Economia
Começa a primeira etapa da reunião do Copom, de análise de conjuntura
A primeira etapa da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) começou às 10h08, desta terça-feira, 16, informou o Banco Central. Nesta fase, o presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, e os oito diretores assistem a apresentações técnicas do corpo funcional sobre a economia, para embasar a decisão sobre a taxa Selic. A decisão será divulgada na quarta-feira, 17, a partir das 18h30.
O mercado está unânime quanto à manutenção da Selic em 15% nesta reunião do Copom, e, segundo pesquisa Projeções Broadcast, a maioria das instituições (74%) prevê que a taxa fique estável nesse nível até, pelo menos, o final do ano.
Galípolo e os membros do colegiado têm reiterado que o Comitê mira na convergência da inflação para o centro da meta, de 3%, e não para o teto, de 4,5%. Desde o último Copom, também têm enfatizado que os juros tendem a permanecer em campo restritivo por prazo prolongado. “O BC não pode se emocionar. A velocidade e a função de reação do BC precisam ser diferentes das do mercado\”, disse o presidente em 27 de agosto.
Para analistas consultados pela Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), embora a economia comece a mostrar os primeiros sinais de que o grau restritivo da política monetária está surtindo efeito, ainda é cedo para o colegiado mudar de direção ou mesmo abrir espaço para que o mercado passe a apostar em cortes ainda neste ano.
Desde a última reunião do colegiado, no dia 30 de julho, as medianas do relatório Focus para o IPCA de 2025 e 2026 arrefeceram, de 5,09% e 4,43% para 4,83% e 4,30%, respectivamente, mas continuaram sensivelmente acima do centro da meta de 3%. O câmbio também mostrou alívio, e a cotação do dólar usada no cenário de referência do Comitê deve cair de R$ 5,55 para R$ 5,40.
Quanto à atividade econômica, o resultado do PIB do segundo trimestre mostrou desaceleração, com crescimento de 0,4%, ante 1,3% de janeiro a março. Já o IBC-Br registrou a terceira queda consecutiva em julho.
Na inflação, o IPCA-15 de agosto registrou a maior queda mensal desde setembro de 2022. A análise qualitativa, porém, mostrou métricas de serviços ainda pressionadas. Quanto ao mercado de trabalho, os dados de julho do Caged mostraram perda de ritmo, mas com criação de novos empregos formais. O saldo positivo foi de 129.775 vagas, o menor para o mês desde 2020.
Economia
Dólar fecha em estabilidade e Bolsa cai após fim da paralisação nos EUA, com balanços no radar
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar ficou praticamente estável nesta quinta-feira (3) e encerrou a sessão em variação positiva de 0,09%, cotado a R$ 5,297.
O fim da paralisação do governo dos Estados Unidos foi o principal motor para as decisões de investimento. A moeda estava em queda até o meio da tarde, mas inverteu o movimento com uma maior aversão a ativos brasileiros.
A valorização do dólar aqui, ainda que leve, foi na contramão do exterior, com o índice DXY, que o compara a uma cesta de outras seis divisas fortes, caindo 0,37%, a 99,125 pontos.
A Bolsa, embalada principalmente pela temporada de balanços corporativos, firmou no negativo no início da tarde. Fechou em queda de 0,29%, a 157.162 pontos, com investidores também realizando lucros após a sequência de 12 novos recordes consecutivos.
O exterior pautou as movimentações no mercado doméstico, sobretudo a cena política dos Estados Unidos. O Congresso norte-americano aprovou um acordo para encerrar a mais longa paralisação do governo na história do país.
O processo engrenou na segunda-feira, quando o Senado aprovou um projeto de lei para reestabelecer o financiamento para agências federais. Na noite de quarta, a Câmara dos Representantes (o equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) avalizou o acordo, aprovado por 222 votos a 209. Horas depois, o presidente Donald Trump o sancionou.
A assinatura fez com que os funcionários federais voltassem aos postos de trabalho já nesta quinta, embora ainda não esteja claro o quão rápido os serviços e operações governamentais serão totalmente retomados.
“Não podemos deixar isso acontecer de novo”, disse Trump no Salão Oval durante a cerimônia de assinatura. “Não é assim que se governa um país.”
O acordo encerra oficialmente o shutdown de 43 dias, o mais longo da história do país. A medida estende o financiamento do governo até 30 de janeiro, mantendo o ritmo de expansão da dívida pública, que soma US$ 38 trilhões e cresce cerca de US$ 1,8 trilhão por ano.
