Arquitetura
Bosque de Coberturas Flutuantes / People’s Architecture Office + Ziwei Xu

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Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma parada para ciclistas, com café e coberturas flutuantes em meio à vegetação nativa—misturando arquitetura, arte e ecologia. O Bosque de Coberturas Flutuante é uma intervenção arquitetônica na floresta—um conjunto de pequenas estruturas públicas que reúnem arquitetura, arte e natureza para criar um lugar de pausa e reflexão para ciclistas.


Escondido entre as densas árvores ao lado da Vila Guoqian, perto do Reservatório Xiangang, na Montanha Luofu em Huizhou, China, o projeto substitui dois banheiros públicos desatualizados. Em resposta às crescentes necessidades dos ciclistas, o local foi reimaginado como uma estação de descanso na floresta, oferecendo um pequeno café, instalações sanitárias e espaço para recarregar.

O bosque é definido por sete dosséis translúcidos que parecem flutuar suavemente entre as árvores. Feitos de membrana PTFE/Ferrari esticada sobre estruturas de aço, os dosséis estão suspensos em alturas e ângulos variados, formando uma camada leve e artificial acima do solo da floresta. Eles oferecem abrigo enquanto ecoam os ritmos em camadas da floresta circundante, criando uma experiência mutável de luz, sombra e espaço. Um passadiço de aço gradeado serpenteia por entre as árvores e sob os dosséis, conectando as áreas do café e dos banheiros. No seu final, uma plataforma de observação se abre para vistas amplas do reservatório, estendendo a experiência além da utilidade e imergindo na paisagem natural.

O café é construído utilizando o sistema Plugin House desenvolvido pelo People’s Architecture Office e combinado com unidades de banheiro modulares pré-fabricadas. Juntas, elas formam uma infraestrutura compacta e eficiente que pode ser montada rapidamente e delicadamente integrada ao ambiente. A estação fornece amenidades essenciais para ciclistas—descanso, refrescos, saneamento e reparos básicos—enquanto mantém uma pegada mínima.



Acima dos banheiros, a instalação Lightwoven Forest do artista Xu Ziwei responde à estrutura do dossel. Composta por materiais entrelaçados que interagem com a luz em mudança, a peça transforma o espaço em uma zona inesperadamente poética e atmosférica, borrando a fronteira entre infraestrutura funcional e arte pública.


Um sistema dual de tratamento de águas residuais—composto por um tanque de purificação subterrâneo e uma piscina de sedimentação ao ar livre—destaca a intenção ambiental do projeto, ajudando a proteger a qualidade da água do Reservatório Xiangang. Esta abordagem ecológica de ciclo fechado reflete um equilíbrio cuidadoso entre a presença humana e os sistemas naturais.

Ao substituir a infraestrutura antiga por um design sensível e espacialmente rico, o Bosque do Dossel Flutuante torna-se mais do que um lugar para parar. Ele convida os visitantes—ciclistas e outros—para um diálogo silencioso entre a arquitetura e a floresta.


Arquitetura
Moradia do Retiro / Ricardo Azevedo Arquitecto

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Descrição enviada pela equipe de projeto. É consensual que o exercício da arquitectura nunca parte de uma folha branca e em branco. Há sempre algo, por pouco que seja, intrínseco a nós mesmo e inerente ao contexto que nos envolve, que alimenta a nossa mente, que densifica o nosso conhecimento, que se guarda e se fixa por importância, emoção ou curiosidade.

Projectar sobre realidade edificada existente é acrescentar informação à dita “folha branca” e à História, conjugando o desafio de lidar com o existente e suas características e de aproveitar as potencialidades e oportunidades que se geram e guardam em si mesmo.

Tal ainda mais se acentua quando o promotor da intervenção, no caso, futuro habitante, deseja, natural e legitimamente, “o melhor dos dois mundos”: preservar o que de bom encontra nas pedras erguidas e caiadas que formam a construção escolhida para morar; adicionar contemporaneidade e conforto e bem-estar; motivar a criação de um microcosmo habitacional único e irrepetível transformador da realidade num verdadeiro lar, no “meu lar”.

E esta terá sido a maior dificuldade do projecto. Esta terá sido a maior dor dos promotores… porque, na verdade, até se alcançar a solução final (ou seja, até à apropriação total e capaz), a dúvida não se apaga, persistindo e insistindo.

