Arquitetura
Casa Salt Pan / We Design Studio

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Descrição enviada pela equipe de projeto. Emergindo como um monólito escultural à beira de uma salina, esta casa é uma aula de arquitetura elementar — equilibrada entre terra e água, tradição e modernidade, permanência e porosidade. Localizada em uma propriedade de quatro hectares, pacientemente adquirida ao longo de uma década, a residência repousa discretamente entre o rio Chapora e uma faixa de manguezais, ancorada por três salinas artificiais que definem não apenas sua implantação, mas também o espírito de sua arquitetura.


Com regulamentações rígidas limitando a área construída, o projeto exigiu uma filosofia de desenho destilada à sua essência mais pura. Esta não seria uma casa para ser adornada — mas para ser descoberta. Desde o início, a visão compartilhada entre arquiteto e cliente foi guiada pela contenção e pela reverência: uma resposta espacial orientada não pelo ornamento, mas pelo clima, pelo contexto e pela verdade dos materiais.

A arquitetura se desdobra como um tríptico vertical — uma composição tátil de concreto, madeira e zinco. Um volume bruto e esculpido em concreto ancora a casa ao solo, enquanto uma delicada caixa de muxarabis de teca flutua sobre ele, coroada por um telhado leve de liga de titânio e zinco que paira como um dossel protetor. Esse jogo entre peso e leveza, opacidade e permeabilidade, define o núcleo visual e funcional da residência.

A estrutura construída foi posicionada na borda sul da maior salina, permitindo que a casa se estenda em direção à paisagem. Entre a residência e a superfície refletiva da salina, estende-se uma piscina linear. Com uma borda infinita que se dissolve visualmente nas águas salinas além, a piscina torna-se um gesto de continuidade arquitetônica — uma extensão do diálogo silencioso da casa com a água.


A chegada é uma experiência cuidadosamente orquestrada. Um pórtico de entrada em estrutura metálica, ladeado por muros de laterita, conduz a um saguão de pé-direito duplo. Este espaço atua como a espinha dorsal da casa, abrindo-se para amplas áreas de estar, jantar e bar, que por sua vez se conectam ao deque da piscina. A fronteira entre interior e exterior se dilui por meio de grandes panos de vidro e varandas cobertas que emolduram as vistas e filtram a luz, convidando a paisagem para o coração da casa. Um quarto de hóspedes no térreo, voltado para o sul, observa uma faixa verde exuberante.

A circulação é igualmente poética. Uma escada metálica independente se eleva pelo espaço de pé-direito duplo até o primeiro andar, que abriga quatro quartos e uma sala de estar familiar. Um balcão contínuo envolve esse pavimento, protegido por painéis de madeira teca com lâminas móveis. Esses painéis funcionam como um filtro, protegendo os ambientes internos do sol intenso e das chuvas torrenciais do clima tropical de Goa. No nível inferior, acessado por uma escada a partir do deque da piscina, encontra-se um spa com salas de vapor e sauna, reforçando o equilíbrio fluido entre funcionalidade e contemplação.


A paleta de materiais é local, tátil e honesta. Cada superfície vibra com uma sensualidade arquitetônica que celebra as variações naturais dos materiais. As dependências de serviço são construídas em concreto aparente e pedra laterita extraída localmente, homenageando as técnicas construtivas regionais. O térreo da casa é revestido com argamassa de cimento polido, enquanto o primeiro andar brilha como uma lanterna à noite, com a luz se projetando suavemente para fora. No interior, paredes e pisos em cimento, em tons de cinza, preto, verde, mostarda e terracota, evocam uma rusticidade refinada, suavizada por detalhes em palha, compensado aparente e granito indiano de veios marcantes.


O local é ativado com camadas de experiências personalizadas: uma quadra privada de pickleball, uma academia com equipamentos feitos de madeira reciclada, um pavilhão de yoga e um píer privado. Uma estufa cultiva produtos da casa, contribuindo para uma ética de autossustentação. A casa está repleta de arte contemporânea da coleção pessoal do cliente, que abrange décadas — um fio narrativo sutil, mas convincente, que entrelaça a cultura contemporânea na envoltura construída.

