Arquitetura
Casa Plana / Marco Turcato


- Área:
150 m²
Ano:
2024

Descrição enviada pela equipe de projeto. Há muito tempo, os arquitetos reconhecem a importância de redescobrir e valorizar a arquitetura vernacular, elemento essencial do patrimônio cultural de uma nação. Após diversas incursões em campo, Giuseppe Pagano passou a chamá-la de “arquitetura rural”, diferenciando-a da arquitetura moderna. Por meio de registros fotográficos e análises minuciosas, Pagano revelou tanto as tradições culturais enraizadas nesses espaços quanto a delicadeza das estruturas espontaneamente erguidas.



Desenvolvido a partir dessa premissa, o projeto da Casa Plana está situado nos arredores de Pádua, na Itália, inserido na paisagem urbana difusa da região do Vêneto — a chamada città diffusa. Desde o início, o propósito do projeto foi valorizar o ordinário e estabelecer uma relação autêntica com o contexto local. A proposta concentra-se na transformação de estruturas pré-existentes: antigos galpões de ferramentas, antes distribuídos de forma aleatória pelo terreno, foram demolidos para dar lugar a um novo volume, promovendo uma reorganização espacial mais coesa e harmoniosa.



À distância, a Casa Plana é caracterizada por seu amplo telhado que abriga tanto as áreas de estar quanto a varanda, projetada para evocar os tradicionais limiares sombreados encontrados nas “barchessa” venezianas. Enquanto o telhado desempenha um papel fundamental na definição do volume, a fachada linear é pontuada por pilares de aço em forma de “V” que servem tanto a propósitos estruturais quanto funcionais, expandindo o espaço interno ao projetá-lo para fora. A transição sem costura do piso de concreto para o telhado de madeira fortalece ainda mais a conexão entre interior e exterior, promovendo uma relação íntima com o jardim ao redor.



No coração da residência encontra-se uma ampla área de estar em dois níveis, que atua como o núcleo da vida doméstica. Entrada, sala e cozinha articulam-se de forma fluida em um espaço flexível, concebido para acolher tanto encontros sociais quanto as atividades cotidianas — de jantares e brincadeiras infantis a momentos de contemplação silenciosa da paisagem ao redor. Claraboias estrategicamente posicionadas intensificam a conexão com o exterior, permitindo que a luz natural invada generosamente os ambientes internos.

Os dois quartos, cada um com seu banheiro, estão posicionados em cada extremidade do núcleo central. A suíte principal está situada no lado oeste, e a área das crianças, composta por três quartos compactos, está localizada no lado leste. Esta área infantil inclui um corredor que também funciona como um espaço adicional para brincar e socializar. O projeto da Casa Plana revitaliza lugares que antes eram destinados apenas a propósitos práticos e funcionais, acolhendo novos habitantes. Essa transformação resulta de uma pesquisa que eleva o valor do cotidiano, dando nova vida ao que antes era visto como desprovido de valor estético.

Arquitetura
Os melhores tecidos para a decoração de inverno | Smart

Paula Coussirat explica que o veludo está sempre em alta na decoração durante o inverno, porém, neste ano, outro tecido vem se destacando: o bouclé, conhecido por sua textura distinta que lembra pequenos laços ou nós. Além das aplicações tradicionais como cortinas e estofados, a especialista ainda revela que os tecidos podem revestir outras superfícies. “Teto, parede, fundo de mobiliário, luminárias, cúpulas de abajur… Onde tem tecido, tem aconchego. E para o inverno é isso que buscamos”, aconselha.
Arquitetura
Abadia Kortrijk / BAROZZI VEIGA


- Área:
4037 m²
Ano:
2025

Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto para a Abadia Kortrijk amplia e transforma o complexo historicamente significativo da Abadia de Groeninge em um espaço de arte voltado a exposições temporárias site-specific e eventos públicos. A Abadia Kortrijk propõe um novo tipo de museu: um lugar aberto, acessível e versátil, um espaço de convivência urbana situado no belíssimo cenário do Parque Begijnhof, no centro de Kortrijk.