A solução encontrada guarda em si mesmo a perenidade do existente feito de paredes estruturais grossas e graníticas, a cobertura feita vários planos inclinados revestidos a telha, desenho de vãos e caixilharias replicados, entre outros, com espaços reinventados e redimensionados, numa ambiência contemporânea, de ligação ao espaço exterior privado expressa , mas resguardada dos “olhos do domínio público”, de objectos pontuais de dinâmica vivencial e decoração, de tempos e soluções que, acredita-se, torna esta construção intemporal.

O grande desafio foi este: responder ao tempo presente, respeitar o tempo passado, adivinhar o tempo futuro, tudo condensado na construção sólida construtivamente, bonita ao nível estético, eficaz no modo funcional, racionalmente equilibrada, emocionalmente afectiva.

No final, fica o esforço de tudo tentar conjugar, a satisfação de tudo se afigurar compatibilizado e harmonizado e a expectativa de que o futuro confirme o desejado: a felicidade de quem habitará o edifício. Afinal, é para isso que se projecta e “se faz arquitectura”.

Arquitetura
Casa Quinta / Arquipélago Arquitetos

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Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizada a 100 metros acima do nível do mar, no bairro do Caboclo, em Paraty a casa está imersa em um aclive natural de mata atlântica que se estende formando a Serra da Bocaina.


É a última cota em que se permite construir no município por proteção do patrimônio da paisagem da cidade pelo IPHAN, que preserva a configuração de serra vegetada verde em torno da cidade histórica caiada branca, as margens do mar.

Os desafios construtivos, sejam eles de transporte de materiais como de execução e implantação no local conduziram a uma arquitetura leve, em madeira industrializada que facilitasse o desejo de uma casa térrea nesse contexto de plano inclinado, a partir de poucos pontos de apoio no chão.


A construção foi pensada de modo lógico e sequencial em uma estrutura geométrica, que se contrapõe da envoltória natural: quatro vigas trianguladas formam pirâmides espaciais e organizam a base para a continuidade da obra com vigas e pilares. Essas vigas foram montadas no local, no chão e erguidas sobre os pilares de concreto.


