Arquitetura
Casa Oskar / Jan Zaloudek Architekt


- Área:
180 m²
Ano:
2025
Fabricantes: Bega, Cappelen Dimyr, Ferm Living, Frama, HAY, Marieli, Marset, NORR11, Schüco, Talka Decor, VitrA

Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma casa moderna em um jardim barroco — A Casa Oskar, projetada pelo arquiteto Jan Žaloudek, foi construída em um amplo jardim que originalmente pertencia ao château vizinho, na vila de Kamenná Lhota, no sul da Boêmia. O notável genius loci do local é enriquecido pelos vestígios de um celeiro barroco, árvores centenárias e um muro de pedra que emoldura a extensa propriedade, aberta para a pitoresca paisagem rural.

Contemplação, inspiração, recriação — Construída pelo arquiteto para ele próprio e sua família, a Casa Oskar incorpora uma filosofia centrada na contemplação, na inspiração e no descanso. Ao lado de sua esposa, a historiadora de arte e escritora Jolanta Trojak, Žaloudek há muito sonhava com um lugar onde fosse possível tanto se conectar com a paisagem quanto recolher-se para restaurar forças físicas e mentais. Eles imaginaram um espaço que não apenas convidasse ao descanso, mas também fosse uma fonte constante de criatividade e inspiração — qualidades essenciais à vida cotidiana da família. Com atenção meticulosa aos detalhes, criaram um ambiente em que até as rotinas mais simples se transformam em experiências profundas. A Casa Oskar é um microcosmo harmonioso para dormir, ler, comer e criar, sempre em simbiose com o universo do lado de fora.



Perfeição, imperfeição, atemporalidade — O projeto da casa foi moldado pela topografia local e pelas restrições de construir em um terreno protegido culturalmente. Žaloudek integrou cuidadosamente a construção à paisagem e ao contexto histórico, assegurando que ela não sobrepujasse o château vizinho e transmitisse uma sensação de atemporalidade. Inspirado na ideia de uma capela — ausente na vila —, o arquiteto criou uma arquitetura que equilibra novos e antigos elementos, interior e exterior, perfeição e imperfeição. O projeto respeita a forma alongada tradicional das casas rurais com telhados de duas águas, adotando a linguagem dos edifícios agrícolas locais. A alvenaria perfurada, inspirada nas aberturas de construções históricas próximas, se tornou uma característica fundamental, permitindo a passagem de luz e ar e atuando como proteção solar na empena sul. Essa solução inspira também os painéis de sombreamento de madeira nas demais fachadas. O volume compacto da casa é pontuado por nichos nas fachadas — referências diretas à morfologia barroca —, que formam vestíbulos e loggias, proporcionando flexibilidade no controle de luz e ventilação. A construção combina alvenaria cerâmica isolada e elementos de concreto armado. A fachada é revestida com argamassa branca, em harmonia com o tom e a textura das construções vizinhas, enquanto o telhado é coberto com telhas cerâmicas, e os painéis de sombreamento são confeccionados em madeira de abeto e pinho checos, branqueados.

Ciclos naturais e luz — A vida na casa é intimamente ligada aos ciclos naturais e ao movimento da luz solar. Do quarto e da sala principal, que se abrem para o pomar, é possível observar o nascer do sol e da lua. A fachada sul, com sua empena perfurada e uma impressionante janela circular, conecta a área social ao pátio interno e às ruínas do celeiro. Generosas aberturas integram interior e exterior, prolongando-se em terraços de madeira e áreas verdes, envoltas pela presença fresca dos antigos muros de pedra. A fachada oeste, com seu nicho de entrada, protege a casa da vista da vila. Um nicho abobadado na empena norte traz luz natural para o quarto, banheiro e áreas de serviço, evocando as formas curvas do château barroco próximo. A entrada da luz pode ser modulada ao longo do dia com os painéis de madeira branca, permitindo que a casa se transforme rapidamente de um espaço banhado de luz para um ambiente mágico, onde a luz e a sombra criam efeitos hipnotizantes. À noite, a direção da iluminação se inverte, e a casa, com seus nichos iluminados, passa a brilhar na paisagem. A iluminação interna combina luminárias minimalistas brancas, lanternas de papel washi japonesas e a luz acolhedora do fogão a lenha.


