Arquitetura
Casa Graviola / Sertão Arquitetos


- Área:
272 m²
Ano:
2023
Fabricantes: Arauco, Carpintaria Th , Decor Colors, Eliane, Guararapes, Kingspan – ISOESTE, MMC Esquadrias, Maxxi Prime, NS Brazil, Roca Cerâmica

Descrição enviada pela equipe de projeto. A reforma da Casa Graviola foi pensada a partir de 4 movimentos principais. O passo inicial foi simplificar a estrutura existente demolindo os diversos puxadinhos que rodeavam a casa original de 1991. O corpo principal da casa foi preservado e possui características marcantes, como as paredes de tijolinho e o telhado feito diretamente com barrotes e telhas cerâmicas, dispensando o uso de ripas, uma técnica antiga que remeteu diretamente à Casa do Rio Vermelho de Jorge Amado e Zélia Gattai, referência direta para essa reforma.


A estrutura da casa original não comportava todas as necessidades do jovem casal de moradores e por isso foi necessário ampliar a casa em 2 áreas. No andar superior foi construído um closet com banheiro sobre a antiga laje do terraço, onde foi necessário construir um reforço estrutural para suportar o peso da nova banheira com vista para a mata. No térreo, a cozinha ocupou a área entre a casa e a divisa, duplicando o tamanho da área social e na divisa com a sala, foi criado um volume de madeira que abriga o espaço de chegada, a cristaleira, o roupeiro e um nicho com colchonete para a área de estar. Para a cobertura da cozinha foi usada a mesma técnica do telhado original da casa.

Com o novo layout organizado, o 3º movimento foi buscar a integração com os jardins e área externa, demanda principal dos moradores. Para isso as pequenas janelas foram transformadas em portas e foram abertas o máximo possível de novas janelas. A cozinha ganhou uma claraboia com um jardim interno em toda a sua extensão. Novas coberturas de madeira e vidro criam os espaços intermediários como as varandas, pergolado e cobertura da garagem, espaços abertos que protegem do tempo, mas deixam a luz entrar.


Para o 4º e último movimento, a nova construção da churrasqueira, banheiro e quarto foi posicionada seguindo os alinhamentos da casa principal, que está posicionada de viés no terreno irregular, de forma a criar 2 grandes jardins, contrapondo as áreas construídas. Todas as aberturas se voltam para os jardins, criando um jogo de cheio e vazio, dentro e fora que fazem a casa se misturar aos jardins que contam com pés de Graviola, Pitanga e outras árvores frutíferas.




A nova estrutura em madeira com telha metálica sanduíche aparente se diferencia da casa principal com uma linguagem contemporânea e explora as diferentes texturas dos cobogós e forro de palha. A piscina ocupa o centro do jardim principal e está integrada à churrasqueira.



Uma reforma que reconhece e explora o potencial da construção original e em um trabalho de costura, busca articular os novos espaços que se misturam aos jardins.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
Museu Sunner / Atelier Alter Architects



Descrição enviada pela equipe de projeto. Como líder na indústria chinesa de frangos de corte de penas brancas, o Grupo Sunner estabeleceu a maior cadeia industrial de criação e processamento de frangos do país. Em resposta a esse feito, o grupo planeja construir um museu do setor, que não apenas apresentará suas conquistas notáveis em ciência e tecnologia agrícola ao longo de quatro décadas, mas também funcionará como uma plataforma de intercâmbio de alto nível, tornando-se um centro dinâmico de conhecimento que impulsiona o desenvolvimento da agricultura moderna. O museu será implantado dentro da área fabril do Grupo Sunner, no Condado de Guangze, cidade de Nanping, na Província de Fujian. Localizado na extensão das Montanhas Wuyi, o entorno é rico em florestas e possui um ambiente ecológico agradável. Nessa região, o grupo estabeleceu um sistema de criação ecológica circular, com emissão zero de poluentes. Ao redor da base, as águas cristalinas do rio Futun contornam o terreno, enquanto a rodovia, a área residencial e as áreas reservadas estão organizadas de forma ordenada. A paisagem singular de montanhas e águas serviu de inspiração direta para o projeto arquitetônico.