Apesar de sua escala e localização, a casa permanece compacta, eficiente e profundamente conectada ao entorno. As áreas de serviço são discretamente integradas em nichos arquitetônicos, permitindo que os espaços principais respirem. Construir dentro de uma zona de proteção costeira trouxe desafios singulares — desde a necessidade de erguer um dique para a piscina até a integração de uma vala municipal aberta no planejamento do terreno. Cada obstáculo foi resolvido com engenhosidade, nunca com concessões, elevando o projeto em vez de limitá-lo. Em sua totalidade, esta casa não é apenas uma residência — é uma paisagem habitada. Um lugar onde arquitetura, natureza e ofício convergem com autoridade silenciosa, criando um refúgio ao mesmo tempo poético e pragmático.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
Edifício Residencial Palazzo Paleiskwartier / Benthem Crouwel Architects

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Descrição enviada pela equipe de projeto. Com o Palazzo, o escritório de arquitetura Benthem Crouwel conclui o Paleiskwartier, em ’s-Hertogenbosch — um edifício residencial robusto, acolhedor e aberto, que literalmente abraça a cidade. Encomendado pela BV Ontwikkelingsmaatschappij Paleiskwartier, o Palazzo representa o ápice de mais de três décadas de desenvolvimento urbano ao redor da Estação Central, uma área onde morar, trabalhar e conviver se integram de forma harmoniosa.

Devolvendo espaço à cidade – “O Residentieplein é um lugar vibrante, onde acontecem eventos e os moradores se encontram”, afirma Saartje van der Made, arquiteta e sócia do Benthem Crouwel Architects. “Nossa intenção era que o Palazzo ampliasse essa abertura. Por isso, o edifício não foi concebido como uma barreira, mas como um convite à cidade.” No lado sul, a fachada recua levemente em relação à torre, dando mais respiro e amplitude à praça. No centro dessa fachada, foi criada uma grande abertura — a Paleispoort — que conecta o jardim interno à praça. Uma ampla escadaria conduz da praça para o nível superior e pode funcionar como arquibancada durante eventos ou como terraço para os estabelecimentos ao redor. A escadaria é aberta a todos, integrando literalmente o edifício ao espaço público.

Um Jardim como uma Floresta Transparente – No coração do quarteirão encontra-se um jardim interno verde, concebido como uma “floresta transparente”: um espaço leve e aberto, com árvores e vegetação exuberante, onde os moradores podem se encontrar. Ao separar o bloco norte do restante do volume, o jardim se tornou maior e mais iluminado. A luz natural entra por três lados. O jardim não é apenas um espaço contemplativo, mas um ambiente externo plenamente funcional para todos — um lugar para permanecer, passear ou relaxar. A vegetação sobe por floreiras integradas e terraços em patamares até os andares superiores, criando uma paisagem tridimensional que conecta visualmente os espaços internos e externos.


Um Edifício Residencial Democrático – O Palazzo abriga 233 unidades para locação e para venda, em uma ampla variedade de tipologias — de estúdios compactos de 30 m2 a lofts espaçosos. “O objetivo era criar um edifício residencial democrático”, afirma Van der Made. “Um conjunto único em que todos os moradores, independentemente do tamanho ou do valor de suas casas, vivenciem a mesma qualidade de luz, vistas e ambiente.” O padrão especial de tijolos, com fiadas salientes, confere profundidade expressiva à fachada, como uma parede palaciana que ganha vida sob a luz do sol. Esse relevo contrasta com os caixilhos precisos das janelas e com a disposição intercalada de aberturas e varandas, dando a cada unidade uma identidade própria dentro do conjunto.

Um Edifício que ao Mesmo Tempo se Integra e se Destaca – Com suas três cores de fachada — vermelho, laranja e rosa suave — e o diálogo entre a alvenaria robusta e a cerâmica refinada, o Palazzo pertence à família arquitetônica do Paleiskwartier, mas mantém uma identidade própria. Nos pontos em que o edifício “toca a cidade” — como na Paleispoort e ao longo do embasamento norte — foi aplicado revestimento cerâmico. Essas peças levemente onduladas conferem à superfície uma qualidade suave, quase como uma cortina. Assim, o lado norte — normalmente percebido como fundos — transforma-se em uma frente marcante.