Inspiração sagrada — Por trás da morfologia tradicional da casa, encontra-se um interior original. Em contraste com o exterior branco, o interior é acolhedor e orgânico. O espaço principal surpreende com um teto abobadado que atinge sete metros de altura, reforçando a inspiração sacra do projeto. Paredes de estuque branco e grandes janelas emolduradas em alumínio ressaltam ainda mais o caráter etéreo do ambiente. Outro aceno à arquitetura eclesiástica é a grande janela circular de dois metros de diâmetro perfurando a empena sul. O centro da vida doméstica é uma cozinha curva em madeira, com ilha em granito indiano Shivakashi, reminiscentes de um altar de igreja. No lado sul, a área de jantar conta com uma mesa e cadeiras de carvalho, sob a proteção de uma escultura de madeira do século XIX representando a Virgem Maria. Em frente, uma área de estar com um longo sofá oferece vistas tanto para o campo quanto para o pátio interno. O sofá é enquadrado por uma tapeçaria de lã de ovelha natural. Além do espaço principal, o térreo inclui ainda banheiro, lavabo, área de serviço e um dos quartos. Móveis de madeira e pedra desenhados sob medida pelo arquiteto reforçam a unidade estética da casa: camas e armários em madeira maciça, um banco de granito preto no hall de entrada e mesas de cabeceira que harmonizam com o restante do mobiliário. O andar superior é concebido como um apartamento independente, com quarto, banheiro e estúdio. Ao contrário do térreo, que se abre para a paisagem, o sótão oferece um espaço fechado e acolhedor, ideal para reflexão, leitura e criação, iluminado apenas por pequenas janelas no telhado.




Arte em cada detalhe — A arte ocupa um papel central na vida da família, cuja coleção abrange desde o modernismo tcheco até obras contemporâneas. Esse amor pela arte está presente em todos os ambientes da casa. No hall de entrada, o visitante é recebido por uma máscara cerimonial de madeira do Gabão; na sala de estar, há um banquinho africano esculpido em uma única peça de madeira, além de cerâmicas originais de Martin Hanuš. No quarto principal, um panneau japonais do século XIX divide espaço com uma grande pintura contemporânea de Antonie Stanová e esculturas de Michal Janiga. No sótão, esculturas de pedra de Vanda Hvízdalová repousam sobre pedestais de travertino. Luminárias escultóricas Akari, desenhadas por Isamu Noguchi, iluminam tanto os quartos quanto o estúdio. A ampla coleção de livros de arte também integra naturalmente a atmosfera da casa.

Uma obra de arte total viva — Batizada em homenagem ao compositor cosmopolita Oskar Nedbal — que compôs sua opereta Sangue Polonês no château vizinho —, a Casa Oskar é um espaço que os proprietários desejam compartilhar. Esta obra de arte total, ou Gesamtkunstwerk, está aberta ao público, seja para estadias tradicionais, residências artísticas, eventos efêmeros ou workshops. O casal espera, assim, construir uma comunidade vibrante de pessoas criativas e inspiradoras ao redor da casa.
Fonte: Archdaily
Arquitetura
Casa A+G / Bauhoff Desarrollos


- Área:
262 m²
Ano:
2024
Fabricantes: FV, Johnson Aceros, Purastone, ferrum

Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizada em Rosario, Argentina, a Casa A + G é uma residência unifamiliar de um só andar que reinterpreta a relação entre arquitetura e natureza. Concebida com um enfoque em espaços de convivência e áreas verdes, a habitação se desdobra em um jogo de curvas e materiais nobres que dialogam com o entorno.



O projeto se estrutura sob uma grande laje curva de concreto que, ao encontrar as vigas, gera uma fenda de luz, permitindo a entrada do sol e projetando seu movimento no interior. Em direção aos quartos, amplas janelas emolduram a vegetação circundante, gerando transições fluidas entre o interior e o exterior. Um lago central se torna o ponto de reflexão da casa, enfatizando a serenidade e a integração com a paisagem.

A cozinha, com sua gama de cores contrastantes, estabelece um equilíbrio entre o contemporâneo e o natural, dialogando com as tonalidades verdes do contexto. A materialidade de concreto e tijolo foi selecionada por sua capacidade de envelhecer com graça e sua durabilidade, consolidando uma estética atemporal em sintonia com o entorno.


Mais do que uma moradia, a Casa A + G é uma exploração arquitetônica que desafia os limites entre o espaço construído e a natureza. Seu design conceitual e inovador dialoga com o entorno e o potencializa, integrando luz, materialidade e paisagem de maneira orgânica e contínua.

Arquitetura
Escola Herojus / Architectural Bureau G.Natkevicius & Partners



Descrição enviada pela equipe de projeto. O edifício, localizado na pitoresca parte central de Kaunas, Lituânia, é um importante local industrial e abrigou uma das maiores e mais significativas gráficas do país, a “Spindulys”, que funcionou de 1928 a 2009. Embora a gráfica, construída de acordo com um design típico industrial entre guerras, não fosse considerada uma estrutura arquitetonicamente valiosa, era muito mais do que apenas um objeto industrial. É uma parte cultural, econômica e historicamente significativa da cidade de Kaunas – foi aqui que publicações particularmente importantes da época foram impressas, e até mesmo as moedas da República Lituana foram cunhadas aqui (incluindo as séries de 1925, 1936 e 1938).