Inspirados no conceito de “recriar a paisagem montanhosa”, os arquitetos buscaram integrar o edifício de forma orgânica ao entorno natural. Três coberturas curvas, que se elevam suavemente do solo com leve inclinação, recriam o perfil ondulante das Montanhas Wuyi, formando pátios suspensos e ajardinados. O desenho interligado das coberturas garante que os espaços internos sejam independentes, ao mesmo tempo em que permitem um fluxo fluido de circulação. Ao subir até a cobertura, os visitantes têm uma vista panorâmica das montanhas, do rio e da área industrial.


O projeto das fachadas foi inspirado nas chapas metálicas dobradas usadas em muros de contenção. Placas de concreto dobradas foram utilizadas para criar uma textura marcante. As dobras variam de forma e função de acordo com a área: nas partes inferiores, remetem à solidez dos muros de contenção; já nos espaços públicos, como a entrada, combinam-se a fachadas de vidro, criando ambientes internos transparentes. As frestas entre as dobras permitem a entrada de luz e a visualização da paisagem, enquanto a textura diagonal facilita a drenagem da água da chuva e disfarça com elegância as grelhas de ventilação.



O salão principal de exposições é sustentado por quatro grandes paredes de cisalhamento em forma de silos, que integram diversas áreas expositivas em seu interior. Entre os silos, um átrio vertical de 25 metros de altura oferece um espaço livre de colunas, ideal para exposições de grande escala. Uma claraboia voltada para o norte proporciona luz natural suave ao ambiente. Pensando no clima quente e úmido de Fujian, o edifício conta com telhado inclinado para drenagem eficiente e cobertura vegetal espessa para isolamento térmico. A iluminação e a organização funcional foram planejadas de forma inteligente, com os equipamentos técnicos ocultos na laje do telhado, fazendo com que a edificação se assemelhe a uma colina verde.



Após sua conclusão, o Museu Sunner tornou-se um novo ponto de partida para o turismo industrial na região das Montanhas Wuyi. Durante o dia, ele apresenta os avanços da agricultura moderna, e à noite, sua cobertura é aberta gratuitamente ao público, integrando-se à vida dos cidadãos e representando de forma vívida o conceito de “simbiose entre arquitetura e meio ambiente”. Este edifício redefine a relação entre construções industriais e a natureza, sendo uma expressão viva do desenvolvimento sustentável da agricultura moderna chinesa. Ele continuará contando a história do Grupo Sunner, tornando-se um capítulo marcante na cultura ecológica das Montanhas Wuyi.

Arquitetura
Edifício Residencial Newburgh Light House / Splinter Society



Descrição enviada pela equipe de projeto. Convenientemente localizado em Auburn Village, o Newburgh Light House oferece uma solução habitacional altamente sustentável, com capacidade para até 21 pessoas distribuídas em 10 níveis, em um terreno extremamente limitado de apenas 150m², junto a uma estação de trem histórica. Sem acesso direto pela rua e com a fachada norte colada a terrenos da VicTrack, o projeto enfrentou desafios complexos relacionados a normas de incêndio, métodos construtivos, acústica, iluminação natural e estabilidade estrutural. A solução foi uma mini torre, com um apartamento por andar, utilizando blocos de vidro como material principal para atender aos requisitos de luz e segurança. As fachadas translúcidas e os acabamentos reflexivos criam uma aparência de lanterna voltada ao espaço público, ao mesmo tempo em que geram um efeito suave e mutável dentro dos apartamentos.


Para superar as restrições construtivas, o projeto adotou uma abordagem modular e uma linguagem limpa e direta, comum em áreas urbanas densas. Elementos pré-fabricados foram usados nas fachadas norte e sul, com painéis de blocos de vidro e caixilhos embutidos operáveis, maximizando a entrada de luz e a vista. Essas fachadas exigiram transparência total e núcleos compactos, para garantir iluminação adequada mesmo se os terrenos ao redor forem ocupados no futuro. Os painéis metálicos detalhados podem ser apreciados tanto do interior quanto da estação de trem vizinha.