Para os mercados, o fim da paralisação diminui incertezas em relação à economia americana. Desde 1º de outubro, quando o shutdown começou, a falta de financiamento nas agências federais colocou a divulgação de dados econômicos oficiais em suspenso, deixando o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), dependente dos números da economia para balizar as decisões de juros, no escuro.
Até agora, a falta de visibilidade sobre a temperatura da atividade era um fator que colocava em dúvida a continuidade do ciclo de cortes de juros, iniciada na reunião de setembro. A possibilidade foi aventada inclusive pelo presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista coletiva após a reunião de outubro.
“O que você faz quando está dirigindo sob neblina? Você diminui a velocidade”, afirmou, no que foi um banho de água fria para os investidores, até então convictos de que um novo corte ocorreria na reunião de dezembro.
Agora, o mercado está dividido. Segundo a ferramenta FedWatch do CME Group, 52,6% dos operadores apostam em uma nova redução de 0,25 ponto percentual no próximo encontro, enquanto os 46,4% restantes enxergam como mais provável a manutenção do atual patamar de 3,75% e 4%.
Essas apostas podem mudar daqui para frente. “A paralisação prejudicou a coleta de informações econômicas pelas agências que estavam fechadas, e elas devem retomar a publicação do que for possível”, diz Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
Fernanda Campolina, sócia da One Investimentos, afirma que a tendência é que, com o fim da paralisação, o Fed se sinta “mais confortável” para realizar novos cortes ainda em 2025, “o que favorece mercados emergentes como o Brasil”.
Isso porque reduções nos juros dos Estados Unidos costumam ser uma boa notícia para os mercados. Como a economia norte-americana é vista como a mais sólida do mundo, os títulos do Tesouro, também chamados de “treasuries”, são um investimento praticamente livre de risco.
Quando os juros estão altos, os rendimentos atrativos das treasuries levam operadores a tirar dinheiro de outros mercados. Quando eles caem, a estratégia de diversificação vira o norte, e investimentos alternativos ganham destaque.
Já na ponta corporativa, balanços do terceiro trimestre nortearam as decisões de investimento. Destaque para os resultados do Banco do Brasil, que reportou lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões no período -60,2% menor que há 12 meses.
O tombo se refletiu nos papéis, que caíram 1,18%, desacelerando em relação às perdas de mais de 3% do começo do dia.
Também na ponta negativa, as ações da operadora de planos de saúde Hapvida desabaram 43%. A companhia divulgou um resultado na véspera que, na visão de analistas do Itaú BBA, apontou uma dinâmica mais desafiadora para a companhia do que o mercado esperava.
No positivo, a subida de 0,7% da Petrobras ajudou a minimizar a pressão sobre o Ibovespa.
Economia
PF aponta que ex-presidente do INSS recebia propina mensal de R$ 250 mil em esquema
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Polícia Federal apontou que o ex-presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) Alessandro Stefanutto recebia R$ 250 mil mensais, quando comandava o órgão, no esquema de descontos ilegais de aposentadorias.
Segundo a decisão sigilosa do André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou a sua prisão nesta quinta-feira (13), há indícios de que Stefanutto exerceu papel de facilitador institucional do grupo criminoso dentro do INSS, primeiro como procurador-chefe, depois, como presidente do órgão.
“Ele utilizou sua influência na alta administração pública para garantir a continuidade da fraude em massa, que gerou R$ 708 milhões em receita ilícita, confirmando sua posição como uma das principais engrenagens da organização criminosa”, disse a PF.
Segundo as investigações, o pagamento de valores indevidos aos altos gestores do INSS era necessário porque, sem o apoio deles, seria impossível continuar com uma fraude de tamanha magnitude, que envolvia mais de 600 mil vítimas e gerava milhares de reclamações judiciais e administrativas
“Em síntese, sua conduta viabilizou juridicamente o esquema fraudulento, conferindo aparência de legalidade a operações ilícitas, mediante o uso da posição pública de destaque que ocupava no INSS”, diz a decisão.
Desses repasses, segundo a polícia, quase a totalidade dos valores foram pagos entre junho de 2023 e setembro de 2024 (à exceção de um pagamento de R$ 250 mil realizado em outubro de 2022).
As investigações da PF também apontaram que Stefanutto avaliava e aprovava a manutenção dos convênios entre o INSS e da Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares), mesmo após alertas técnicos sobre inconsistências nas listas de filiados e indícios de falsificação de autorizações de desconto.
Além disso, autorizava o processamento de cadastros de filiação encaminhados pela Conafer sem observância dos critérios legais e sem checagem da manifestação de vontade dos beneficiários.