Igualmente importante é o fato de que Kaunas, como uma antiga cidade industrial, tem seu caráter único, e os edifícios preservados, ou seus fragmentos, contribuem para a preservação dessa identidade. Portanto, considerando o contexto histórico e o potencial do edifício, decidiu-se não demolir, mas revitalizá-lo, atualizando o exterior e adaptando a disposição interna para novos propósitos, enquanto se preservava o volume do edifício e sua característica estrutura industrial.

O objetivo da revitalização foi adaptá-lo às necessidades de uma escola contemporânea e não convencional, sem perder o caráter do prédio: criar espaços funcionais e eficazes para diferentes atividades, facilmente modificáveis, e criar uma atmosfera dinâmica, democrática e livre dentro da escola. Esta é uma escola onde os filhos dos diretores os chamam pelo nome e onde não há sala do diretor ou sino chamando para as aulas. É uma estrutura espacial clara, onde há salas silenciosas, voltadas para a concentração, mas os espaços predominantes incentivam a inspiração, a criatividade e as atividades comunitárias nas zonas de encontro. O edifício é um lugar onde quase todo espaço é utilizado para mais de uma função e nunca fica vazio: o anfiteatro pode ser usado para aprender, brincar, se apresentar e comer, o saguão é um espaço para leitura, atividades criativas, encontros com pais ou até mesmo dança.




Esta escola pretende ser mais do que apenas um lugar onde as aulas acontecem – ela se esforça para ser um espaço vibrante e agitado onde alunos, professores, pais e até mesmo moradores locais se encontram. Portanto, o primeiro andar foi aberto ao público – espaços comunitários, ginásios e anfiteatros são usados não apenas para o ensino, mas também para eventos, feiras, seminários e apresentações. Todas essas decisões refletem um desejo compartilhado de criar um edifício que não esteja isolado da cidade, mas que se integre ao ambiente, para que viva em ritmo com a cidade e seu povo. As dimensões, o volume e a forma não foram alterados. As fachadas do edifício renovado foram finalizadas com chapas de aço galvanizado lisas, que geram um caráter industrial. Cada chapa é única, diferenciando-se em padrão e reagindo ao ambiente e às estações com reflexos, criando um efeito visual vivo e dinâmico com pinceladas de luz e sombras. Para enfatizar o caráter industrial herdado, acabamentos em chapa galvanizada também foram refletidos nos elementos interiores e nos anfiteatros internos – esses detalhes criam uma experiência estética diferente e ampliam a filosofia da escola de que as crianças gostam de crescer cercadas por materiais reais.

Este trabalho é tanto uma visão arquitetônica quanto pedagógica, onde a escola não é apenas um espaço para aprendizado, mas também um espaço para liberdade criativa, inspirando as crianças tanto para a realização acadêmica quanto para o desenvolvimento pessoal. Com isso, o edifício se tornou um elemento chave recém-revitalizado no tecido urbano da cidade, conectando o passado ao presente e criando um espaço único onde professores, crianças, pais e o público podem aprender e crescer juntos.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
Casa Westminster / Batay-Csorba Architects


- Área:
3220 ft²
Ano:
2024
Fabricantes: Cocoon, EDM, Fraserwood, Heroal, Ludowici Roof Tile, Moncer, SIMONSWERK North America, van de Moortel

Descrição enviada pela equipe de projeto. Situada em um lote de esquina no contexto das tradicionais casas góticas edwardianas no bairro High Park de Toronto, a residência Westminster é uma casa de 3 quartos e 2.340 pés quadrados para uma família de 4 pessoas. O projeto visa proporcionar uma sensação de familiaridade e continuidade dentro da forma arquetípica das coberturas do contexto, criando um equilíbrio paradoxal entre se misturar e se destacar. Escondido sob um telhado íngreme e desgastado de terracota, o projeto explora a noção de ocupar espacialmente a parte inferior do telhado, semelhante a um sótão.




A forma simples do projeto é uma composição de três figuras monolíticas escuras, um volume baixo revestido de tijolos, um pesado telhado revestido de pedra triangular e grandes sótãos retangulares. O telhado pesado paira assimetricamente sobre o primeiro andar, projetando-se sobre o estacionamento e o pátio lateral, produzindo uma dinâmica inquietante entre os volumes simples.





Semelhantes em tamanho e materialidade, os sótãos assumem posturas diametralmente opostas no projeto, com um ancorando a fachada oeste ao encontrar o solo, enquanto o sótão leste está inexplicavelmente em balanço e paira acima da garagem.


A atmosfera material é um casamento entre o covil do vilão e um refúgio leve e arejado (este foi um casamento literal dos objetivos dos parceiros). A paleta contida consiste em nogueira escura de serra comum, travertino pesado não preenchido, concreto e paredes de cal texturizada escura que se juxtapõem fortemente contra paredes de cal clara e iluminada de dupla altura, pisos de carvalho branco com nós de tábuas largas e cortinas e tecidos de linho macio. A sequência de transição de uma experiência espacial cavernosa e comprimida para seu inverso é narrada à medida que se move pela casa.

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