O térreo é feito de concreto moldado in loco, escolhido por sua resistência a possíveis acidentes ferroviários. Ele inclui bancos integrados que ativam o pequeno café na entrada, voltado para a passagem de pedestres ao lado dos trilhos. O piso de paralelepípedos de bluestone se estende desde a viela lateral até a travessia de pedestres do outro lado, criando um padrão pixelado que valoriza a permeabilidade visual e funcional do térreo, apesar do tamanho reduzido do lote.





O pedido dos clientes era criar um produto atrativo para moradores que desejam se mudar de bairros mais arborizados para algo mais compacto, mas sem abrir mão de conforto e praticidade com um toque de vida urbana. Isso levou à criação de apartamentos de andar inteiro, com elevadores que se abrem diretamente nas unidades e garagens privativas. Para ampliar o apelo — especialmente pela proximidade com o trem — os dormitórios e banheiros foram separados, incluiu-se a possibilidade de um terceiro ambiente isolável e um nível extra para armazenamento ou bicicletas, tornando-o também atraente para estudantes ou pessoas que dividem o imóvel. Essa organização não só é funcional como também garante boa iluminação natural e excelente ventilação cruzada, mesmo em um cenário futuro de construções vizinhas.


A linguagem modular da arquitetura se estende ao interior, com painéis de madeira, pedra natural e revestimentos cerâmicos. Os blocos de vidro também compõem o acabamento interno, criando jogos de luz ao longo do dia. Portas e paredes internas de vidro texturizado permitem a passagem de luz entre os ambientes. O último andar abriga uma cobertura personalizada, e uma das unidades é duplex, trazendo variedade mesmo dentro da lógica modular do edifício.

Equilibrando desempenho, escala e limitações severas do terreno, o projeto exigiu colaboração intensa entre arquitetos, consultores e construtores para que fosse possível, alcançando beleza através da simplicidade.


Durante o dia, o Newburgh Light House funciona como um conjunto refinado de residências adaptáveis, cheias de luz natural. À noite, transforma-se em um farol que ilumina e aquece a paisagem de Auburn Village e sua estação histórica.

Arquitetura
Casa de Telhado Duplo / Studio Tngtetshiu



Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma igreja de tijolos vermelhos com 60 anos de idade está localizada ao lado do projeto, um espaço que foi renovado por nós há um ano e recebeu o nome de “Igreja da Igreja”. A missão era construir um novo complexo com uma residência, um armazém e um parquinho ao lado dela. Cada parte é independente em sua função, mas todas estão reunidas sob uma condição ocasional. Nossa intenção é evitar interferências de diferentes funções, mas manter certas conexões.





O sistema geral da edificação é formado por um espaço intermediário que ainda precisa ser definido, correspondente à abertura do eixo central da antiga igreja adjacente. Uma estrutura de aço foi aplicada ao novo volume, criando um contraste entre a leveza do aço e o peso do tijolo, característica da igreja de 60 anos de idade. A estética da edificação evoca as casas rurais revestidas com chapas metálicas, típicas do campo. O projeto se configura como um volume único, com dois conjuntos de telhados de duas águas, além de dois volumes independentes, cada um com seu próprio telhado. Desde sua concepção, a edificação abraça a complexidade e a contradição, simultaneamente funcionando como um armazém e uma residência, mesclando funções e formas de maneira harmônica e inovadora.









Os sistemas estruturais e as linguagens arquitetônicas, embora relacionados, apresentam características distintas nos dois volumes. Os fragmentos arquitetônicos resgatam as articulações dos elementos presentes na “Igreja da Igreja”, criando uma continuidade sutil entre as diferentes partes da edificação. As aberturas, com alturas e escalas variadas, estabelecem uma conexão fluida entre o interior e o exterior, preservando a privacidade dos espaços internos, ao mesmo tempo em que ampliam a percepção do ambiente exterior, criando uma sensação de abertura e integração.


Fonte: Archdaily
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