Elevada do solo, acessada por uma passarela pela cota mais alta, está a nave da casa, uma imagem de um barco que flutua sobre a mata, estático, a 100 metros do nível do mar.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
Co(r)existir 2026: Como a Suvinil traduz em cor comportamento, pesquisa e território
Cores podem definir atmosferas, orientar a percepção do espaço e traduzir modos de ser, memórias e afetos coletivos. Por isso, compreendê-las tornou-se parte essencial dos processos criativos e construtivos contemporâneos. Por trás de cada tom há um campo de pesquisa que articula sociologia, psicologia, estética e tecnologia, conectando a cor a transformações culturais mais amplas e revelando como ela pode se tornar uma ferramenta de leitura e expressão do tempo presente.
Desde 2011, a Suvinil realiza anualmente um estudo de tendências cromáticas e sociais, que culmina na definição da Cor do Ano e em paletas que refletem os modos de vida do Brasil contemporâneo. A iniciativa funciona como um laboratório de pesquisa aplicada, reunindo profissionais de diversas áreas para investigar como as cores se manifestam nas relações humanas, na arquitetura e no design. Ao longo dos anos, o estudo consolidou-se como uma referência nacional em interpretação cromática, aproximando ciência, arte e cultura para criar uma leitura sensível e técnica do presente.
A combinação entre análise de dados, observação de hábitos culturais e desempenho material tem revelado como as tendências visuais são moldadas por transformações sociais, climáticas e emocionais. Em 2026, um novo capítulo dessa trajetória é inaugurado com o Co(r)existir, estudo que sucede o Suvinil Revela e amplia o convite à expressão por meio das cores. A fusão entre “cor” e “coexistir” sintetiza essa proposta de existir em comunidade, em diálogo com o outro e com o mundo. O projeto é resultado de uma jornada contínua de pesquisa e escuta sobre o papel das cores na vida das pessoas e sua influência sobre o modo de habitar. Com ele, reafirma-se o compromisso da marca em construir pontes entre emoção, cultura e sociedade, consolidando a cor como ferramenta de conexão e expressão.
A seleção passou por um processo rigoroso de análise cromática e de desempenho espacial, considerando fatores como refletância da luz, saturação, temperatura de cor e diálogo com materiais naturais. O resultado é uma dupla que expressa o contraste como harmonia e uma convivência simbiótica que reflete o Brasil contemporâneo. Nesta edição, o estudo se materializa em duas Cores do Ano, opostas e complementares, que simbolizam o equilíbrio entre o individual e o coletivo, um dos eixos centrais de sua proposta conceitual:
- Tempestade é um rosa acinzentado profundo que evoca introspecção, liberdade emocional e autenticidade: o espaço íntimo, onde habita o sentir.
- Cipó da Amazônia é um verde amarelado vibrante, símbolo de renovação, movimento e encontro: o espaço compartilhado, onde o coletivo floresce.
Juntas, Tempestade e Cipó da Amazônia formam uma paleta otimista e equilibrada: uma síntese do espírito de Co(r)existir 2026, em que a cor é instrumento de reconexão e transformação.
Além das duas Cores do Ano, a pesquisa originou quatro paletas temáticas que traduzem emoções em atmosferas espaciais: Sentir, Respirar, Brincar e Criar. Cada composição foi testada em ambientes idênticos, revelando como pequenas variações de cor transformam percepção, profundidade e conforto visual e funcionam como instrumentos técnicos e sensíveis para arquitetos, designers e especificadores, facilitando combinações cromáticas coerentes com diferentes intenções projetuais.
O boteco como manifesto visual
Para apresentar o Co(r)existir 2026, a Suvinil escolheu um cenário emblemático: o boteco brasileiro, como espaço de convivência, pluralidade e autenticidade, valores centrais do estudo. Ao transformar esse ambiente cotidiano em instalação cromática, a marca demonstra como a cor pode expressar cultura, pertencimento e identidade. Trata-se do espaço onde diferentes histórias, sotaques e olhares se cruzam; onde o real se sobrepõe ao idealizado e o imperfeito ganha beleza. Ao transformar esse ambiente em palco para o lançamento, a Suvinil celebra a brasilidade autêntica, aquela que nasce das trocas cotidianas, da simplicidade e do afeto.
O boteco é o retrato do Brasil que a gente vive: diverso, criativo e cheio de histórias. Ele simboliza o encontro, o afeto e a simplicidade que inspiram nosso olhar para as cores. — Sylvia Gracia, gerente de Marketing, Cor e Conteúdo da Suvinil.
O Co(r)existir 2026 reafirma o compromisso da Suvinil em transformar a cor em ferramenta de reconexão entre pessoas e espaços. Como destaca Renato Firmiano, diretor de Marketing da marca: “Co(r)existir se consolida como bússola criativa da Suvinil, guiando uma narrativa sobre autenticidade, pluralidade e transformação que só a cor pode inspirar.”
Para esta edição, a marca reuniu um coletivo criativo formado por Bruna Galliano, Michell Lott, Nicole Tomazi, Sergio Cabral e Sylvia Gracia, profissionais que participaram de todas as etapas do projeto, desde a pesquisa de comportamento à definição das cores e à construção da narrativa visual. O grupo foi responsável por traduzir em imagem, forma e sentimento o que o conceito propõe. O filme que apresenta as Cores do Ano, dirigido pela dupla Maria Carol e Luca Bastolla, à frente do perfil @lifeisabit, amplia ainda mais esse olhar sensível e plural, mostrando a cor como elo entre diferentes perspectivas e experiências.
Vivemos um tempo complexo e plural, e seria impossível traduzir tudo isso em uma única cor. As duas Cores do Ano representam a convivência entre diferentes ideias, emoções e formas de ver o mundo — e mostram que o contraste também pode ser harmonia. Co(r)existir fala exatamente sobre isso: sobre como as diferenças, quando colocadas lado a lado, criam novas possibilidades de beleza, equilíbrio e transformação. — Sylvia Gracia.
O resultado é uma narrativa construída a muitas mãos, na qual a cor se torna símbolo de pertencimento, pluralidade e reinvenção, princípios que expressam o futuro que a Suvinil quer inspirar.
Para mais informações sobre o estudo completo e sobre as Cores do Ano 2026, visite o site oficial da Suvinil.
Ficha técnica:
Estratégia e coordenação: Sylvia Gracia
Pesquisa: Bruna Galliano
Conceito, direção criativa e direção de arte: Bruna Galliano, Michell Lott, Nicole Tomazi, Sergio Cabral, Sylvia Gracia
Produção de arte (cenários Cores do Ano): Natália Martucci, Vitória Mabi
Fotografia: André Klotz
Assistente de fotografia: Victor Frezza
Fonte: Archdaily
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