O Capítulo Final do Paleiskwartier – O Palazzo marca a conclusão de um distrito que simboliza conexão, transformação e qualidade urbana. “Dentro das diretrizes claras do arquiteto supervisor, buscamos liberdade e expressão”, afirma Van der Made. “O resultado é um edifício que respeita o conjunto, mas também acrescenta algo próprio — um bloco poderoso e estratificado que completa a cidade e a impulsiona para frente.”

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Fonte: Archdaily
Arquitetura
Casa Binôme / gon architects

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Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta casa é o resultado da transformação de um duplex de 80 m2 situado em um edifício de 1900 no bairro de Conde Duque, em Madri. Seu proprietário, Philippe — gestor de investimentos e admirador de arte, literatura e arquitetura — desejava reinventar seu lar sem deixar o bairro onde vivia há anos. O projeto nasce de sua vontade de permanecer no mesmo lugar, mas adequando a habitação a um modo de vida que alterna o convívio social com momentos de introspecção.

O estado original do apartamento apresentava diversos conflitos: uma compartimentação excessiva que dificultava a fluidez espacial, banheiros impessoais, uma cozinha desarticulada e uma varanda desvinculada do interior. No entanto, o principal problema era a escada existente, um volume monolítico de aço que obstruía a passagem de luz natural e gerava espaços residuais em uma habitação de proporções muito reduzidas.

A intervenção se articula em torno da reformulação do papel da escada na arquitetura doméstica contemporânea. Além de sua função circulatória, a nova escada é concebida como um elemento estrutural, funcional e simbólico, capaz de integrar usos, conectar espaços e transformar a experiência de habitar. Ela é realocada na parede leste da residência, liberando o andar e permitindo uma organização mais coerente e iluminada. Seu design, formado por degraus flutuantes de aço inseridos entre os pilares existentes, a transforma em um híbrido entre escada, móvel e prateleira. Esse gesto redefine a relação entre os dois andares e multiplica as possibilidades de uso: banco, prateleira, canto de leitura ou suporte expositivo.


O uso contínuo de cerâmica, inspirada nas tradicionais tomette francesas, estabelece um sutil diálogo com a origem de Philippe. Este piso, reinterpretado em um formato contemporâneo de grande tamanho, se estende tanto no interior quanto na varanda, diluindo os limites entre dentro e fora. A continuidade material reforça a ideia de um espaço único e fluido, onde os dois níveis são concebidos como uma única entidade doméstica.



Além disso, a incorporação de superfícies espelhadas em banheiros e quartos amplifica a luz natural e gera jogos ópticos que transformam a percepção do espaço, desmaterializando os limites e proporcionando uma sensação de leveza.

O projeto transforma um obstáculo funcional no coração do projeto. A escada deixa de ser um mero elemento de conexão para se tornar o centro cenográfico da vida cotidiana: um lugar habitável que articula a casa, suas luzes, seus percursos e suas pausas.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
Apartamento Silvia & Diego / Jump Studios

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- Área:
131 m²
Ano:
2023

Descrição enviada pela equipe de projeto. Para a renovação do apartamento de Silvia e Diego, localizado em uma esquina típica do bairro Eixample, em Barcelona, nos concentramos em transformar espaços estreitos e segmentados em áreas de estar abertas e interconectadas.


Para otimizar a circulação e aumentar a luz natural, encurtamos o corredor e adicionamos novas funcionalidades, integrando-o ao resto do apartamento. Removemos quatro paredes e colocamos a cozinha no centro do layout, o que nos permitiu criar áreas maiores.

As paredes e armários de madeira na cozinha enfatizam sua dupla função como espaço de transição e funcional. Como resultado dessas alterações, tanto os cômodos internos quanto os externos do apartamento parecem mais espaçosos e luminosos.

O layout histórico original do apartamento em forma de leque, o teto ornamentado e os mosaicos Nolla no piso orientaram muitas decisões do projeto. Ao introduzir novas cores e formas, estabelecemos um diálogo entre o passado e o presente.


A nova topografia do teto unifica diferentes alturas, adaptando-se às janelas e organizando novos elementos. A interação entre formas geométricas e cores ousadas visa realçar as qualidades espaciais existentes. O projeto também envolveu a restauração de todas as portas e janelas originais.

Fonte: Archdaily
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