluguel. Em junho de 2022, quando foi colocada à venda inicialmente, o preço do imóvel era de 12 milhões de dólares (R$ 67,6 milhões, em valores convertidos na cotação atual) e agora é de 7,2 milhões de dólares (R$ 40,6 milhões).
Como os proprietários já deixaram o endereço, a atual corretora responsável pela venda também decidiu colocar o imóvel — totalmente mobiliado — disponível para aluguel, no valor 45 mil dólares (R$ 254 mil) por mês.

Construída em 1937, a casa já passou por reformas depois de Greta Garbo ter vivido no endereço. Pouco antes de os atuais proprietários comprarem a casa, uma expansão feita pela designer de interiores Nicole Sassaman adicionou um andar, aumentando o tamanho da casa para 430 metros quadrados.
Localizada nas colinas do bairro Beverly Crest e configurada para aproveitar a vista do horizonte do centro da cidade, a propriedade tem comodidades como uma piscina e uma banheira de hidromassagem na área externa, além de um deck com churrasqueira e bar, protegido por árvores ao redor. Ao todo, são duas lareiras, cinco quartos, cinco banheiros e um lavabo, distribuídos pelos três andares da casa.











Arquitetura
Artesãos alemães fazem coração enxaimel de 350 quilos para cidade catarinense | Viagem

Uma peça de coração enxaimel, símbolo da cidade catarinense de Pomerode, feita por artesãos alemães foi instalado na Vila Germânica do Alles Park, o parque temático de Pomerode (SC). A obra, com 350 quilos, representa a arquitetura típica da cidade e aprofunda a conexão entre a comunidade e suas raízes.
Produzido com madeiras nobres como canela, itaúba e cedro, sua construção seguiu a tradicional técnica enxaimel — estrutura em que as peças de madeira são encaixadas entre si, sem a necessidade de pregos ou parafusos metálicos. Em seu lugar, são utilizados pregos de madeira, preservando a tradição artesanal que é patrimônio histórico em Pomerode.
O projeto envolveu um grupo de Wandergesellen, jovens artesãos da Alemanha que estavam em estágio na Heimat Arquitetura. Eles escolheram a região pela grande concentração de casas construídas em estilo enxaimel.

O mestre carpinteiro, Anderson Töwe, proprietário da Heimat Arquitetura, com sede em Jaraguá do Sul, e a arquiteta Eliane Scheidt Töwe acompanharam de perto os dez dias de trabalho — desde a escolha e corte das madeiras até o encaixe das peças curvas, considerado o maior desafio técnico.
Ele explica que os Wandergesellen seguem uma tradição muito antiga na Alemanha, com regras e ritos bem específicos. Entre elas estão o uso da roupa tradicional, a forma artesanal de trabalho e o afastamento de pelo menos 50 km de suas casas durante todo o período de jornada, que dura no mínimo três anos e um dia.
“O coração enxaimel é mais que uma obra de arte ou uma decoração no parque; é um símbolo de amizade e carinho pela cidade de Pomerode”, destaca Fernanda Brandes de Athayde, coordenadora de decoração e eventos do Alles Park.

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