O conceito do projeto parte de uma interpretação ampla da ideia de identidade. Elementos como permanência, restauração e transformação foram equilibrados com cuidado, permitindo redescobrir uma nova identidade para o conjunto, enraizada naquilo que já existia.

A proposta revela a espacialidade original da antiga capela e dos dormitórios da abadia, restaura o pátio central e insere um espaço expositivo subterrâneo, com tecnologia de ponta. Cada um desses “ambientes” possui uma atmosfera distinta, criando condições específicas para a arte e a convivência coletiva.

Enquanto as áreas de exposição ficam abaixo do solo, o novo pavilhão no parque se destaca pela forma que dialoga com as estruturas históricas — sua silhueta evoca a verticalidade dos telhados inclinados da abadia, e sua implantação ortogonal segue a lógica do conjunto original. Essa nova construção é imediatamente reconhecível, mas se relaciona respeitosamente com a arquitetura existente. Suas fachadas, revestidas com tijolos escuros, conferem caráter autônomo ao volume dentro do complexo histórico.

A nova arquitetura se apresenta com sobriedade e rigor. As intervenções são sutis e bem calculadas, criando um equilíbrio entre o novo e o antigo. Elas valorizam a história do local ao mesmo tempo que oferecem novos espaços voltados para o futuro.

Descrição da intervenção — Do ponto de vista urbano, o projeto removeu elementos que não faziam parte do traçado original da abadia e introduziu um novo pavilhão, posicionado ortogonalmente ao conjunto existente, com vista para o Parque Begijnhof. Essa intervenção redefine o claustro original e estabelece uma nova passagem entre a rua Groeningestraat e o jardim público.

O pavilhão, conectado ao conjunto pelo antigo edifício dos dormitórios, abriga um bar e restaurante. Suas fachadas inclinadas criam uma atmosfera acolhedora e protegida, além de maximizar o espaço interno. No salão principal, uma longa mesa pode ser disposta, fazendo referência ao refeitório comunitário típico das abadias.

O edifício dos antigos dormitórios recebeu intervenções mínimas. Foram restauradas as janelas originais, o forro e o piso em terracota vermelha. Um grande mostruário foi inserido ao longo do espaço para expor obras da cidade de Kortrijk, convidando artistas a interagir com essa coleção.



A abadia funciona como uma casa de arte, onde os visitantes podem explorar as obras em diferentes ambientes. Do dormitório ao pavilhão, é possível vivenciar a arte sem a necessidade de ingresso. Acima dos dormitórios, encontra-se a sala de convivência, adjacente à antiga capela.

A antiga capela é um dos elementos mais antigos do conjunto. Ao remover as circulações anexadas e os mezaninos que haviam sido incluídos ao longo do tempo, o projeto devolve ao espaço sua imponência original. Sem os pavimentos intermediários, o edifício do século XVI recupera sua atmosfera primitiva e se transforma em um novo espaço vertical para exposições.



Para evitar sobrecarregar o parque e garantir que os edifícios existentes tenham espaço para respirar, o projeto incluiu uma expansão subterrânea para as áreas expositivas. Esses ambientes neutros, com qualidade de museu contemporâneo, oferecem um suporte flexível para exposições. Enquanto a capela, os dormitórios e o pavilhão agregam riqueza histórica ao projeto, as “caixas brancas” subterrâneas fornecem um contraponto neutro que dialoga com o contexto patrimonial. A sequência de espaços, diversa mas coesa, é funcional e organizada com lógica interna.

As fachadas originais foram restauradas com respeito ao traçado original. Já no novo edifício, a fachada do pavilhão foi executada com tijolos sob medida, produzidos a partir de materiais reciclados da construção civil. O resultado é uma estrutura monumental e expressiva, que reforça a presença do pavilhão no tecido urbano.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
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