Ainda de acordo com as investigações, Stefanutto recebia pagamentos mensais provenientes de empresas vinculadas ao operador financeiro Cícero Marcelino de Souza Santos, disfarçados como honorários de consultoria ou assessoria técnica e utilizava influência institucional para manter a execução dos atos criminosos.
Stefanutto foi preso nesta quinta-feira (13), na nova fase da Operação Sem Desconto, que apura um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões, em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União).
Procurada, a defesa de Stefanutto afirmou que não teve acesso ao teor da decisão que decretou a prisão dele e que trata-se de uma detenção “completamente ilegal, uma vez que Stefanutto não tem causado nenhum tipo de embaraço à apuração, colaborando desde o início com o trabalho de investigação”.
A defesa também disse que irá buscar as informações que fundamentaram a decisão para tomar as providências necessárias e que segue confiante, diante dos fatos, de que comprovará a inocência dele ao final dos procedimentos relacionados ao caso.
Leia Também: Polícia Federal prende ex-presidente do INSS em operação sobre descontos em aposentadorias
Fonte: Notícias ao Minuto
Economia
Latam cancela 173 voos após greve de pilotos no Chile; saiba o que fazer se comprou passagem
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Latam anunciou que cancelou ao menos 173 voos entre essa quarta-feira (12) e a próxima segunda-feira (17) devido à greve de pilotos no Chile. A empresa não disse se os cancelamentos incluem operações com origem ou destino no Brasil.
A companhia aérea afirmou que 20 mil passageiros foram afetados pela medida que, segundo a empresa, atinge menos de 10% dos voos que têm o Chile como origem ou destino.
A Latam anunciou um plano de contingência e informou que quase a totalidade dos passageiros receberam as opções. Segundo a empresa, as medidas implementadas permanecerão em vigor até o término da greve. A empresa orienta os passageiros a verificarem o status do voo antes de se dirigirem ao aeroporto, por meio do site latam.com ou do aplicativo da companhia, na seção “Minhas Viagens”.
“Caso a solução proposta não atenda às necessidades dos passageiros afetados, eles poderão alterar a data ou o voo gratuitamente ou solicitar o reembolso integral da passagem”, escreveu a Latam em nota a jornalistas.
A greve começou 0h desta quarta-feira após o sindicato dos pilotos da Latam (SPL) informar que a aérea se recusou a continuar a negociação salarial
“A direção da Latam decidiu encerrar prematuramente o processo de mediação legal”, comunicou o SPL, que disse ter proposto uma prorrogação da negociação por cinco dias, mas que foi recusada pela empresa. “Eles praticamente forçaram a suspensão das operações”, destacou o sindicato.
A entidade representa um total de 464 pilotos e a última contraproposta da Latam foi rejeitada por 97% dos participantes de uma assembleia realizada em 3 de novembro. Após isso, o sindicato afirmou que ainda buscou negociar com a Latam, mas que a empresa teria decidido encerrar as conversas.
“Consideramos inexplicável que a direção da empresa, como afirmamos em 16 de outubro, nos tenha conduzido a uma greve que sempre consideramos evitável, dados os lucros da empresa e a moderação das nossas reivindicações laborais”, afirmou o presidente da SPL, Mario Troncoso.
Em comunicado, a empresa disse que tem “compromisso permanente com o diálogo” e que busca um acordo que beneficie todas as partes envolvidas.
Ao mesmo tempo, a companhia aérea informou que oferecerá suporte a todos os passageiros que teriam voos entre 12 e 17 de novembro. “Seguimos comprometidos com todos os passageiros que possuem voos nestas datas, oferecendo tranquilidade e suporte necessário, com medidas para reduzir o número de pessoas impactadas e proporcionar as melhores alternativas possíveis”, afirmou Paulo Miranda, vice-presidente de clientes da Latam, em nota.
TIVE VOO CANCELADO. E AGORA?
A Latam divulgou que os passageiros devem procurar a empresa por meio de seus canais de atendimento e que disponibilizou as seguintes opções:
– Mudança de data ou voo sem custo adicional
– Alteração voluntária da viagem sem penalidades
– Reembolso total da passagem e serviços associados
A empresa recomendou que os passageiros verifiquem o status de seus voos antes de se dirigirem ao aeroporto, por meio do site da empresa (latamairlines.com) ou do aplicativo Latam, na seção “Minhas Viagens”. A companhia também comunicou que enviará email aos passageiros impactados pelos voos cancelados.
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